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25/01/2005
-
16h39
EMILIA BERTOLLI
da Folha Online
Em 11 de março de 2004, o brasileiro Sérgio dos Santos Silva, então com 28 anos, morreu vítima dos atentados que atingiram Madri --quando ataques a trens urbanos mataram 191 pessoas e feriram 1.500.
Menos de dez meses depois, boatos sobre sua "falsa morte" começaram a surgir na pequena cidade de São Tomé (536 km de Curitiba), no Paraná, dizendo que o brasileiro estaria vivo na Espanha. Questionada sobre o assunto, a viúva de Silva, Sara Alves Silva, descartou a possibilidade de seu marido estar vivo.
"A gente [referindo-se à família do brasileiro] fica constrangido, porque isso [a suposta sobrevivência de Silva] é mentira, não existe", afirmou a viúva à Folha Online, por telefone.
A notícia sobre a suposta falsa morte de Silva chegou à Redação da Folha Online por meio de e-mails. A mensagem dizia que o brasileiro estaria vivo, e morando em São Tomé. O ex-prefeito da cidade, Arlei Hernandes de Biazzi (PDT-PR), 48, confirmou que por "toda a região" comenta-se que Silva ainda esteja vivo, mas ninguém sabe de onde o boato teria surgido. Biazzi, atualmente dentista da cidade, foi prefeito de São Tomé em dois mandatos: 1989-1992 e 2001-2004.
Segundo Maria Aparecida dos Santos Cordeiro, 42, tia de Silva, os boatos de que o brasileiro teria sobrevivido apareceram há cerca de um mês na cidade. "Já vieram me falar diversas vezes que ele está vivo, cego, com amnésia e que estaria sendo cuidado por um grupo de religiosos na Espanha", afirma.
Segundo a família, nem os amigos de Silva --que ainda moram em Madri-- consideram a possibilidade de o brasileiro ter sobrevivido ao atentado, muito menos de ele continuar vivo.
Caixão lacrado
O corpo de Silva chegou ao Brasil oito dias depois de sua morte [em 11 de março de 2004]. O caixão, lacrado, foi transportado pela empresa aérea espanhola Iberia.
Fabiana Aparecida Rodrigues, 27, amiga da viúva de Silva e responsável pelo trâmite da documentação do brasileiro, afirmou que o reconhecimento do corpo foi realizado por uma equipe médica francesa especializada no tratamento de corpos muito agredidos durante a morte.
Para o exame de DNA, que determinou que o corpo era mesmo de Silva, a equipe utilizou a escova de dentes da vítima e uma amostra de sangue, recolhida da carteira do brasileiro.
Segundo o atestado de óbito de Silva, emitido pela Embaixada do Brasil em Madri, o brasileiro morreu de politraumatismo, causado pelo impacto da explosão.
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Erramos:Viúva põe fim a boato sobre falsa morte de brasileiro no 11/3
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Viúva põe fim a boato sobre falsa morte de brasileiro no 11/3
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da Folha Online
Em 11 de março de 2004, o brasileiro Sérgio dos Santos Silva, então com 28 anos, morreu vítima dos atentados que atingiram Madri --quando ataques a trens urbanos mataram 191 pessoas e feriram 1.500.
Menos de dez meses depois, boatos sobre sua "falsa morte" começaram a surgir na pequena cidade de São Tomé (536 km de Curitiba), no Paraná, dizendo que o brasileiro estaria vivo na Espanha. Questionada sobre o assunto, a viúva de Silva, Sara Alves Silva, descartou a possibilidade de seu marido estar vivo.
"A gente [referindo-se à família do brasileiro] fica constrangido, porque isso [a suposta sobrevivência de Silva] é mentira, não existe", afirmou a viúva à Folha Online, por telefone.
A notícia sobre a suposta falsa morte de Silva chegou à Redação da Folha Online por meio de e-mails. A mensagem dizia que o brasileiro estaria vivo, e morando em São Tomé. O ex-prefeito da cidade, Arlei Hernandes de Biazzi (PDT-PR), 48, confirmou que por "toda a região" comenta-se que Silva ainda esteja vivo, mas ninguém sabe de onde o boato teria surgido. Biazzi, atualmente dentista da cidade, foi prefeito de São Tomé em dois mandatos: 1989-1992 e 2001-2004.
Segundo Maria Aparecida dos Santos Cordeiro, 42, tia de Silva, os boatos de que o brasileiro teria sobrevivido apareceram há cerca de um mês na cidade. "Já vieram me falar diversas vezes que ele está vivo, cego, com amnésia e que estaria sendo cuidado por um grupo de religiosos na Espanha", afirma.
Segundo a família, nem os amigos de Silva --que ainda moram em Madri-- consideram a possibilidade de o brasileiro ter sobrevivido ao atentado, muito menos de ele continuar vivo.
Caixão lacrado
O corpo de Silva chegou ao Brasil oito dias depois de sua morte [em 11 de março de 2004]. O caixão, lacrado, foi transportado pela empresa aérea espanhola Iberia.
Fabiana Aparecida Rodrigues, 27, amiga da viúva de Silva e responsável pelo trâmite da documentação do brasileiro, afirmou que o reconhecimento do corpo foi realizado por uma equipe médica francesa especializada no tratamento de corpos muito agredidos durante a morte.
Para o exame de DNA, que determinou que o corpo era mesmo de Silva, a equipe utilizou a escova de dentes da vítima e uma amostra de sangue, recolhida da carteira do brasileiro.
Segundo o atestado de óbito de Silva, emitido pela Embaixada do Brasil em Madri, o brasileiro morreu de politraumatismo, causado pelo impacto da explosão.
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