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26/01/2005 - 22h22

EUA têm o dia mais mortífero desde a invasão do Iraque

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da Folha Online

As forças americanas registraram nesta quarta-feira o dia mais mortífero desde a invasão do Iraque, em março de 2003, com o presidente George W. Bush admitindo que as baixas militares --37 soldados mortos-- desestimulavam os americanos.

"O que aconteceu hoje é desanimador para o povo dos Estados Unidos. Entendo este sentimento, pois valorizamos a vida. Choramos e nos entristecemos com a perda de militares", declarou Bush.

Na manhã desta quarta-feira, 31 militares marines [fuzileiros navais] morreram na queda de um helicóptero na cidade de Rutbah [354 km a oeste da capital Bagdá] durante operações de segurança na região. É a maior baixa de americanos em um único incidente desde o início da guerra, há 22 meses. O recorde de baixas anterior era de 28 soldados, que morreram em combate em 23 de março de 2003, terceiro dia da Guerra do Iraque.

Outros quatro marines morreram em um ataque rebelde na Província de Anbar [oeste da capital Bagdá] e dois soldados dos EUA foram mortos em Bagdá, em diferentes ataques. Isso eleva a 37 o número de militares americanos mortos nesta quarta-feira --maior baixa dos EUA em um único dia em solo iraquiano, desde que Washington declarou o fim dos principais combates no Iraque, em 1º de maio de 2003.

No norte do Iraque, a explosão de um caminhão-bomba matou 15 pessoas e feriu outras 30 em um ataque contra escritórios do KDP (Partido Democrático do Curdistão).

Causa desconhecida

A causa da queda ainda não foi esclarecida, mas fontes ouvidas pela agência de notícias Associated Press cogitam a possibilidade do mau tempo ter provocado o acidente.

Segundo fontes do Pentágono, ouvidas pela agência de notícias Associated Press, o helicóptero era um CH-53 Sea Stallion, que pode transportar, normalmente, 37 passageiros, e é utilizado também para reboque de equipamentos. O helicóptero caiu à 1h20 [6h20 de Brasília].

Uma equipe de busca e resgate foi enviada ao local da queda, segundo o comunicado.

Em novembro de 2003, um helicóptero Chinook que transportava soldados que iriam receber folga foi atingido por um míssil terra-ar, matando 16 soldados. No mesmo mês, outros 18 soldados morreram na colisão entre dois helicópteros que se desviavam de fogo inimigo sobre a cidade de Mossul [norte do Iraque].

Ainda em novembro de 2003, um helicóptero de carga foi abatido por míssil perto de Fallujah, a oeste da capital, matando 16 soldados americanos e ferindo 26.

O Exército americano perdeu ao menos 33 helicópteros desde março de 2003, quando o Iraque foi invadido, segundo um estudo do Instituto Brookings. Ao menos 20 deles foram abatidos por rebeldes, segundo a pesquisa.

Dia violento

Quatro marines morreram em combate com forças rebeldes na Província de Anbar, segundo o "NYT", sem fornecer maiores detalhes. Um soldado da 1ª Divisão de Infantaria do Exército foi morto e dois ficaram feridos com a explosão de uma granada disparada por rebeldes perto da cidade de Duluiya (ao norte de Bagdá) e outro soldado morreu na explosão de uma bomba em Bagdá, segundo comunicado do Exército.

Dois ataques com carros-bomba contra comboios militares americanos aconteceram em uma estrada que vai para o Aeroporto Internacional de Bagdá --alvo freqüente dos rebeldes. No primeiro, quatro soldados ficaram feridos e no segundo apenas um jipe militar Humvee blindado ficou danificado.

No norte do país, perto da cidade de Kirkuk, três carros-bomba --que tiveram como alvo postos de polícia iraquianos-- explodiram de forma rápida e sucessiva causando a morte de nove iraquianos, incluindo quatro policiais, dois soldados e três civis. Até o momento, há registro de 12 feridos, de acordo com informações de um chefe de polícia citado pela agência de notícias Reuters.

Em Sadr City, região de maioria xiita a leste de Bagdá, soldados americanos e policiais iraquianos prenderam 19 suspeitos na mesquita de Rasoul. Sadr City foi cenário de intensos combates entre tropas americanas e o clérigo xiita Moqtada al Sadr, até o acordo de paz estabelecido após a intervenção do aiatolá Ali al Sistani, principal líder político xiita do país.

Com agências internacionais

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