Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/01/2005 - 12h36

Bono Vox, Bill Gates e Tony Blair protestam contra pobreza na África

Publicidade

da Folha Online

O vocalista da banda de rock U2, Bono Vox, o homem mais rico do mundo, Bill Gates, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, fizeram hoje um protesto formal na abertura do segundo dia do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), contra a pobreza e as condições de saúde no continente africano.

Blair, que abriu o Fórum ontem e participou deste segundo dia, afirmou que o que estava acontecendo na África seria um "escândalo" em qualquer outra parte do mundo.

Bono falou sobre o perigo de deixar a África "em seu estado atual" e disse que há "dez ou doze Afeganistões em potencial" na região, numa referência ao país asiático, conhecido por ter abrigado o grupo terrorista Al-Qaeda e ser uma região de cultivo da papoula e líder mundial no fornecimento de ópio ilegal.

O vocalista de rock também reafirmou a campanha pelo perdão da dívida dos países pobres, uma proposta reforçada pela intervenção dos líderes africanos presentes ao evento. O presidente africano Thabo Mbeki afirmou que é "realmente obsceno" que os países pobres tornem-se exportadores líquidos de capital devido à dívida. Ontem, Tony Blair, afirmou que é preciso reforçar o volume de recursos destinados à África.

O ex-presidente dos EUA Bill Clinton participou da discussão, com uma crítica direta ao atual presidente do país, George W. Bush, ao afirmar que apenas uma fração dos US$ 80 bilhões gastos por ano na guerra do Iraque seriam úteis para abreviar os problemas na África.

Bono também fez uma crítica indireta à Bush ao afirmar, uma entrevista antes do debate, que "nossa geração quer ser lembrada por algo mais que a guerra contra o terror".

Escândalo de nosso tempo

Bill Gates afirmou que a maior parte das doenças e miséria no continente africano poderiam ser facilmente prevenidos se os recursos destinados para a região fossem ampliados.

"Milhões de crianças que morrem na África não deveriam morrer, deveriam ser muito fácil de salvar. O fato de que nós não aplicamos os recursos para prover os remédios ou melhorar os remédios é realmente o maior escândalo de nossa época".

O bilionário dono da Microsoft deve aplicar um total de US$ 750 milhões para ajudar nos programas de imunização nos países em desenvolvimento.

Protestos

Próximo à sede do Fórum, cerca de 50 militantes do movimento ecológico Greenpeace protestaram contra a recusa do grupo Dow Chemical em "pagar compensações e limpar a área afetada em Bophal", na Índia, numa referência ao desastre de 1984, quando um vazamento de gás de uma subsidiária da Union Carbide (comprada em 2001 pela Dow) matou dezenas de milhares de pessoas e afetou outras centenas de milhares.

Os protestos contra miséria mundial terão um novo reforço com a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve fazer duas intervenções no Fórum, sendo uma delas sobre o financiamento da guerra contra a pobreza.

A edição 2005 do Fórum de Davos reúne mais de 2.200 líderes políticos, econômicos e empresariais do mundo e termina no dia 30, após uma rodada de 200 conferências e debates.

Com agências internacionais

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o cantor Bono Vox
  • Leia o que já foi publicado sobre Bill Gates
  • Leia o que já foi publicado sobre o premiê britânico, Tony Blair
  • Leia mais notícias no especial Fóruns Globais
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página