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30/01/2005
-
13h57
da Folha Online
Cerca de 72% dos eleitores registrados para as eleições legislativas que aconteceram hoje no Iraque compareceram às urnas, em meio a ataques de rebeldes, que deixaram mais de 30 mortos no país.
As informações sobre o número de mortos, no entanto, são conflitantes. Até as 14h30 (em Brasília), a agência de notícias Associated Press divulgava 44 mortos, citando fontes da polícia. A Agência Reuters, por sua vez, mencionava 33, com dados do Ministério do Interior.
O site do jornal americano "The New York Times", por sua vez, falava em 36 mortos, citando dados da agência de notícias France Presse.
O que anima tanto os iraquianos quanto a Comissão Eleitoral do país é que, com 72% de participação, as eleições podem ter sua legitimidade garantida --apesar de muitas das localidades de maioria sunita no país a participação ter sido prejudicada por surtos de violência, ameaças e boicotes.
Um dos primeiros a votar hoje, o premiê interino do Iraque, Iyad Allawi, disse que "este é um momento histórico para o país e um dia em que os iraquianos podem erguer suas cabeças porque estão desafiando os terroristas e começando a escrever o futuro com as suas próprias mãos".
As urnas foram fechadas às 17h (12h em Brasília), como previsto inicialmente. Segundo a Comissão Eleitoral iraquiana, ainda foram admitidos nos postos de votação os eleitores que estavam nas filas. De acordo com o porta-voz da comissão, Farid Ayar, a polícia iraquiana fiscalizava as filas.
Na áreas xiitas e curdas do país, as filas foram longas e a participação chegou a 90% e 80% respectivamente segundo estimativas não oficiais divulgadas pela agência de notícias Reuters.
Violência
Uma série de ataques suicidas em Bagdá e em outras cidades do país, todos ocorridos perto de postos de votação, deixaram mais de 30 mortos --apenas em Bagdá foram mais de 20, incluindo civis e policiais iraquianos. Na cidade de Abu Alwan, na Província iraquiana de Babil (próxima a Bagdá), ao menos quatro pessoas morreram em um ataque suicida em um ônibus que levava eleitores a uma central de votação.
Os ataques concentraram-se em Bagdá, capital do país. Nove ataques suicidas atingiram postos de votação pela cidade. A autoria dos ataques foi reivindicada pelo grupo do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, ligado à Al Qaeda [de Osama bin Laden], em um comunicado na internet.
Al Zarqawi é o principal inimigo dos EUA em liberdade no Iraque. Por sua captura, o Pentágono oferece US$ 25 milhões.
Participação
A participação dos eleitores sunitas em Bagdá, no entanto, superou o esperado, disse o ex-presidente do Conselho de Governo Iraquiano e líder político sunita, Adnan Pachachi, segundo a agência de notícias France Presse.
Nas cidades de maioria sunita [vertente religiosa à qual pertencia o ex-ditador iraquiano, Saddam Hussein], como Samarra, Fallujah e Ramadi, no entanto, a participação foi fraca e diversos postos de votação permaneceram fechados.
O ministro interino da Defesa, Hazim al Shaalan, disse hoje que a violência poderia ter sido maior no país se não tivesse sido proibida a circulação de carros de particulares pelas ruas --o que teria aumentado muito op risco de mais ataques com carros-bomba pelo país.
Ruas e estradas, bem como ligações entre as fronteiras do Iraque e aeroportos, foram fechados com barricadas e apenas veículos oficiais tiveram permissão para circular hoje.
Com agências internacionais
Especial
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Eleições no Iraque acabam com mais de 30 mortos
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Cerca de 72% dos eleitores registrados para as eleições legislativas que aconteceram hoje no Iraque compareceram às urnas, em meio a ataques de rebeldes, que deixaram mais de 30 mortos no país.
As informações sobre o número de mortos, no entanto, são conflitantes. Até as 14h30 (em Brasília), a agência de notícias Associated Press divulgava 44 mortos, citando fontes da polícia. A Agência Reuters, por sua vez, mencionava 33, com dados do Ministério do Interior.
O site do jornal americano "The New York Times", por sua vez, falava em 36 mortos, citando dados da agência de notícias France Presse.
O que anima tanto os iraquianos quanto a Comissão Eleitoral do país é que, com 72% de participação, as eleições podem ter sua legitimidade garantida --apesar de muitas das localidades de maioria sunita no país a participação ter sido prejudicada por surtos de violência, ameaças e boicotes.
Um dos primeiros a votar hoje, o premiê interino do Iraque, Iyad Allawi, disse que "este é um momento histórico para o país e um dia em que os iraquianos podem erguer suas cabeças porque estão desafiando os terroristas e começando a escrever o futuro com as suas próprias mãos".
As urnas foram fechadas às 17h (12h em Brasília), como previsto inicialmente. Segundo a Comissão Eleitoral iraquiana, ainda foram admitidos nos postos de votação os eleitores que estavam nas filas. De acordo com o porta-voz da comissão, Farid Ayar, a polícia iraquiana fiscalizava as filas.
Na áreas xiitas e curdas do país, as filas foram longas e a participação chegou a 90% e 80% respectivamente segundo estimativas não oficiais divulgadas pela agência de notícias Reuters.
Violência
Uma série de ataques suicidas em Bagdá e em outras cidades do país, todos ocorridos perto de postos de votação, deixaram mais de 30 mortos --apenas em Bagdá foram mais de 20, incluindo civis e policiais iraquianos. Na cidade de Abu Alwan, na Província iraquiana de Babil (próxima a Bagdá), ao menos quatro pessoas morreram em um ataque suicida em um ônibus que levava eleitores a uma central de votação.
Os ataques concentraram-se em Bagdá, capital do país. Nove ataques suicidas atingiram postos de votação pela cidade. A autoria dos ataques foi reivindicada pelo grupo do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, ligado à Al Qaeda [de Osama bin Laden], em um comunicado na internet.
Al Zarqawi é o principal inimigo dos EUA em liberdade no Iraque. Por sua captura, o Pentágono oferece US$ 25 milhões.
Participação
A participação dos eleitores sunitas em Bagdá, no entanto, superou o esperado, disse o ex-presidente do Conselho de Governo Iraquiano e líder político sunita, Adnan Pachachi, segundo a agência de notícias France Presse.
Nas cidades de maioria sunita [vertente religiosa à qual pertencia o ex-ditador iraquiano, Saddam Hussein], como Samarra, Fallujah e Ramadi, no entanto, a participação foi fraca e diversos postos de votação permaneceram fechados.
O ministro interino da Defesa, Hazim al Shaalan, disse hoje que a violência poderia ter sido maior no país se não tivesse sido proibida a circulação de carros de particulares pelas ruas --o que teria aumentado muito op risco de mais ataques com carros-bomba pelo país.
Ruas e estradas, bem como ligações entre as fronteiras do Iraque e aeroportos, foram fechados com barricadas e apenas veículos oficiais tiveram permissão para circular hoje.
Com agências internacionais
Especial
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