01/02/2005 - 08h19

Comissão eleitoral começa a apurar votos no Iraque

da France Presse, em Bagdá

A apuração dos votos começou nesta terça-feira no Iraque, no centro nacional instalado pela comissão eleitoral, em sua sede de Bagdá.

"A contagem começou às 8h (3h de Brasília), na presença de observadores e de jornalistas", afirmou Adel al Lami, diretor da comissão.

Uma primeira apuração manual aconteceu em cada local de votação. Os resultados e os boletins foram enviados ao centro nacional de Bagdá para uma segunda contagem.

A comissão anunciou que mais de 200 funcionários trabalharão 24 horas ao dia para introduzir os resultados em 80 computadores. Neste ritmo, os resultados definitivos serão conhecidos em um prazo de uma semana a dez dias.

"As informações sobre a apuração serão anunciadas em cada etapa até os resultados definitivos", informou Lami.

Após a divulgação do resultado final, os candidatos e os partidos poderão apresentar uma apelação. Mais tarde, a comissão validará os resultados definitivos.

"O atual governo seguirá no comando até a oficialização dos resultados definitivos pela comissão eleitoral", disse.

Milhões de iraquianos votaram no último domingo para eleger os 275 membros da Assembléia Nacional, e os membros de 18 conselhos provinciais. Os habitantes do Curdistão também elegeram os 111 membros do Parlamento que cuida dessa região.

Ameaça

Apesar do fim das eleições, a violência continua a afetar o país. Um comunicado atribuído ao grupo do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi diz que a guerra vai continuar no Iraque, e dois policiais foram mortos em um ataque na cidade curda de Arbil, ao norte, nesta terça-feira.

No texto, cuja autenticidade não foi comprovada, o grupo também diz que seus combatentes não têm outra opção que "a vitória ou o martírio". Os rebeldes também afirmam que as eleições iraquianas foram uma "farsa."

Ontem a TV Al Jazira [Qatar] divulgou um vídeo que mostra o suposto momento em que rebeldes teriam atacado e derrubado, no Iraque, um avião Hércules C-130 em que viajavam 15 soldados britânicos, que teriam morrido na queda. O governo britânico ainda investiga as causas que levaram ao acidente.

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