Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/02/2005 - 15h54

EUA dizem estar preparados para treinar forças de segurança palestinas

Publicidade

da Folha Online

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou nesta sexta-feira que o governo americano está preparado para ajudar a treinar as forças de segurança palestinas e fazer com que se tornem "parte da solução, e não um problema", segundo o jornal israelense "Haaretz".

"As forças de segurança palestinas devem ser unificadas", afirmou a secretária, depois de um encontro em Londres com o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Jack Straw.

Ela afirmou que o governo palestino vai precisar de ajuda internacional para unificar as forças de segurança, e que o Estados Unidos estão preparados para ajudar no treinamento dos policiais.

Rice também disse que não deverá participar do encontro entre o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, programado para a próxima terça-feira (8) em Sharm el Sheikh, no Egito.

"Nem todo esforço [de paz] deve ser americano", afirmou. "É muito importante que eles mesmos [os líderes da região] assumam essa responsabilidade."

Críticas

Apesar das ações palestinas para evitar ataques de grupos extremistas, Sharon afirmou que o governo palestino não está fazendo "o suficiente" para prevenir ataques contra Israel, e que é preciso aumentar o policiamento antes do reinício formal das negociações de paz.

As críticas de Sharon abalaram a possibilidade da retomada, já na reunião da próxima terça-feira, das discussões sobre o Mapa da Paz, plano idealizado pelo chamado "Quarteto" [grupo formado pelos EUA, União Européia, ONU e Rússia], que prevê a criação de um Estado palestino.

Segundo a agência de notícias Associated Press, funcionários do governo israelense afirmaram que o encontro entre os dois líderes será limitado apenas a discussões relativas aos esforços de segurança na região.

Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira pelo governo israelense, Sharon afirmou que Israel "trabalha para dar todo apoio a Abbas, mas não vê nenhuma concessão em troca [da parte do governo palestino]."

Prisioneiros

Nesta quinta-feira, Israel aprovou a libertação de 900 prisioneiros palestinos. Os 500 primeiros serão libertados imediatamente e os outros serão soltos dentro dos próximos três meses. Apenas os presos que não são acusados de assassinato contra israelenses serão libertados.

A proposta foi considerada um "insulto" pelo governo palestino, segundo o "Haaretz".

O principal negociador palestino, ministro Saeb Erekat, afirmou ontem que os israelenses querem libertar apenas os palestinos presos recentemente. "Nós queremos que aqueles que já passaram mais de 20 anos na prisão sejam libertados", disse.

Israel também deve retirar suas tropas de cinco cidades palestinas na Cisjordânia. Primeiro, os soldados serão retirados de Jericó. Em seguida, serão retirados militares das cidade de Tulkarem, Belém, Qalqilya e Ramallah, sede do governo palestino. Ainda não está definido quando as retiradas terão início.

Com agências internacionais

Especial
  • Saiba mais sobre o conflito no Oriente Médio
  • Leia o que já foi publicado sobre as negociações de paz entre israelenses e palestinos
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página