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13/02/2005
-
11h53
da Folha Online
A Comissão Eleitoral iraquiana divulgou neste domingo que a Aliança Iraquiana Unida, coligação de partidos xiitas, venceu as eleições no país realizadas em 30 de janeiro. Os eleitores desse grupo --que representa 60% dos habitantes do país e foi perseguido durante o governo de Saddam Hussein-- levaram às urnas 4 milhões de votos (47,6% do total).
Em segundo lugar vem a coalizão dos partidos curdos, com 2,17 milhões de votos (25.4%), seguidos por aqueles que apóiam o primeiro-ministro interino do Iraque, Iyad Allawi (1,16 milhões de votos, ou 13,6%).
Poucos sunitas --grupo formado por 20% da população, ou seja, cerca de 5,4 milhões de pessoas-- votaram. Na província de Anbar, um dos principais feudos da insurgência sunita, foram menos de 4.000 votos, o que representa 2% da população local. O total de votos desse grupo no país não foi divulgado.
No total, 8,55 milhões de pessoas foram às urnas --58% daqueles que se registraram para escolher os futuros líderes do país. O Iraque tem cerca de 27 milhões de pessoas.
Futuro
As eleições determinam quem serão os 275 membros da Assembléia Nacional e 18 membros de Assembléias Provinciais e do Parlamento curdo. Dados ainda não oficiais dão conta de que a coalizão xiita ocupará 130 dos 275 lugares, a coalizão curda terá 69 posições e os aliados de Allawi, 37.
"Hoje é um novo nascimento para o Iraque. Representa o nascimento de um país livre, com pessoas livres que querem construir um Estado civilizado, baseado em valores democráticos que consideram os princípios da paz e do amor", disse o porta-voz da comissão, Farid Ayar.
Os resultados só serão considerados oficiais depois de três dias. "O órgão ouvirá reclamações relacionados à divulgação antes de oficializar a conclusão das votações", disse Abdul Hussain al-Hindawi, um dos representantes da Comissão Eleitoral iraquiana.
A divulgação desses números que revelam a decisão dos eleitores foi adiada porque houve suspeitas de fraudes e os votos de 300 urnas tiveram de ser recontados.
A Assembléia Nacional redigirá a futura constituição do Iraque, além de escolher o próximo presidente --responsável pela seleção de um primeiro-ministro-- e dois vice-presidentes para o país.
Ataques
Especialistas acreditam que a parte da população sunita deve considerar os resultados inválidos. Esse grupo minoritário que apoiava o regime de Saddam Hussein foi contrário às eleições.
Poucos sunitas votaram e, por isso, eles terão pouca influência sobre as decisões do país. A perda de poder pode fazer com que o número de ataques insurgentes aumente.
Esses rebeldes tentam, há meses, tirar do Iraque as tropas norte-americanas que ocupam o país. Eles também lutam contra oficiais do governo, forças de segurança iraquianas e os xiitas.
Com agências internacionais
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Em segundo lugar vem a coalizão dos partidos curdos, com 2,17 milhões de votos (25.4%), seguidos por aqueles que apóiam o primeiro-ministro interino do Iraque, Iyad Allawi (1,16 milhões de votos, ou 13,6%).
Poucos sunitas --grupo formado por 20% da população, ou seja, cerca de 5,4 milhões de pessoas-- votaram. Na província de Anbar, um dos principais feudos da insurgência sunita, foram menos de 4.000 votos, o que representa 2% da população local. O total de votos desse grupo no país não foi divulgado.
No total, 8,55 milhões de pessoas foram às urnas --58% daqueles que se registraram para escolher os futuros líderes do país. O Iraque tem cerca de 27 milhões de pessoas.
Futuro
As eleições determinam quem serão os 275 membros da Assembléia Nacional e 18 membros de Assembléias Provinciais e do Parlamento curdo. Dados ainda não oficiais dão conta de que a coalizão xiita ocupará 130 dos 275 lugares, a coalizão curda terá 69 posições e os aliados de Allawi, 37.
"Hoje é um novo nascimento para o Iraque. Representa o nascimento de um país livre, com pessoas livres que querem construir um Estado civilizado, baseado em valores democráticos que consideram os princípios da paz e do amor", disse o porta-voz da comissão, Farid Ayar.
Os resultados só serão considerados oficiais depois de três dias. "O órgão ouvirá reclamações relacionados à divulgação antes de oficializar a conclusão das votações", disse Abdul Hussain al-Hindawi, um dos representantes da Comissão Eleitoral iraquiana.
A divulgação desses números que revelam a decisão dos eleitores foi adiada porque houve suspeitas de fraudes e os votos de 300 urnas tiveram de ser recontados.
A Assembléia Nacional redigirá a futura constituição do Iraque, além de escolher o próximo presidente --responsável pela seleção de um primeiro-ministro-- e dois vice-presidentes para o país.
Ataques
Especialistas acreditam que a parte da população sunita deve considerar os resultados inválidos. Esse grupo minoritário que apoiava o regime de Saddam Hussein foi contrário às eleições.
Poucos sunitas votaram e, por isso, eles terão pouca influência sobre as decisões do país. A perda de poder pode fazer com que o número de ataques insurgentes aumente.
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