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14/02/2005
-
08h20
da Folha Online
A instituição que congrega religiosos sunitas no Iraque rejeitou o resultado das eleições de 30 de janeiro porque o pleito foi realizado durante o período de ocupação do país pelas forças de coalizão, lideradas pelo Exército americano.
Neste domingo, as autoridades eleitorais iraquianas anunciaram a vitória da coligação dos partidos xiitas, a Aliança Iraquiana Unida, que obteve 47,6% de votos. Em segundo lugar, ficou a Aliança do Curdistão, com 25,4% dos votos. Em terceiro lugar ficou o partido do primeiro-ministro interino Iyad Allawi, com 13,6%.
O porta-voz da Associação dos Sábios Muçulmanos, Muhammad Bashar al Faydhi afirmou, durante entrevista concedida neste domingo à rede de TV Al Jazira [Qatar], que desde o início os sunitas anunciaram sua "oposição ao processo político das eleições, que não atende aos interesses dos iraquianos, por não ter legitimidade."
De acordo com a comissão eleitoral iraquiana, houve um comparecimento muito baixo dos grupos sunitas durante a votação. Para se ter uma idéia, na Província de Al Anbar [oeste], considerada reduto sunita, menos de 4.000 votos foram registrados, o que representa 2% da população local.
"[As eleições] aconteceram com a anuência internacional e sob [o regime de] ocupação [do Iraque]. Apenas as pessoas com interesses escusos supervisionaram o processo político, o que não pode ser aceito logicamente", afirmou al Faydhi.
Apesar das críticas, o porta-voz afirmou que os sunitas vão "respeitar a vontade dos civis que votaram", e que irão negociar com o novo o governo.
Ataques
Já nesta segunda-feira, insurgentes explodiram um oleoduto perto de Kirkuk, ao norte do país, segundo autoridades locais. O ataque aconteceu à infra-estrutura da Companhia Petrolífera Al Dibbis e, segundo o general Mohammad Amin, o ataque vai limitar ainda mais a distribuição interna de petróleo.
Será necessário ao menos três dias para que bombeiros e trabalhadores da companhia apaguem o fogo e reparem o oleoduto.
Em Bagdá, capital, homens armados atiraram contra dois policiais de alta patente neste domingo, segundo o Ministério do Interior, que não informou mais detalhes sobre as mortes. Rebeldes atiraram seis morteiros em uma estação da polícia, também na capital, mas não houve informações sobre vítimas nesse ataque.
Com agências internacionais
Especial
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Sunitas rejeitam resultado de eleições no Iraque
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A instituição que congrega religiosos sunitas no Iraque rejeitou o resultado das eleições de 30 de janeiro porque o pleito foi realizado durante o período de ocupação do país pelas forças de coalizão, lideradas pelo Exército americano.
Neste domingo, as autoridades eleitorais iraquianas anunciaram a vitória da coligação dos partidos xiitas, a Aliança Iraquiana Unida, que obteve 47,6% de votos. Em segundo lugar, ficou a Aliança do Curdistão, com 25,4% dos votos. Em terceiro lugar ficou o partido do primeiro-ministro interino Iyad Allawi, com 13,6%.
O porta-voz da Associação dos Sábios Muçulmanos, Muhammad Bashar al Faydhi afirmou, durante entrevista concedida neste domingo à rede de TV Al Jazira [Qatar], que desde o início os sunitas anunciaram sua "oposição ao processo político das eleições, que não atende aos interesses dos iraquianos, por não ter legitimidade."
De acordo com a comissão eleitoral iraquiana, houve um comparecimento muito baixo dos grupos sunitas durante a votação. Para se ter uma idéia, na Província de Al Anbar [oeste], considerada reduto sunita, menos de 4.000 votos foram registrados, o que representa 2% da população local.
"[As eleições] aconteceram com a anuência internacional e sob [o regime de] ocupação [do Iraque]. Apenas as pessoas com interesses escusos supervisionaram o processo político, o que não pode ser aceito logicamente", afirmou al Faydhi.
Apesar das críticas, o porta-voz afirmou que os sunitas vão "respeitar a vontade dos civis que votaram", e que irão negociar com o novo o governo.
Ataques
Já nesta segunda-feira, insurgentes explodiram um oleoduto perto de Kirkuk, ao norte do país, segundo autoridades locais. O ataque aconteceu à infra-estrutura da Companhia Petrolífera Al Dibbis e, segundo o general Mohammad Amin, o ataque vai limitar ainda mais a distribuição interna de petróleo.
Será necessário ao menos três dias para que bombeiros e trabalhadores da companhia apaguem o fogo e reparem o oleoduto.
Em Bagdá, capital, homens armados atiraram contra dois policiais de alta patente neste domingo, segundo o Ministério do Interior, que não informou mais detalhes sobre as mortes. Rebeldes atiraram seis morteiros em uma estação da polícia, também na capital, mas não houve informações sobre vítimas nesse ataque.
Com agências internacionais
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