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16/02/2005 - 11h47

Vídeo mostra jornalista italiana seqüestrada no Iraque pedindo ajuda

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da Folha Online

Um vídeo obtido pela agência de notícias Associated Press, e divulgado nesta quarta-feira, mostra a jornalista italiana Giuliana Sgrena, 56, pedindo pelo fim da ocupação do Iraque pelas tropas da coalizão. Apesar de parecer estar em boa saúde, aparentava cansaço e ansiedade.

Repr.TV/Reuters
Em vídeo, a italiana Giuliana Sgrena pede ajuda
Sgrena estava sozinha na gravação. Atrás dela, havia apenas um fundo branco, onde era possível ler, no canto superior esquerdo, a inscrição "Mujahidins sem fronteiras". O texto, que foi adicionado digitalmente à gravação, estava em árabe.

"Eu peço ao governo italiano, ao povo italiano que luta contra a ocupação [das forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos], eu peço ao meu marido, por favor, me ajudem" disse a jornalista, em francês. "Vocês devem fazer tudo o que podem para terminar com a ocupação. Conto com vocês para me ajudarem."

A jornalista também pede para que ninguém vá ao Iraque, "nem jornalistas". Ela é a 19º cidadã italiana a ser seqüestrada no Iraque nos últimos meses.

Seqüestro

Funcionária do "Il Manifesto", jornal contrário à invasão iraquiana, Sgrena foi capturada pelos rebeldes no dia 4 de fevereiro. Vários comunicados, atribuídos a grupos rebeldes, reivindicaram a morte da jornalista, e a ameaçaram de morte, caso a Itália, que mantém 3.000 soldados no Iraque, não saísse do país. Houve também informações que diziam que Stregna seria libertada.

O pai da jornalista, Franco, afirmou a rede de TV italiana Sky que houve um alívio ao vê-la viva, mas que ele não acreditava que o governo italiano iria retirar suas tropas do país para salvar a filha.

O apelo de Sgrena foi divulgado um dia depois que o Parlamento votou a favor de uma medida para aumentar os fundos da operação militar italiana no Iraque.

Estrangeiros

Mais de 120 estrangeiros foram tomados como reféns no Iraque no ano passado, e ao menos um terço morreu nas mãos dos rebeldes.

Em 19 de janeiro, o engenheiro brasileiro João José de Vasconcellos Júnior, 49, desapareceu em Beiji, ao norte do país. Na ocasião, ele estava em um comboio da empresa Janusian Risk Management, que foi atacado por rebeldes. Na ação, dois funcionários da Janusian, um britânico e um iraquiano, foram mortos.

Vasconcellos Jr. é funcionário da construtora Norberto Odebrecht, que tinha contratos no Iraque. Depois do seu desaparecimento, nem a família ou o governo brasileiro tiveram informações do brasileiro.

O único dado é um vídeo, divulgado em 22 de janeiro, em que supostos rebeldes das Brigadas Mujahidin e do Exército de Ansar al Sunna mostram a carteira de mergulhador do engenheiro, e dinheiro brasileiro.

Nesta terça-feira, o empresário turco Kahraman Sadikoglu, seqüestrado há dois meses, foi libertado, depois do pagamento de um resgate de US$ 500 mil aos seqüestradores, que chegaram a exigir US$ 20 milhões.

Com agências internacionais

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