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17/02/2005 - 15h30

Xiitas ficam com maioria em Assembléia Nacional iraquiana

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da Folha Online

A comissão eleitoral iraquiana oficializou nesta quinta-feira os resultados das eleições legislativas, ocorridas em 30 de janeiro, e cedeu 140 das 275 cadeiras do governo de transição à coalizão xiita Aliança do Iraque Unido, que conta agora com maioria na Assembléia Nacional.

A coalizão curda, que integrou o Partido Democrático do Curdistão (KDP) e a União Patriótica do Curdistão (PUK), ficou com 75 cadeiras. O partido do primeiro-ministro interino do Iraque, Iyad Allawi, que mistura xiitas e sunitas, obteve 40 lugares.

A distribuição das cadeiras aos vencedores das eleições é o primeiro passo para a formação da Assembléia, que vai formular uma nova Constituição. Depois, haverá a escolha de um membro para a presidência do órgão, e dois vices, que deverão nomear o novo primeiro-ministro iraquiano.

Apesar da coalizão xiita contar com maioria, será necessário que dois terços da Assembléia aprovem a indicação dos líderes. É possível, segundo analistas, que os xiitas se unam aos curdos para assegurar a vitória.

A mudança na direção do poder foi o maior marco das eleições iraquianas. Os xiitas, que não maioria da população [60%] foram oprimidos durante o governo do ditador Saddam Hussein, que é sunita [minoria da população, cerca de 20%]. Autoridades iraquianas afirmam que a vitória xiita pode aumentar a insurgência sunita no país.

Premiê

Segundo a rede de TV Al Jazira (Qatar), é possível que o vice-presidente interino do Iraque, Ibrahim Jaafari, seja o escolhido pelos xiitas para ocupar o cargo de primeiro-ministro iraquiano.

Jaafari conta com grande popularidade no Iraque, e é dirigente de um dos partidos xiitas mais antigos do país. Ele também tem defendido a uma maior presença sunita no novo governo, o que poderia significar a formação de uma república islâmica, que vai contra os interesses curdos.

"Os curdos querem um regime democrático, fundamentado na rotatividade do poder, com um sistema parlamentar, e separado da religião", afirmou Adnan Mufti, um dos dirigentes da União Patriótica do Curdistão.

Com agências internacionais

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