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20/02/2005
-
21h08
da France Presse, em Madri
A Constituição Européia foi aprovada por 76,73% dos espanhóis, em um referendo que teve apenas 42,32% de participação, segundo dados oficiais do Ministério do Interior, com 100% dos votos apurados.
No total, 17,24% dos espanhóis (2,4 milhões) votaram pelo "não". Os votos em branco correspondem a 6,03% do eleitorado (849.000 votos).
Cerca de 14 milhões de eleitores, de um total de 34,6 milhões, participaram nesta consulta popular na Espanha, primeiro país europeu que apóia no referendo o tratado constitucional da União Européia (UE).
Exemplo
O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, convidou os europeus a seguir o exemplo dos espanhóis.
"Hoje os espanhóis fizeram a história da Europa porque nosso voto também é uma mensagem dirigida ao resto de nossos concidadãos europeus. Nós os convidamos a seguir o caminho que iniciamos na Espanha", afirmou Zapatero, em sua primeira reação oficial ao conhecer os resultados oficiais do referendo deste domingo.
Segundo ele, os espanhóis expressaram sua vontade de participar ativamente na construção da Europa e que, com isso, a Europa toda ganhou.
"Os espanhóis falaram um 'sim' majoritário à Constituição Européia", comemorou, por sua parte, José Blanco, secretário da organização do governista Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que classificou de "muito positivo" o resultado para a Espanha e para a Europa'.
Em compensação, no opositor Partido Popular (PP), de direita, seu secretário-geral, Angel Acebes, criticou a baixa participação popular, afirmando que supõe "um fracasso de quem convocou o referendo e que fez isso foi o presidente de Governo, senhor [José Luís] Rodríguez Zapatero".
Apesar de mais de 34,6 milhões de eleitores estarem habilitados a participar neste domingo do referendo sobre a Constituição Européia na Espanha, o índice de participação foi considerado muito baixo numa jornada eleitoral que transcorreu na mais completa normalidade.
O governo considerava satisfatória uma taxa de participação de 40%, segundo o jornal "El País". Para o PP, o índice aceitável seria a partir de 50%.
Mais de 100.000 membros das forças de segurança vigiaram o desenvolvimento da votação em mais de 23.600 colégios eleitorais.
O rei da Espanha, don Juan Carlos e sua mulher, dona Sofia, madrugaram para votar na escola pública Monte del Pardo, nordeste de Madri, perto do Palácio de Zarzuela.
Horas antes, no mesmo colégio, votaram o príncipe e a princesa de Astúrias, Felipe de Borbón e Letizia Ortiz. A infanta Cristina e seu marido Iñaki Urdangarín votaram em Barcelona.
Ao contrário dos britânicos e franceses, que também se pronunciarão por referendo sobre o tratado constitucional europeu, os espanhóis sempre se caracterizaram por um sentimento pró-europeu desde sua adesão à União Européia (UE), em 1986.
Nacionalistas moderados bascos e catalães também apoiavam o 'sim', enquanto os separatistas da Catalunha, País Basco ou Galícia pediram o voto pelo "não", pois a constituição, segundo eles, ignora os 'povos' da Europa.
Dos 25 países da UE, 10 escolheram se pronunciar através de referendo e 15 por via parlamentar, como já o fizeram Hungria, Letônia e Eslovênia.
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No total, 17,24% dos espanhóis (2,4 milhões) votaram pelo "não". Os votos em branco correspondem a 6,03% do eleitorado (849.000 votos).
Cerca de 14 milhões de eleitores, de um total de 34,6 milhões, participaram nesta consulta popular na Espanha, primeiro país europeu que apóia no referendo o tratado constitucional da União Européia (UE).
Exemplo
O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, convidou os europeus a seguir o exemplo dos espanhóis.
"Hoje os espanhóis fizeram a história da Europa porque nosso voto também é uma mensagem dirigida ao resto de nossos concidadãos europeus. Nós os convidamos a seguir o caminho que iniciamos na Espanha", afirmou Zapatero, em sua primeira reação oficial ao conhecer os resultados oficiais do referendo deste domingo.
Segundo ele, os espanhóis expressaram sua vontade de participar ativamente na construção da Europa e que, com isso, a Europa toda ganhou.
"Os espanhóis falaram um 'sim' majoritário à Constituição Européia", comemorou, por sua parte, José Blanco, secretário da organização do governista Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que classificou de "muito positivo" o resultado para a Espanha e para a Europa'.
Em compensação, no opositor Partido Popular (PP), de direita, seu secretário-geral, Angel Acebes, criticou a baixa participação popular, afirmando que supõe "um fracasso de quem convocou o referendo e que fez isso foi o presidente de Governo, senhor [José Luís] Rodríguez Zapatero".
Apesar de mais de 34,6 milhões de eleitores estarem habilitados a participar neste domingo do referendo sobre a Constituição Européia na Espanha, o índice de participação foi considerado muito baixo numa jornada eleitoral que transcorreu na mais completa normalidade.
O governo considerava satisfatória uma taxa de participação de 40%, segundo o jornal "El País". Para o PP, o índice aceitável seria a partir de 50%.
Mais de 100.000 membros das forças de segurança vigiaram o desenvolvimento da votação em mais de 23.600 colégios eleitorais.
O rei da Espanha, don Juan Carlos e sua mulher, dona Sofia, madrugaram para votar na escola pública Monte del Pardo, nordeste de Madri, perto do Palácio de Zarzuela.
Horas antes, no mesmo colégio, votaram o príncipe e a princesa de Astúrias, Felipe de Borbón e Letizia Ortiz. A infanta Cristina e seu marido Iñaki Urdangarín votaram em Barcelona.
Ao contrário dos britânicos e franceses, que também se pronunciarão por referendo sobre o tratado constitucional europeu, os espanhóis sempre se caracterizaram por um sentimento pró-europeu desde sua adesão à União Européia (UE), em 1986.
Nacionalistas moderados bascos e catalães também apoiavam o 'sim', enquanto os separatistas da Catalunha, País Basco ou Galícia pediram o voto pelo "não", pois a constituição, segundo eles, ignora os 'povos' da Europa.
Dos 25 países da UE, 10 escolheram se pronunciar através de referendo e 15 por via parlamentar, como já o fizeram Hungria, Letônia e Eslovênia.
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