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26/02/2005 - 23h36

Papa designa latino-americano para abençoar fiéis neste domingo

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da France Presse, na Cidade do Vaticano

Um argentino, monsenhor Leonardo Sandri, que foi núncio apostólico na Venezuela e no México, foi encarregado pelo papa João Paulo 2º para pronunciar neste domingo a bênção na praça de São Pedro e rezar o Angelus.

Pela primeira vez em 26 anos de pontificado, o papa, que está impossibilitado de falar por uma traqueostomia, delegou sua participação na bênção dominical na praça de São Pedro por ocasião do Angelus, um compromisso que cumpriu com particular carinho desde o início de seu reinado.

Desde que o papa começou a perder sua capacidade de falar e reduziu suas intervenções, o Vaticano escolheu o religioso argentino de 61 anos para ler os discursos e homilias do pontífice nas cerimônias públicas.

"Será o monsenhor Sandri quem pronunciará a oração mariana e vai comunicar, em nome do papa, a bênção apostólica aos fiéis presentes na praça de São Pedro. O Santo Padre se unirá em oração de sua habitação no policlínico Gemelli", comunicou o Vaticano, por meio de um boletim da Santa Sede.

Sandri é definido pela imprensa como o "número três do Vaticano", já que é o braço direito do Secretário de Estado, o cardeal Angelo Sodano, a quem o papa confiou provisoriamente a gestão do governo central da Igreja.

Os milhões de católicos latino-americanos que esta semana seguiram pela televisão as mensagens da clínica Gemelli e as cerimônias do Vaticano notaram o ritmo de leitura e o acento hispânico --com um ligeiro estilo argentino-- que se escuta nas palavras de Sandri.

Ordenado sacerdote em 1967, e bispo desde 1997, Sandri é um experimentado diplomata da Santa Sede que, além de sua língua materna espanhola, fala inglês, italiano, francês e alemão.

Foi núncio apostólico, um embaixador do papa, em momentos delicados em dois países latino-americanos. Na Venezuela (1997-2000), com a chegada ao poder de Hugo Chávez, e no México (em 2000), durante os primeiros 10 anos posteriores ao restabelecimento de relações diplomáticas com esse país em 1992.

Como "número três" do Vaticano, Sandri é um dos religiosos que têm acesso direto a João Paulo 2º, junto com o secretário do papa, monsenhor Stanislao Dziwisz, assistente e amigo do pontífice há 40 anos.

As pessoas que o conhecem afirmam que é amável e reservado, e o definem como um típico expoente da igreja estimulado por João Paulo 2º: sensível às injustiças sociais e ortodoxo em assuntos doutrinais.

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