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04/03/2005
-
14h14
da Folha Online
As recentes mudanças no direcionamento das operações americanas no Iraque fizeram com que as três maiores prisões do país ficassem superlotadas, de acordo com o jornal "The New York Times" desta sexta-feira. O número de presos em fevereiro chegou a 8.900, mil a mais do que o computado no final de janeiro último.
As razões para o número elevado de detidos em prisões controladas pelos EUA são muitas. As primeiras dizem respeito aos rebeldes: militares prenderam diversas pessoas antes das eleições legislativas de 30 de janeiro, na tentativa de amedrontar os rebeldes, e refrear possíveis ataques que invalidassem o pleito. Houve também várias detenções na região conhecida como Triângulo Sunita --região hostil à ocupação americana, base dos rebeldes sunitas, que fica entre Bagdá, Ramadi (oeste) e Tikrit (norte).
Outro motivo da quantidade de pessoas presas no país é a lentidão na investigação e julgamento dos casos. Segundo Bruce Hoffman, analista que chegou a trabalhar no Iraque com os americanos, o Exército precisa contratar mais pessoas que possam fazer o trabalho de interrogatório e julgamento de forma mais rápida, já que a prisão pode se tornar um campo de recrutamento aos rebeldes.
Prisões
A capacidade da prisão de Abu Ghraib, perto de Bagdá, é de 2.500 presos. Atualmente há mais de 3.160 pessoas na prisão, segundo o tenente-coronel Barry Johnson. O presídio de Camp Bucca, perto do aeroporto de Bagdá, tem ao menos 5.640 detentos.
A superlotação pode ter provocado uma tentativa de motim no final de janeiro último, que matou quatro presos. Para os militares americanos, o conflito foi iniciado por "organizações experientes".
Do total da população carcerária do Iraque, apenas cem são considerados "presos de alto valor", incluindo o ex-ditador Saddam Hussein e seus colaboradores mais próximos, que estão presos em Camp Cropper.
De acordo com Johnson, há um plano de transferência de parte dos presos em Abu Ghraib para uma outra prisão, também perto do aeroporto. O novo centro teria capacidade para 2.500 pessoas.
Ao sul, militares americanos trabalham na expansão do presídio de Camp Bucca para abrigar os presidiários em melhores condições até o final deste mês.
Com "The New York Times"
Especial
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Superlotação de prisões no Iraque é desafio para Exército dos EUA
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As recentes mudanças no direcionamento das operações americanas no Iraque fizeram com que as três maiores prisões do país ficassem superlotadas, de acordo com o jornal "The New York Times" desta sexta-feira. O número de presos em fevereiro chegou a 8.900, mil a mais do que o computado no final de janeiro último.
As razões para o número elevado de detidos em prisões controladas pelos EUA são muitas. As primeiras dizem respeito aos rebeldes: militares prenderam diversas pessoas antes das eleições legislativas de 30 de janeiro, na tentativa de amedrontar os rebeldes, e refrear possíveis ataques que invalidassem o pleito. Houve também várias detenções na região conhecida como Triângulo Sunita --região hostil à ocupação americana, base dos rebeldes sunitas, que fica entre Bagdá, Ramadi (oeste) e Tikrit (norte).
Outro motivo da quantidade de pessoas presas no país é a lentidão na investigação e julgamento dos casos. Segundo Bruce Hoffman, analista que chegou a trabalhar no Iraque com os americanos, o Exército precisa contratar mais pessoas que possam fazer o trabalho de interrogatório e julgamento de forma mais rápida, já que a prisão pode se tornar um campo de recrutamento aos rebeldes.
Prisões
A capacidade da prisão de Abu Ghraib, perto de Bagdá, é de 2.500 presos. Atualmente há mais de 3.160 pessoas na prisão, segundo o tenente-coronel Barry Johnson. O presídio de Camp Bucca, perto do aeroporto de Bagdá, tem ao menos 5.640 detentos.
A superlotação pode ter provocado uma tentativa de motim no final de janeiro último, que matou quatro presos. Para os militares americanos, o conflito foi iniciado por "organizações experientes".
Do total da população carcerária do Iraque, apenas cem são considerados "presos de alto valor", incluindo o ex-ditador Saddam Hussein e seus colaboradores mais próximos, que estão presos em Camp Cropper.
De acordo com Johnson, há um plano de transferência de parte dos presos em Abu Ghraib para uma outra prisão, também perto do aeroporto. O novo centro teria capacidade para 2.500 pessoas.
Ao sul, militares americanos trabalham na expansão do presídio de Camp Bucca para abrigar os presidiários em melhores condições até o final deste mês.
Com "The New York Times"
Especial
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