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05/03/2005 - 12h18

Itamaraty investiga possível morte de brasileiro seqüestrado no Iraque

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da Folha Online

A assessoria de imprensa do Itamaraty informou, neste sábado, que está em contato com suas embaixadas no Oriente Médio para apurar a informação sobre o possível assassinato do engenheiro brasileiro João José de Vasconcellos Júnior, 50, seqüestrado no Iraque desde 19 de janeiro.

"Recebemos a informação e estamos em contato com nossas embaixadas nos países do Oriente Médio. Por enquanto, nada foi confirmado", afirmou a assessoria do Ministério das Relações Exteriores. A notícia foi divulgada hoje pela agência de notícias italiana Ansa, citando fontes iraquianas, e reproduzida por outras agências internacionais.

Reprodução/TV AL Jazira
Carteira de mergulhador de Vasconcellos
"Ficamos sabendo pela imprensa, mas ninguém confirma nada. O Itamaraty nos disse que está tentando descobrir mais detalhes. Só que esta não é a primeira vez que ouvimos coisas do tipo. Já nos chegaram notícias de que ele estava muito ferido, pouco ferido, doente", afirmou à Folha Online a irmã do engenheiro, Isabel Cristina.

Segundo Isabel, a família também já conversou hoje com o embaixador do Brasil em Roma, o ex-presidente Itamar Franco. "Ele nos disse que entrou em contato com essa agência [Ansa], mas não conseguiu informações novas", afirmou ela. O veículo disse a Itamar Franco que a informação sobre o assassinato de Vasconcellos teria partido de Beirute (Líbano).

"Quando ouvimos coisas do tipo, sempre pedimos provas de que ele esteja vivo, ou morto, ou ferido. Mas nunca recebemos nada. Há uma semana divulgaram que a jornalista italiana [Giuliana Sgrena, seqüestrada durante um mês] estava morta, no entanto ela apareceu aí, viva", explica Isabel.

Seqüestro

João Vasconcellos trabalhava no Iraque na construção de uma usina elétrica pela construtora Norberto Odebrecht. Ele desapareceu quando radicais islâmicos atacaram o veículo em que viajava perto da cidade de Baiji, a 180 quilômetros de Bagdá.

A ação conjunta foi reivindicada pelos grupos Brigadas Mujahidin e Exército de Ansar al Sunna. No dia em que o brasileiro desapareceu, os dois funcionários da Janusian que o acompanhavam, um britânico e um iraquiano, foram mortos por rebeldes.

Três dias depois de seu desaparecimento, a Al Jazira exibiu um vídeo [sem áudio] em que rebeldes mostravam sua carteira de mergulhador e algumas cédulas de reais, mas em nenhum momento foram divulgadas imagens do engenheiro.

Até hoje, nenhum pedido de resgate foi feito à família, à Odebrecht ou ao governo brasileiro, que tenta libertá-lo por meio de sua embaixada na Jordânia.

No último dia 25, o embaixador Affonso Celso de Ouro-Preto, representante especial do Brasil para o Oriente Médio, embarcou para Amã, capital da Jordânia, a fim de coordenar as negociações para a libertação do engenheiro. O Brasil tem trocado informações com países que têm experiência no trato com situações semelhantes.

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