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05/03/2005 - 17h32

Governo brasileiro mantém esperança de que engenheiro esteja vivo

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da Folha Online

O governo brasileiro mantém a esperança de que o engenheiro João José de Vasconcellos Júnior, 50, seqüestrado no Iraque desde 19 de janeiro, esteja vivo, afirmou o Itamaraty neste sábado, por meio de uma nota oficial divulgada à imprensa.

Segundo a nota, o governo também "renova o apelo aos seqüestradores para que permitam, sobretudo à família, ter conhecimento da sua real situação".

Reprodução/TV AL Jazira
Carteira de mergulhador de Vasconcellos
O Itamaraty afirma ainda que tomou conhecimento neste sábado da informação divulgada pela agência de notícias italiana Ansa, sobre o suposto assassinato de Vasconcellos. Na notícia, reproduzida por outras agências internacionais, a Ansa cita fontes iraquianas.

Segundo o ministério, o embaixador brasileiro para o Oriente Médio, Affonso Celso de Ouro-Preto, deve apurar a informação a respeito. A Embaixada do Brasil em Roma também deve verificar a veracidade da informação.

De acordo com o Itamaraty, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva e a família do engenheiro têm sido informados sobre a evolução do caso.

Família

"Ficamos sabendo pela imprensa, mas ninguém confirma nada", afirmou neste sábado à Folha Online a irmã do engenheiro, Isabel Cristina. "O Itamaraty nos disse que está tentando descobrir mais detalhes. Só que esta não é a primeira vez que ouvimos coisas do tipo. Já nos chegaram notícias de que ele estava muito ferido, pouco ferido, doente', diz

Segundo Isabel, a família também já conversou hoje com o embaixador do Brasil em Roma, o ex-presidente Itamar Franco. "Ele nos disse que entrou em contato com essa agência [Ansa], mas não conseguiu informações novas", afirmou ela. O veículo teria dito a Itamar Franco que a informação sobre o assassinato de Vasconcellos teria partido de Beirute (Líbano).

"Quando ouvimos coisas do tipo, sempre pedimos provas de que ele esteja vivo, ou morto, ou ferido. Mas nunca recebemos nada. Há uma semana divulgaram que a jornalista italiana [Giuliana Sgrena, seqüestrada durante um mês] estava morta, no entanto ela apareceu aí, viva", diz Isabel.

Seqüestro

João Vasconcellos trabalhava no Iraque na construção de uma usina elétrica pela construtora Norberto Odebrecht. Ele desapareceu quando radicais islâmicos atacaram o veículo em que viajava perto da cidade de Baiji, a 180 quilômetros de Bagdá.

A ação conjunta foi reivindicada pelos grupos Brigadas Mujahidin e Exército de Ansar al Sunna. No dia em que o brasileiro desapareceu, os dois funcionários da Janusian que o acompanhavam, um britânico e um iraquiano, foram mortos por rebeldes.

Três dias depois de seu desaparecimento, a Al Jazira exibiu um vídeo [sem áudio] em que rebeldes mostravam sua carteira de mergulhador e algumas cédulas de reais, mas em nenhum momento foram divulgadas imagens do engenheiro.

Até hoje, nenhum pedido de resgate foi feito à família, à Odebrecht ou ao governo brasileiro, que tenta libertá-lo por meio de sua embaixada na Jordânia.

No último dia 25, o embaixador Affonso Celso de Ouro-Preto, representante especial do Brasil para o Oriente Médio, embarcou para Amã, capital da Jordânia, a fim de coordenar as negociações para a libertação do engenheiro. O Brasil tem trocado informações com países que têm experiência no trato com situações semelhantes.

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