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06/03/2005
-
18h06
da Folha Online
Israel deve iniciar a retirada de suas tropas da Cisjordânia na próxima semana e devolver cinco cidades da região para o controle palestino, afirmou neste domingo à Associated Press uma alta autoridade palestina.
A retirada deve começar pela cidade de Tulkarem, na faixa ocidental dos territórios palestinos.
Palestinos e israelenses se reuniram neste domingo em Jerusalém, marcando a retomada das negociações do acordo de paz depois do ataque suicida do dia 25 de fevereiro em Tel Aviv, que matou cinco israelenses. O grupo extremista palestino Jihad Islâmico reivindicou a autoria do ataque.
Fontes do governo israelense confirmaram a discussão da retirada. No entanto, um funcionário do ministério da Defesa disse que nenhuma data será marcada antes da reunião entre o ministro da Defesa israelense Shaul Mofaz e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Os dois se reúnem pela primeira vez na próxima semana.
Em reunião no Egito em 8 de fevereiro, o premiê israelense Ariel Sharon prometeu a Abbas iniciar a retirada das tropas, reocupadas por Israel depois de quatro anos de conflito entre os dois países. No entanto, a medida vinha sendo adiada por Israel depois do atentado em Tel Aviv.
Antes do atentado, a retirada deveria começar por Jericó, uma pequena cidade que fica em uma região isolada do vale do rio Jordão, mas não houve acordo entre os dois países a respeito de quanto território estaria envolvido.
Jordânia
Também neste domingo, o ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Hani al Mulqi, se reuniu com líderes israelenses. Na visita, os líderes discutiram os conflitos envolvendo Israel, os palestinos, a Síria e o Líbano.
Al Mulqi, a mais alta autoridade jordaniana a visitar Israel desde 2001, esteve com Sharon, com o vice-premiê, Shimon Peres. "Nós falamos há algum tempo que queremos paz para as gerações futuras. Hoje nós queremos paz para nós antes disso", afirmou al Mulqi após a reunião.
Uma semana atrás, a Jordânia enviou um novo embaixador a Tel Aviv, depois de quatro anos sem representação em Israel. O Egito também indicou um novo embaixador no país.
Sharon disse ao ministro jordaniano que Abbas fez avanços positivos, como desenvolver o policiamento palestino na faixa de Gaza, mas que teria ainda que dar passos concretos no combate aos militantes. Al Mulki esteve com Abbas neste sábado.
"Enquanto fizermos progressos por causa de tréguas temporárias, ficaremos reféns destes grupos [extremistas], que irão destruir o processo como fizeram em 2003", disse Sharon.
Em 2003, quando era primeiro-ministro, Abbas assegurou o cessar-fogo, se reuniu com Sharon e Israel libertou alguns prisioneiros, mas o processo não teve continuidade. Abbas perdeu prestígio, discutiu com Iasser Arafat e deixou o cargo após apenas quatro meses no poder.
Com agências internacionais
Especial
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Israel deve iniciar retirada de tropas da Cisjordânia, diz Palestina
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Israel deve iniciar a retirada de suas tropas da Cisjordânia na próxima semana e devolver cinco cidades da região para o controle palestino, afirmou neste domingo à Associated Press uma alta autoridade palestina.
A retirada deve começar pela cidade de Tulkarem, na faixa ocidental dos territórios palestinos.
Palestinos e israelenses se reuniram neste domingo em Jerusalém, marcando a retomada das negociações do acordo de paz depois do ataque suicida do dia 25 de fevereiro em Tel Aviv, que matou cinco israelenses. O grupo extremista palestino Jihad Islâmico reivindicou a autoria do ataque.
Fontes do governo israelense confirmaram a discussão da retirada. No entanto, um funcionário do ministério da Defesa disse que nenhuma data será marcada antes da reunião entre o ministro da Defesa israelense Shaul Mofaz e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Os dois se reúnem pela primeira vez na próxima semana.
Em reunião no Egito em 8 de fevereiro, o premiê israelense Ariel Sharon prometeu a Abbas iniciar a retirada das tropas, reocupadas por Israel depois de quatro anos de conflito entre os dois países. No entanto, a medida vinha sendo adiada por Israel depois do atentado em Tel Aviv.
Antes do atentado, a retirada deveria começar por Jericó, uma pequena cidade que fica em uma região isolada do vale do rio Jordão, mas não houve acordo entre os dois países a respeito de quanto território estaria envolvido.
Jordânia
Também neste domingo, o ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Hani al Mulqi, se reuniu com líderes israelenses. Na visita, os líderes discutiram os conflitos envolvendo Israel, os palestinos, a Síria e o Líbano.
Al Mulqi, a mais alta autoridade jordaniana a visitar Israel desde 2001, esteve com Sharon, com o vice-premiê, Shimon Peres. "Nós falamos há algum tempo que queremos paz para as gerações futuras. Hoje nós queremos paz para nós antes disso", afirmou al Mulqi após a reunião.
Uma semana atrás, a Jordânia enviou um novo embaixador a Tel Aviv, depois de quatro anos sem representação em Israel. O Egito também indicou um novo embaixador no país.
Sharon disse ao ministro jordaniano que Abbas fez avanços positivos, como desenvolver o policiamento palestino na faixa de Gaza, mas que teria ainda que dar passos concretos no combate aos militantes. Al Mulki esteve com Abbas neste sábado.
"Enquanto fizermos progressos por causa de tréguas temporárias, ficaremos reféns destes grupos [extremistas], que irão destruir o processo como fizeram em 2003", disse Sharon.
Em 2003, quando era primeiro-ministro, Abbas assegurou o cessar-fogo, se reuniu com Sharon e Israel libertou alguns prisioneiros, mas o processo não teve continuidade. Abbas perdeu prestígio, discutiu com Iasser Arafat e deixou o cargo após apenas quatro meses no poder.
Com agências internacionais
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