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07/03/2005
-
11h49
da Folha Online
Ao menos 30 pessoas suspeitas de participarem da guerrilha maoísta no Nepal foram mortas pelas forças de segurança nepalesas em confrontos que duraram todo o fim de semana, segundo anúncio divulgado pelo governo nesta segunda-feira.
O conflito entre rebeldes e soldados começou na sexta-feira (4), e foi um dos mais mortíferos desde que o rei Gyanendra dissolveu o governo e assumiu todos os poderes do país no mês passado.
A ofensiva das tropas nepalesas sobre os maoístas aconteceu no distrito de Arghakhanchi, a oeste do país, considerada uma base dos guerrilheiros. Segundo o Exército nepalês, homens armados atacaram a sede do governo do distrito, e atearam fogo em várias partes do edifício, deflagrando o confronto.
A guerrilha maoísta nepalesa começou a agir em fevereiro de 1996 e já matou mais de 11 mil pessoas. Seu objetivo é substituir a monarquia parlamentarista por um governo comunista. Os rebeldes pedem a formação de uma assembléia especial --uma das principais exigências-- eleita para conceber uma nova Constituição e decidir a forma de governo.
Ajuda internacional
O ministro nepalês das Finanças, Madhukar Shamsher Rana, afirmou nesta segunda-feira que a interrupção da ajuda internacional ao Nepal vai alimentar o terrorismo no país. A declaração foi feita durante um encontro de autoridades nepalesas com doadores internacionais em Paris (França).
Vários doadores europeus pararam de enviar ajuda depois que o rei Gyanendra tomou o poder.
"Nós [referindo-se à delegação nepalesa que participou do encontro] dissemos a interrupção do desenvolvimento no Nepal irá ajudar o terrorismo, que se alimenta da pobreza", afirmou Rana, depois do encontro. "Eles [os doadores internacionais] terão que escolher entre prover suporte ao país e ajudar o terrorismo."
A interrupção da ajuda e a queda do turismo na região poderão tornar a situação do país ainda mais instável.
Apenas 14 mil turistas visitaram o Nepal no mês passado, uma queda de 43% em relação ao ano anterior, segundo comunicado do Comitê de Turismo do Nepal, divulgado nesta segunda-feira. O turismo é a principal atividade econômica na região.
O texto do comitê culpa a "cobertura negativa da mídia" e as restrições de viagens ao país, impostas pelos Estados Unidos e outros países ocidentais, pela diminuição da atividade turística.
Com agências internacionais
Especial
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Conflito entre maoístas e Exército deixa 30 mortos no Nepal
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Ao menos 30 pessoas suspeitas de participarem da guerrilha maoísta no Nepal foram mortas pelas forças de segurança nepalesas em confrontos que duraram todo o fim de semana, segundo anúncio divulgado pelo governo nesta segunda-feira.
O conflito entre rebeldes e soldados começou na sexta-feira (4), e foi um dos mais mortíferos desde que o rei Gyanendra dissolveu o governo e assumiu todos os poderes do país no mês passado.
A ofensiva das tropas nepalesas sobre os maoístas aconteceu no distrito de Arghakhanchi, a oeste do país, considerada uma base dos guerrilheiros. Segundo o Exército nepalês, homens armados atacaram a sede do governo do distrito, e atearam fogo em várias partes do edifício, deflagrando o confronto.
A guerrilha maoísta nepalesa começou a agir em fevereiro de 1996 e já matou mais de 11 mil pessoas. Seu objetivo é substituir a monarquia parlamentarista por um governo comunista. Os rebeldes pedem a formação de uma assembléia especial --uma das principais exigências-- eleita para conceber uma nova Constituição e decidir a forma de governo.
Ajuda internacional
O ministro nepalês das Finanças, Madhukar Shamsher Rana, afirmou nesta segunda-feira que a interrupção da ajuda internacional ao Nepal vai alimentar o terrorismo no país. A declaração foi feita durante um encontro de autoridades nepalesas com doadores internacionais em Paris (França).
Vários doadores europeus pararam de enviar ajuda depois que o rei Gyanendra tomou o poder.
"Nós [referindo-se à delegação nepalesa que participou do encontro] dissemos a interrupção do desenvolvimento no Nepal irá ajudar o terrorismo, que se alimenta da pobreza", afirmou Rana, depois do encontro. "Eles [os doadores internacionais] terão que escolher entre prover suporte ao país e ajudar o terrorismo."
A interrupção da ajuda e a queda do turismo na região poderão tornar a situação do país ainda mais instável.
Apenas 14 mil turistas visitaram o Nepal no mês passado, uma queda de 43% em relação ao ano anterior, segundo comunicado do Comitê de Turismo do Nepal, divulgado nesta segunda-feira. O turismo é a principal atividade econômica na região.
O texto do comitê culpa a "cobertura negativa da mídia" e as restrições de viagens ao país, impostas pelos Estados Unidos e outros países ocidentais, pela diminuição da atividade turística.
Com agências internacionais
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