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08/03/2005 - 10h22

China anuncia lei que permite uso de força militar contra Taiwan

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da France Presse, em Pequim

O governo chinês anunciou nesta terça-feira que poderá usar a força como recurso contra uma declaração de independência de Taiwan, território que espera governar no mesmo modelo de Hong Kong, segundo uma lei anti-secessão apresentada aos deputados da China.

"O modelo 'um país, dois sistemas' é nosso enfoque para chegar a uma reunificação pacífica", declarou Wang Zhaoguo, um dos vice-presidentes da Assembléia Nacional Popular (ANP, Parlamento), para 3.000 delegados reunidos em Pequim.

A lei anti-secessão, cuja aprovação pela ANP não é colocada em dúvida, prevê uma ação militar "para o caso de que as forças da independência de Taiwan atuem em qualquer nome ou por qualquer meio que seja para provocar uma secessão de Taiwan frente a China", afirmou Zhaoguo.

Hong Kong

Esse modelo foi aplicado em 1997 na antiga colônia britânica de Hong Kong, e dois anos mais tarde no ex-território português de Macau. A fórmula permite conservar o sistema capitalista durante 50 anos nessas regiões, com a manutenção de entidades aduaneiras separadas.

No entanto, é o governo chinês que determina a política estrangeira e de defesa para Hong Kong e Macau. Também é o regime comunista que nomeia indiretamente o chefe do Executivo de Hong Kong e adia a aplicação do voto universal no território.

Resposta

O dirigente taiwanês encarregado das relações com a China, Shiu Tai-san, declarou que a lei anti-secessão representa "um cheque em branco" para o Exército chinês e a modificação do 'status quo' de maneira unilateral.

O Ministério da Defesa de Taiwan anunciou nesta segunda-feira o início de exercícios militares, a partir do próximo mês.

Tai-san afirmou que a população de Taiwan nunca aceitará o princípio "um país, dois sistemas" proposto por Pequim.

Ao contrário de Hong Kong, Taiwan, que tem hoje cerca de 23 milhões de habitantes, goza de uma independência de fato desde o fim da guerra civil entre comunistas e nacionalistas chineses em 1949 e luta pelo reconhecimento diplomático internacional. A região autônoma elege seu presidente por voto universal desde 1996.

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