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10/03/2005 - 19h39

Ataque contra mesquita mata 47 e fere dezenas no norte do Iraque

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da Folha Online

Um ataque suicida contra um funeral em uma mesquita xiita em Mossul, no norte do Iraque, nesta quinta-feira deixou ao menos 47 mortos e dezenas de feridos, segundo autoridades locais.

Na capital, homens armados em dois carros cercaram um comboio policial e mataram o chefe de polícia Ahmad Ubaiss, um guarda e o motorista do veículo onde estavam os policiais.

Também hoje, um relatório divulgado pelo Pentágono (comando militar dos Estados Unidos) afirma que o Exército americano falhou ao reagir aos primeiros sinais de abuso em Abu Ghraib (perto da capital, Bagdá) e perdeu oportunidades de corrigir lapsos por conta de suas próprias políticas.

O relatório, que aborda ainda o tratamento dado a prisioneiros no Afeganistão e em Guantánamo [em Cuba], foi criticado por grupos de defesa de direitos humanos por não ter entrevistado o secretário de Defesa Donald Rumsfeld, o ex-administrador do Iraque Paul Bremer, entre outras autoridades americanas.

Ataque

De acordo com fontes médicas do hospital de Mossul, soldados americanos teriam levado dez feridos graves para um hospital militar na base do Exército dos Estados Unidos na cidade.

Mohammed Ibrahim/AP
Homem chora após ataque a mesquita em Mossul
"Quando nós entramos na mesquita, vimos uma bola de fogo e ouvimos uma enorme explosão", disse Tahir Abdullah Sultan, 45, uma das testemunhas. "Em seguida, havia sangue espalhado por todo o local."

"Nós ouvimos uma forte explosão, depois vimos uma nuvem de fumaça, pedaços de corpos e cheiro de pólvora", disse Adnan al Bayati, outra testemunha.

A mesquita fica na região de Tameem, ao norte de Mossul, uma área pobre da cidade e cercada de casas. Janelas de carros estacionados em frente à mesquita se quebraram com a explosão. Templos xiitas, funerais e procissões são alvos freqüentes de ataques rebeldes.

Mossul é considerada um bastião da insurgência sunita. Vários ataques e assassinatos já aconteceram na cidade, principalmente contra membros das forças de segurança iraquianas, xiitas e civis que trabalham para as forças de coalizão, lideradas pelos Estados Unidos.

Bagdá

Mais cedo, homens armados em dois carros cercaram um comboio policial e mataram o chefe de polícia Ahmad Ubaiss, um guarda e o motorista do veículo.

Pouco depois do atentado, um comunicado atribuído ao grupo do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, o Al Qaeda no Iraque, ligado à rede de Osama bin Laden, foi postado em um site árabe.

O texto afirmava que os rebeldes foram responsáveis pelo atentado de "um funcionário da inteligência que investigava os mujahidin e os machucava". A autenticidade do comunicado ainda não foi verificada.

Com agências internacionais

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