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11/03/2005
-
07h21
da Folha Online
Nesta sexta-feira, os olhos do mundo se voltam para Madri (Espanha), onde há um ano quatro trens que traziam trabalhadores dos subúrbios para o centro da capital por volta das 7h foram atingidos por bombas. O saldo de 191 mortos e 1.900 feridos foi o mais mortífero atentado do país e da Europa nos últimos 16 anos.
O maior ato em memória das vítimas é no monumento chamado de Bosque dos Ausentes, no parque do Retiro, onde 192 ciprestes e oliveiras, rodeados por uma lâmina circular de água --que simboliza a vida--, lembram as vítimas.
Os reis espanhóis presidem minuto de silêncio, acompanhados pelos príncipes das Astúrias, membros do governo, Congresso e Senado, entre outras autoridades nacionais e estrangeiras.
Na sede da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), na Bélgica, um minuto de silêncio também lembrará as vítimas.
A ação terrorisra marcou de forma decisiva a política do país. Ao contrário dos Estados Unidos, onde os atentados contra o World Trade Center deram um impulso conservador, na Espanha venceu o socialista José Rodríguez Zapatero.
Os atentados foram atribuídos pelo governo ao ETA (Euskadi Ta Askatasuna, ou Pátria Basca e Liberdade --grupo terrorista e separatista que luta pela independência da região basca), enquanto pouco depois pistas levaram ao terror islâmico. A pressa em culpar o ETA custou ao governo do ex-premiê José María Aznar, do PP (Partido Popular), a eleição. A população respondeu nas urnas a favor do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) de Zapatero.
Fundo
Ontem, durante a Conferência sobre Democracia e Terrorismo, Zapatero propôs a criação de fundos internacionais para ajudar aos Estados com menos recursos a cumprir as obrigações internacionais contra o terrorismo e para atender às vítimas.
O secretário da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, pediu uma "cooperação global" contra o terrorismo.
O plano anunciado por Annan propõe cinco iniciativas: dissuadir os potenciais terroristas de usar meios para conseguir seus objetivos, dificultar o acesso dos terroristas aos recursos para realizar ações, desencorajar os Estados que apóiam o terrorismo, desenvolver a capacidade de prevenção dos países e defender os direitos humanos.
Atentados
Três explosões simultâneas destruíram um trem que chegava a Atocha. Segundos mais tarde, outras quatro bombas explodiram em um trem que estava 500 metros atrás.
Quase ao mesmo tempo, duas bombas explodiram em vagões de um trem que estava estacionado na estação, destruindo também a estação de El Pozo (sul) e também nessa hora, uma bomba explodiu no quinto vagão de um trem que entrara na estação de Santa Eugênia (sudeste).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o 11 de Março
Veja galeria de imagens do atentado de 11 de março de 2004 em Madri
Um ano depois, Espanha lembra de atentados em Madri
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Nesta sexta-feira, os olhos do mundo se voltam para Madri (Espanha), onde há um ano quatro trens que traziam trabalhadores dos subúrbios para o centro da capital por volta das 7h foram atingidos por bombas. O saldo de 191 mortos e 1.900 feridos foi o mais mortífero atentado do país e da Europa nos últimos 16 anos.
11.mar.2004 |
Veja galeria de imagens dos atentados em Madri |
Os reis espanhóis presidem minuto de silêncio, acompanhados pelos príncipes das Astúrias, membros do governo, Congresso e Senado, entre outras autoridades nacionais e estrangeiras.
Na sede da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), na Bélgica, um minuto de silêncio também lembrará as vítimas.
A ação terrorisra marcou de forma decisiva a política do país. Ao contrário dos Estados Unidos, onde os atentados contra o World Trade Center deram um impulso conservador, na Espanha venceu o socialista José Rodríguez Zapatero.
Os atentados foram atribuídos pelo governo ao ETA (Euskadi Ta Askatasuna, ou Pátria Basca e Liberdade --grupo terrorista e separatista que luta pela independência da região basca), enquanto pouco depois pistas levaram ao terror islâmico. A pressa em culpar o ETA custou ao governo do ex-premiê José María Aznar, do PP (Partido Popular), a eleição. A população respondeu nas urnas a favor do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) de Zapatero.
Fundo
Ontem, durante a Conferência sobre Democracia e Terrorismo, Zapatero propôs a criação de fundos internacionais para ajudar aos Estados com menos recursos a cumprir as obrigações internacionais contra o terrorismo e para atender às vítimas.
O secretário da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, pediu uma "cooperação global" contra o terrorismo.
O plano anunciado por Annan propõe cinco iniciativas: dissuadir os potenciais terroristas de usar meios para conseguir seus objetivos, dificultar o acesso dos terroristas aos recursos para realizar ações, desencorajar os Estados que apóiam o terrorismo, desenvolver a capacidade de prevenção dos países e defender os direitos humanos.
Atentados
Três explosões simultâneas destruíram um trem que chegava a Atocha. Segundos mais tarde, outras quatro bombas explodiram em um trem que estava 500 metros atrás.
Quase ao mesmo tempo, duas bombas explodiram em vagões de um trem que estava estacionado na estação, destruindo também a estação de El Pozo (sul) e também nessa hora, uma bomba explodiu no quinto vagão de um trem que entrara na estação de Santa Eugênia (sudeste).
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