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16/03/2005
-
20h20
da Folha Online
Ao menos 20 prisioneiros no Iraque e no Afeganistão morreram sob custódia das forças americanas em casos confirmados ou suspeitos de homicídio, afirmaram fontes militares nesta quarta-feira.
O Comando de Investigações Criminais do Exército americano estudou as mortes de 79 prisioneiros sob custódia dos Estados Unidos nos dois países desde 2002, em 68 investigações separadas, de acordo com relatório divulgado hoje.
O número de mortes por homicídio entre os presos constatado no estudo é muito superior do que o que antes era considerado pelo Pentágono. Em relatório divulgado na semana passada, o inspetor geral da Marinha, Albert Church, citava apenas seis casos relacionados a "abusos substanciais contra os presos".
"O Exército está absolutamente comprometido a chegar à verdade a respeito desses casos. (...) Estamos investigando agressivamente as denúncias de abusos e iremos aonde as informações nos levarem", afirmou o porta-voz do Pentágono Joe Curtin.
O Serviço de Investigações Criminais da Marinha estudou oito casos envolvendo mortes de prisioneiros. Um dos casos foi considerado homicídio "justificável" e um outro morte natural, mas seis casos continuam em aberto.
Críticas
Desde as denúncias de abusos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, o tratamento dos prisioneiros americanos no país, no Afeganistão e na base naval em Guantánamo (Cuba) vem sendo criticado pela comunidade internacional.
Grupos de direitos humanos chamaram as últimas estatísticas de mortes divulgadas pelo Exército de problemáticas. "Este é um número que eles estão reportando. Mas resta a questão de quantos não estão sendo reportados", disse a funcionária da Anistia Internacional, Jumana Musa.
Segundo Musa, as mortes de prisioneiros eram "conclusões lógicas" das políticas aprovadas pelo governo americano de interrogatórios coercivos, com uma visão muito limitada do que constituiria tortura.
O advogado do grupo nova-iorquino Human Rights Watch, James Ross, afirmou que ficou perplexo com o número de casos de abusos contra presos nos quais os soldados americanos receberam penas brandas, ao invés de serem submetidos à corte marcial.
Curtin alega que o Exército está levando a sério os esforços para investigar as mortes e deseja reabrir os casos, se aparecerem informações novas. "Há críticos que dizem que estamos encobrindo os casos, o que é uma inverdade", afirmou. "Nós queremos ser o mais transparentes possível, sem atrapalhar os processos de investigação."
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre presos sob custódia dos EUA
EUA consideram que 20 presos foram assassinados sob sua custódia
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Ao menos 20 prisioneiros no Iraque e no Afeganistão morreram sob custódia das forças americanas em casos confirmados ou suspeitos de homicídio, afirmaram fontes militares nesta quarta-feira.
O Comando de Investigações Criminais do Exército americano estudou as mortes de 79 prisioneiros sob custódia dos Estados Unidos nos dois países desde 2002, em 68 investigações separadas, de acordo com relatório divulgado hoje.
O número de mortes por homicídio entre os presos constatado no estudo é muito superior do que o que antes era considerado pelo Pentágono. Em relatório divulgado na semana passada, o inspetor geral da Marinha, Albert Church, citava apenas seis casos relacionados a "abusos substanciais contra os presos".
"O Exército está absolutamente comprometido a chegar à verdade a respeito desses casos. (...) Estamos investigando agressivamente as denúncias de abusos e iremos aonde as informações nos levarem", afirmou o porta-voz do Pentágono Joe Curtin.
O Serviço de Investigações Criminais da Marinha estudou oito casos envolvendo mortes de prisioneiros. Um dos casos foi considerado homicídio "justificável" e um outro morte natural, mas seis casos continuam em aberto.
Críticas
Desde as denúncias de abusos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, o tratamento dos prisioneiros americanos no país, no Afeganistão e na base naval em Guantánamo (Cuba) vem sendo criticado pela comunidade internacional.
Grupos de direitos humanos chamaram as últimas estatísticas de mortes divulgadas pelo Exército de problemáticas. "Este é um número que eles estão reportando. Mas resta a questão de quantos não estão sendo reportados", disse a funcionária da Anistia Internacional, Jumana Musa.
Segundo Musa, as mortes de prisioneiros eram "conclusões lógicas" das políticas aprovadas pelo governo americano de interrogatórios coercivos, com uma visão muito limitada do que constituiria tortura.
O advogado do grupo nova-iorquino Human Rights Watch, James Ross, afirmou que ficou perplexo com o número de casos de abusos contra presos nos quais os soldados americanos receberam penas brandas, ao invés de serem submetidos à corte marcial.
Curtin alega que o Exército está levando a sério os esforços para investigar as mortes e deseja reabrir os casos, se aparecerem informações novas. "Há críticos que dizem que estamos encobrindo os casos, o que é uma inverdade", afirmou. "Nós queremos ser o mais transparentes possível, sem atrapalhar os processos de investigação."
Com agências internacionais
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