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17/03/2005 - 17h47

China afirma à UE que quer final pacífico para impasse com Taiwan

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da Folha Online

O ministro de Relações Exteriores chinês, Li Zhaoxing, afirmou à União Européia (UE) nesta quinta-feira que a China quer um final pacífico para o impasse com Taiwan. Na última segunda-feira (14), a China aprovou a lei anti-secessão, que permite o uso da força contra a ilha.

"A China irá procurar uma solução pacífica para a questão de Taiwan e para a reunificação de nossa nação", disse Zhaoxin, após reunião com membros da comissão executiva da UE em Bruxelas, na Bélgica. "Não há razão para nenhum membro da comunidade internacional ficar preocupado", afirmou

Zhaoxing também afirmou que a China está comprometida em trazer a Coréia do Norte de volta às negociações sobre o suposto programa nuclear norte-coreano. "Nossa posição é que a península da Coréia deveria estar livre de armas nucleares", afirmou, após reunião com Jean Asselborn, ministro de Relações Exteriores de Luxemburgo, país que controla a presidência da UE.

Segundo o ministro chinês, a China "continuará com seu papel construtivo" para trazer a Coréia do Norte de volta à mesa de negociações, que inclui seis países --Japão, Estados Unidos, China, Rússia, Coréia do Norte e Coréia do Sul.

Armas

Asselborn, por sua vez, afirmou que irá tentar convencer os 25 países que fazem parte da UE a concordarem com a suspensão do embargo nas vendas de armas à China até o fim de junho. O embargo já dura 15 anos.

"Nós iremos tentar, com toda a nossa energia e comprometimento, fazer com que isso seja possível", disse. No entanto, Asselborn alertou que ainda existem pontos a serem resolvidos no que diz respeito ao "código de conduta" dos países europeus em relação à venda de armas.

A França e a Alemanha, países que lideram a campanha para acabar com o embargo, dizem que a Europa irá manter um controle rígido nas vendas de armas de alta tecnologia para a China. Os dois países afirmam que embargo é ultrapassado e deveria ser extinto para melhorar as relações entre a UE e a China.

Os dois países europeus também esperam que a China veja a medida como um ato de boa vontade e abra seu mercado consumidor, em rápida expansão, para as vendas de bens de consumo europeus, como aviões ou trens.

No entanto, os Estados Unidos pediram à Europa que não suspenda o embargo, temendo que as vendas de armamentos europeus possa causar uma corrida às armas na Ásia e uma ameaça à Taiwan.

Impasse

A China considera Taiwan uma "Província rebelde" [embora funcione como um país autônomo] e reivindica sua reintegração desde 1949, quando o governo derrubado pela revolução comunista fugiu para a ilha.

Chen Shui-bian, presidente de Taiwan desde 2000, tem adotado medidas no sentido de construir uma identidade nacional própria, distinta da chinesa. Embora Taiwan não tenha status de país independente, não tem nenhuma relação política com Pequim.

A aprovação da lei anti-secessão permite que a China use a força caso Taiwan decida declarar sua independência formal. Pouco depois da votação, o presidente chinês, Hu Jintao, assinou um decreto que tornou a lei efetiva de modo imediato.

O governo taiwanês condenou a lei anti-secessão imposta pela China, e considera a lei um ato "não-pacífico" contra a ilha. Taiwan também condenou o aumento do orçamento militar chinês, que, em votação nesta segunda-feira no Parlamento, ganhou um reforço de 12,6%.

A lei também foi alvo de críticas de Washington, que se opõe ao uso da força para conseguir a reunificação e considera que o "texto vai contra as recentes evoluções rumo a uma melhora nas relações entre China e Taiwan".

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a lei anti-secessão

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