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19/03/2005 - 17h17

Europeus lembram dois anos da Guerra do Iraque com protestos

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da France Presse, em Paris

Milhares de pessoas foram às ruas neste sábado no Reino Unido, Itália, Turquia, Grécia e Suécia para protestar contra a Guerra no Iraque, que completa dois anos.

Em Londres, os manifestantes pediram o retorno das tropas. Cerca de 8.500 militares britânicos ainda se encontram no Iraque, o maior contingente depois do dos Estados Unidos.

Os organizadores, da associação "Stop The War Coalition', calculam que 150 mil pessoas participaram das manifestações. A Polícia, por sua vez, estima este número em 45 mil.

Sob um céu ensolarado, manifestantes britânicos sacudiam bandeiras com fotos do presidente americano, George W.Bush, com os dizeres "o terrorista número um do mundo".

Dois soldados que deixaram o Exército em protesto ao conflito carregaram um caixão no qual se lia "100 mil mortos" durante um cortejo simbólico, depositando-o em frente à embaixada americana, em referência ao artigo da revista científica "The Lancet" que afirma ser este o número de vítimas civis iraquianas desde o início da guerra.

Os organizadores das manifestações convocaram a população a ir à Escócia em julho, onde deve ser a próxima cúpula do G-8 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Japão, Canadá, Rússia, Alemanha, França e Itália), sob a presidência britânica, para mostrar sua insatisfação.

Em Roma, o povo também foi firme em mostrar sua insatisfação e a polícia teve que intervir para afastar alguns grupos que tentavam se aproximar dos gabinetes do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.

Uma forte esquema de segurança foi mobilizado em torno da Praça Veneza, no centro da capital, para impedir que os manifestantes que pedem o retorno das tropas italianas, cerca de 3.300 soldados, chegassem ao Palácio Chigi, sede do governo.

Diversos pequenos grupos teriam conseguido driblar o cordão de segurança, mas foram bloqueados, afirmou a prefeitura. Os policiais usaram várias vezes seus cassetetes contra os manifestantes nas ruas que desembocam no Palácio Chigi.

O governo italiano apoiou publicamente a intervenção militar americana no Iraque e enviou em junho de 2003 um grupo de três mil homens, destinado à região de Nasiriyá (sul do país), sob comando britânico.

Diante da forte pressão popular e do seqüestro de seus cidadãos, Berlusconi anunciou recentemente a retirada progressiva das tropas italianas a partir de setembro, decisão da qual teve que voltar atrás devido a exigências de Washington.

Mas o fato é que até mesmo os Estados Unidos, que perderam 1.500 soldados no Iraque desde março de 2003, preparam-se para reduzir seu efetivo no país, calculado em cerca de 150 mil militares e que deve cair para 138 mil até o final do mês.

A Grã-Bretanha, por sua vez, afirmou ter capacidade para substituir as tropas italianas no Iraque, se estas forem retiradas do Iraque, segundo o comandante-em-chefe do Exército britânico, general Mike Jackson.

Na Turquia, houve manifestações em três cidades contra a Guerra do Iraque e a presença de forças americanas. Em Ancara, Istambul e Adana, onde há missões diplomáticas americanas, os manifestantes denunciaram a "ocupação" deste país.

Cerca de 5.000 pessoas, segundo os organizadores, 2.000, segundo a polícia, fizeram uma manifestação em Atenas pelo mesmo motivo. Em Tessalônica, no norte, centenas de pessoas protestaram contra ocupação do Iraque por tropas estrangeiras.

Na Suécia, entre 500 e 1.000 pessoas fizeram uma manifestação em Estocolmo.

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