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21/03/2005 - 09h20

Israel quer construir 3.500 casas em assentamento na Cisjordânia

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da Folha Online

O governo israelense planeja construir 3.500 novas casas a colonos judeus em áreas ocupadas da Cisjordânia, para garantir o controle israelense sobre a cidade de Jerusalém, afirmaram nesta segunda-feira fontes do governo ao jornal israelense "Haaretz".

A construção das novas casas, que deve ocorrer entre o assentamento de Maaleh Adumin e Jerusalém Oriental, vai de encontro com o plano de paz elaborado pelo Quarteto [Rússia, ONU, EUA e União Européia-- que prevê a criação de um Estado palestino].

O plano organizado pelo grupo requer o fim da expansão dos assentamentos em Gaza e na Cisjordânia, dois territórios que foram ocupados pelos israelenses durante a guerra de 1967, e reivindicados pelos palestinos na constituição de seu futuro Estado. Mas no ano passado, o presidente americano, George W. Bush, afirmou que o governo israelense poderia manter alguns assentamentos na Cisjordânia.

Jerusalém Oriental é reivindicada pelos palestinos como a nova capital do Estado a ser criado. Os israelenses não aceitam a divisão da cidade, que é capital nacional e sede do governo, mas não é reconhecida como tal por outros países, que reconhecem apenas Tel Aviv como capital de Israel.

"O governo israelense dá a impressão de que pretende trocar Gaza por uma Grande Israel", afirmou o ministro palestino do Planejamento, Ghassan al Khatib.

"Israel é responsável por todas as conseqüências dessa violação contínua do plano de paz", disse. "Eu penso que a liderança e o povo palestino não vão tolerar isso."

Rodovia

O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, quer construir uma nova rodovia de ligação Jerusalém e duas cidades da Cisjordânia: Ramallah e Belém.

Parte do acordo de paz realizado entre Sharon e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em 8 de fevereiro último, prevê a retirada israelense de cinco cidades palestinas da Cisjordânia [Jericó, Tulkarem, Qalqilya , Ramallah e Belém]. Jericó já foi entregue ao controle da ANP na semana passada.

A transferência de Tulkarem, prevista para esta segunda-feira, foi cancelada por falta de acordos. O governo de Israel se negou a entregar o controle de vários vilarejos perto de Tulkarem, alegando que tais locais abrigam terroristas.

A manutenção dos postos de patrulhamento na região também poderá provocar diversas críticas dos palestinos que moram na Cisjordânia, cerca de 2,3 milhões, que têm neles um símbolo da ocupação israelense.

Com agências internacionais

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