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23/03/2005
-
11h51
da Folha Online
Forças de segurança iraquianas e soldados do Exército dos Estados Unidos fizeram uma ofensiva contra um suposto campo de treinamento rebelde, em uma região desértica ao norte da capital Bagdá. Ao menos 91 pessoas morreram --entre elas sete policiais iraquianos-- afirmou o Ministério do Interior nesta quarta-feira.
Essa foi uma das mais mortíferas ofensivas das forças de coalizão no Iraque, desde a ação na cidade rebelde de Fallujah [oeste], ocorrida em novembro passado, em que mais de mil supostos insurgentes foram mortos.
O campo de treinamento é próximo ao lago Tharthar, e fica a 160 quilômetros Bagdá. O local também está perto da cidade de Tikrit [180 km ao norte da capital]. O confronto foi iniciado na noite desta terça-feira.
"Forças especiais do Ministério do Interior atacaram um centro de treinamento e tiveram uma difícil batalha com os terroristas, matando 84 deles", afirmou o porta-voz do ministério, Sabah Kadhim, à agência de notícias Reuters.
Segundo Khadim, entre os mortos estão sudaneses, argelinos, marroquinos, sauditas, sírios "e pessoas de outras nacionalidades."
Oficiais iraquianos disseram ter pedido reforços ao Exército dos Estados Unidos, que mandou helicópteros e soldados ao local.
O violento confronto entre rebeldes e as forças de coalizão aconteceu depois que a Assembléia Geral iraquiana chegou a um acordo para indicação da nova plataforma de governo no Iraque, que deverá substituir a administração interina.
A assembléia, composta em sua maioria por xiitas e curdos, deverá indicar à Presidência do Iraque o líder curdo Jalal Talabani, e como primeiro-ministro, o xiita Ibrahim al Jaafari. A presidência da assembléia deverá ficar nas mãos de um político sunita, mas ainda não houve indicação formal de nenhum nome.
Os ministérios ainda estão sendo distribuídos, e é possível que haja uma nova reunião da assembléia neste sábado.
Estrangeiros
O Exército dos Estados Unidos confirmou a existência do confronto na região. Segundo o major Richard Goldenberg, da 42º Divisão da Infantaria, "muitos rebeldes" foram mortos, mas não houve vítimas entre americanos.
"Uma avaliação prévia do local indicou seu uso como campo de treinamento por forças rebeldes. A documentação também aponta a participação de inúmeros insurgentes estrangeiros", afirmou o major.
Uma nota supostamente distribuída por um grupo que se autodenomina Exército Islâmico de Tikrit afirmou que apenas 11 rebeldes foram mortos, e que "muitos" membros das forças de segurança iraquianas morreram.
Em Mossul, mais ao norte, um carro-bomba explodiu nesta quarta-feira perto de uma patrulha do Exército dos EUA. Não há informações sobre vítimas. O ataque teria sido uma resposta à detenção de 70 supostos rebeldes realizada pelos americanos nesta terça-feira.
Com agências internacionais
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Iraque faz ofensiva contra rebeldes ao norte do país e 91 morrem
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Forças de segurança iraquianas e soldados do Exército dos Estados Unidos fizeram uma ofensiva contra um suposto campo de treinamento rebelde, em uma região desértica ao norte da capital Bagdá. Ao menos 91 pessoas morreram --entre elas sete policiais iraquianos-- afirmou o Ministério do Interior nesta quarta-feira.
Essa foi uma das mais mortíferas ofensivas das forças de coalizão no Iraque, desde a ação na cidade rebelde de Fallujah [oeste], ocorrida em novembro passado, em que mais de mil supostos insurgentes foram mortos.
O campo de treinamento é próximo ao lago Tharthar, e fica a 160 quilômetros Bagdá. O local também está perto da cidade de Tikrit [180 km ao norte da capital]. O confronto foi iniciado na noite desta terça-feira.
"Forças especiais do Ministério do Interior atacaram um centro de treinamento e tiveram uma difícil batalha com os terroristas, matando 84 deles", afirmou o porta-voz do ministério, Sabah Kadhim, à agência de notícias Reuters.
Segundo Khadim, entre os mortos estão sudaneses, argelinos, marroquinos, sauditas, sírios "e pessoas de outras nacionalidades."
Oficiais iraquianos disseram ter pedido reforços ao Exército dos Estados Unidos, que mandou helicópteros e soldados ao local.
O violento confronto entre rebeldes e as forças de coalizão aconteceu depois que a Assembléia Geral iraquiana chegou a um acordo para indicação da nova plataforma de governo no Iraque, que deverá substituir a administração interina.
A assembléia, composta em sua maioria por xiitas e curdos, deverá indicar à Presidência do Iraque o líder curdo Jalal Talabani, e como primeiro-ministro, o xiita Ibrahim al Jaafari. A presidência da assembléia deverá ficar nas mãos de um político sunita, mas ainda não houve indicação formal de nenhum nome.
Os ministérios ainda estão sendo distribuídos, e é possível que haja uma nova reunião da assembléia neste sábado.
Estrangeiros
O Exército dos Estados Unidos confirmou a existência do confronto na região. Segundo o major Richard Goldenberg, da 42º Divisão da Infantaria, "muitos rebeldes" foram mortos, mas não houve vítimas entre americanos.
"Uma avaliação prévia do local indicou seu uso como campo de treinamento por forças rebeldes. A documentação também aponta a participação de inúmeros insurgentes estrangeiros", afirmou o major.
Uma nota supostamente distribuída por um grupo que se autodenomina Exército Islâmico de Tikrit afirmou que apenas 11 rebeldes foram mortos, e que "muitos" membros das forças de segurança iraquianas morreram.
Em Mossul, mais ao norte, um carro-bomba explodiu nesta quarta-feira perto de uma patrulha do Exército dos EUA. Não há informações sobre vítimas. O ataque teria sido uma resposta à detenção de 70 supostos rebeldes realizada pelos americanos nesta terça-feira.
Com agências internacionais
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