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27/03/2005
-
12h52
KAMAL TAHA
da France Presse, em Bagdá
As negociações entre xiitas e curdos para a formação do governo iraquiano estavam estancadas neste domingo, a dois dias da reunião da nova Assembléia Nacional iraquiana, particularmente em relação ao Ministério do Petróleo e ao papel dos sunitas.
"Creio que estamos quase prontos e que teremos um governo nos próximos dias", afirmou neste domingo o candidato xiita a primeiro-ministro, Ibrahim al Jaafari, que também é chefe do partido Dawa.
Já o primeiro-ministro interino do Iraque, Iyad Allawi, um xiita laico, propôs, como princípio, que religiosos não influenciem o funcionamento do governo.
Nesse sentido, a figura religiosa emblemática dos xiitas iraquianos, o aiatolá Ali al Sistani, assegurou neste domingo ao representante especial da ONU (Organização das Nações Unidas) no Iraque, Ashraf Kazi, que não vai intervir na política, exceto em caso de necessidade.
Postos ministeriais
Os xiitas e os curdos, com 140 e 75 cadeiras no Parlamento respectivamente, de um total de 275, negociam desde o fim de fevereiro os postos ministeriais.
As discussões prosseguem particularmente em postos-chave, como Defesa e Petróleo.
Os xiitas recusam o pedido dos curdos de dirigir o Ministério do Petróleo, disse neste sábado Saad Java, do Conselho Supremo da Revolução Islâmica no Iraque, o principal componente da lista xiita da Aliança Unificada Iraquiana.
Os curdos também reivindicam um posto de vice-primeiro-ministro "que disponha de prerrogativas específicas", o que é recusado pela coalizão xiita, segundo Jawad al Maliki, um dos xiitas que negociam com os curdos a formação do gabinete.
Sunitas
Segundo Al Maliki, os sunitas, perdedores das eleições de 30 de janeiro devido à abstenção, "receberão ou o Ministério da Defesa, ou o de Finanças".
Já Allawi pediu que "o governo seja completamente independente, sem qualquer controle dos líderes religiosos", segundo um membro de seu partido, Ibrahim al Janabi.
Allawi propõe também que o "aparato de segurança iraquiano seja independente e não fique nas mãos de nenhum partido político."
Segundo fontes próximas aos negociadores xiitas e curdos, o Ministério do Interior deverá ficar a cargo de um xiita.
Especial
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Xiitas e curdos interrompem discussões sobre novo governo no Iraque
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da France Presse, em Bagdá
As negociações entre xiitas e curdos para a formação do governo iraquiano estavam estancadas neste domingo, a dois dias da reunião da nova Assembléia Nacional iraquiana, particularmente em relação ao Ministério do Petróleo e ao papel dos sunitas.
"Creio que estamos quase prontos e que teremos um governo nos próximos dias", afirmou neste domingo o candidato xiita a primeiro-ministro, Ibrahim al Jaafari, que também é chefe do partido Dawa.
Já o primeiro-ministro interino do Iraque, Iyad Allawi, um xiita laico, propôs, como princípio, que religiosos não influenciem o funcionamento do governo.
Nesse sentido, a figura religiosa emblemática dos xiitas iraquianos, o aiatolá Ali al Sistani, assegurou neste domingo ao representante especial da ONU (Organização das Nações Unidas) no Iraque, Ashraf Kazi, que não vai intervir na política, exceto em caso de necessidade.
Postos ministeriais
Os xiitas e os curdos, com 140 e 75 cadeiras no Parlamento respectivamente, de um total de 275, negociam desde o fim de fevereiro os postos ministeriais.
As discussões prosseguem particularmente em postos-chave, como Defesa e Petróleo.
Os xiitas recusam o pedido dos curdos de dirigir o Ministério do Petróleo, disse neste sábado Saad Java, do Conselho Supremo da Revolução Islâmica no Iraque, o principal componente da lista xiita da Aliança Unificada Iraquiana.
Os curdos também reivindicam um posto de vice-primeiro-ministro "que disponha de prerrogativas específicas", o que é recusado pela coalizão xiita, segundo Jawad al Maliki, um dos xiitas que negociam com os curdos a formação do gabinete.
Sunitas
Segundo Al Maliki, os sunitas, perdedores das eleições de 30 de janeiro devido à abstenção, "receberão ou o Ministério da Defesa, ou o de Finanças".
Já Allawi pediu que "o governo seja completamente independente, sem qualquer controle dos líderes religiosos", segundo um membro de seu partido, Ibrahim al Janabi.
Allawi propõe também que o "aparato de segurança iraquiano seja independente e não fique nas mãos de nenhum partido político."
Segundo fontes próximas aos negociadores xiitas e curdos, o Ministério do Interior deverá ficar a cargo de um xiita.
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