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04/04/2005
-
17h43
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O cardeal d. Eusébio Scheid, arcebispo do Rio de Janeiro, afirmou hoje que o novo papa deve saber lidar com a mídia a fim de se comunicar com os fiéis. A importância do contato com os católicos, no entanto, não significa que o novo papa deverá enfrentar o mesmo número de viagens que João Paulo 2º, conhecido como o papa peregrino.
Segundo d. Eusébio, o perfil de viajante não é uma característica necessária. "João 23 só viajou até Assis e, no entanto, foi um dos maiores papas porque fez o Concílio Vaticano 2º, revolucionou a abertura da igreja com todas as revisões possíveis, que estavam um pouco trancadas no tempo de Pio 12. Ele não tinha nada desse "viageiro" como foi o nosso papa", disse.
Entre as características necessárias para o novo papa, d. Eusébio destacou o relacionamento humano, aspecto em que João Paulo 2º era inigualável, segundo o cardeal. Na avaliação de d. Eusébio, esta característica foi ainda mais visível no trato com os jovens. "[O novo papa] vai ter todas as qualidades que Jesus pediu: confirmar os homens na fé, seguir os ditames do Evangelho e ter o jeito de agir de Jesus", afirmou.
Segundo o cardeal, as questões social, política e ética também são imprescindíveis. "O novo papa não pode ser uma pessoa só fechada em cima de questões doutrinárias. Tem que estar aberto à problemática humana, à problemática científica", comentou. A observância entre as relações ciência e igreja também deverá ser um fator importante na escolha do novo papa, destacou d. Eusébio.
O caráter ecumênico do papado de João Paulo 2º deve ter ser seguido, de acordo com d. Eusébio. Para ele, este já é hoje um aspecto normal. "É um dado comum para quem vai ser papa, tem que ter espírito ecumênico". Após a notícia da morte de João Paulo 2º, líderes muçulmanos e judeus se manifestaram a favor do papa.
O arcebispo do Rio de Janeiro vai participar pela primeira vez do conclave. Sem expectativas quanto à escolha do sucessor, ele afirmou ter certeza de que "o Espírito Santo vai saber escolher aquele de que a igreja precisa nesse momento".
Ele afirmou não observar cor, lugar ou língua como critério para escolha do novo papa. D. Eusébio não comentou sequer a hipótese de eleição de um papa brasileiro. "Não saberia dizer no momento porque não estou bem concentrado", disse antes de embarcar para o Vaticano no aeroporto do Rio de Janeiro.
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Novo papa deve pregar ecumenismo e lidar com mídia, diz d. Eusébio
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O cardeal d. Eusébio Scheid, arcebispo do Rio de Janeiro, afirmou hoje que o novo papa deve saber lidar com a mídia a fim de se comunicar com os fiéis. A importância do contato com os católicos, no entanto, não significa que o novo papa deverá enfrentar o mesmo número de viagens que João Paulo 2º, conhecido como o papa peregrino.
Segundo d. Eusébio, o perfil de viajante não é uma característica necessária. "João 23 só viajou até Assis e, no entanto, foi um dos maiores papas porque fez o Concílio Vaticano 2º, revolucionou a abertura da igreja com todas as revisões possíveis, que estavam um pouco trancadas no tempo de Pio 12. Ele não tinha nada desse "viageiro" como foi o nosso papa", disse.
Entre as características necessárias para o novo papa, d. Eusébio destacou o relacionamento humano, aspecto em que João Paulo 2º era inigualável, segundo o cardeal. Na avaliação de d. Eusébio, esta característica foi ainda mais visível no trato com os jovens. "[O novo papa] vai ter todas as qualidades que Jesus pediu: confirmar os homens na fé, seguir os ditames do Evangelho e ter o jeito de agir de Jesus", afirmou.
Segundo o cardeal, as questões social, política e ética também são imprescindíveis. "O novo papa não pode ser uma pessoa só fechada em cima de questões doutrinárias. Tem que estar aberto à problemática humana, à problemática científica", comentou. A observância entre as relações ciência e igreja também deverá ser um fator importante na escolha do novo papa, destacou d. Eusébio.
O caráter ecumênico do papado de João Paulo 2º deve ter ser seguido, de acordo com d. Eusébio. Para ele, este já é hoje um aspecto normal. "É um dado comum para quem vai ser papa, tem que ter espírito ecumênico". Após a notícia da morte de João Paulo 2º, líderes muçulmanos e judeus se manifestaram a favor do papa.
O arcebispo do Rio de Janeiro vai participar pela primeira vez do conclave. Sem expectativas quanto à escolha do sucessor, ele afirmou ter certeza de que "o Espírito Santo vai saber escolher aquele de que a igreja precisa nesse momento".
Ele afirmou não observar cor, lugar ou língua como critério para escolha do novo papa. D. Eusébio não comentou sequer a hipótese de eleição de um papa brasileiro. "Não saberia dizer no momento porque não estou bem concentrado", disse antes de embarcar para o Vaticano no aeroporto do Rio de Janeiro.
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