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06/04/2005
-
07h08
RICARDO FELTRIN
Enviado especial da Folha Online a Roma
A menos de dois dias do enterro do papa João Paulo 2º, Roma assiste nesta quarta-feira a uma invasão de poloneses. A polícia italiana já colocou em ação um esquema especial para receber cerca de 1 milhão de poloneses, que chegam a Itália para dar adeus ao seu mais ilustre cidadão: Karol Josef Wojtyla, o papa João Paulo 2.
O esquema da polícia está permitindo que os milhares de poloneses "furem" as filas de fiéis comuns que estão se dirigindo a basílica de São Pedro. Segundo a polícia, as filas dobraram de três a quatro quilômetros entre ontem e hoje. Todos seguem lentamente em direção a laje onde está o corpo de João Paulo 2º.
Ladeados por policiais e funcionários de uma espécie de Defesa Civil de Roma, "blocos" imensos de fiéis poloneses estão primeiramente mantidos isolados, e depois levados por ruas laterais até algum trecho da fila, a cerca de 200 metros da basílica.
Lá, um grupo de policiais segura a multidão por alguns minutos e, mais tarde, permite a "infiltração" do bloco de poloneses, que entra na fila sob aplausos dos demais fiéis.
Muitos carregam bandeiras vermelhas e brancas e, quando falam, demonstram muito orgulho diante da paixão e do respeito que o polonês Karol Josef Wojtyla despertou em todo o mundo.
Vindos de Varsóvia, o gerente operacional Tomasz Sakkil, 27, e sua namorada Alicia, 25, disseram ter chegado a Roma por volta das 6h. Três horas depois já estavam em local privilegiado, na fila, a cerca de 200 metros da basílica. "Voltaremos [para a Polônia] ainda hoje", diz Sakkil.
Abraçados e friorentos, apesar dos 18ºC graus registrados no Vaticano às 10h30 [5h30 no Brasil], o casal definido por si mesmos como "comerciante aposentados", Drina e Jösef Czerwijdsk, de 70 e 76 anos respectivamente, chegaram na noite de terça, também vindos de Varsóvia.
"João Paulo foi o maior e mais importante polonês desde Chopin", diz Drina, que diz também ser musicista e acordeonista nas horas vagas (enquanto Jösef faz uma careta as suas costas).
Os dois dizem que já vinham guardando dinheiro para visitar Roma há cerca de cinco anos.
"Queríamos tê-lo visto quando vivo, mas agora pelo menos poderemos nos despedir", diz ela visivelmente emocionada.
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A menos de dois dias do enterro do papa João Paulo 2º, Roma assiste nesta quarta-feira a uma invasão de poloneses. A polícia italiana já colocou em ação um esquema especial para receber cerca de 1 milhão de poloneses, que chegam a Itália para dar adeus ao seu mais ilustre cidadão: Karol Josef Wojtyla, o papa João Paulo 2.
O esquema da polícia está permitindo que os milhares de poloneses "furem" as filas de fiéis comuns que estão se dirigindo a basílica de São Pedro. Segundo a polícia, as filas dobraram de três a quatro quilômetros entre ontem e hoje. Todos seguem lentamente em direção a laje onde está o corpo de João Paulo 2º.
Ladeados por policiais e funcionários de uma espécie de Defesa Civil de Roma, "blocos" imensos de fiéis poloneses estão primeiramente mantidos isolados, e depois levados por ruas laterais até algum trecho da fila, a cerca de 200 metros da basílica.
Lá, um grupo de policiais segura a multidão por alguns minutos e, mais tarde, permite a "infiltração" do bloco de poloneses, que entra na fila sob aplausos dos demais fiéis.
Muitos carregam bandeiras vermelhas e brancas e, quando falam, demonstram muito orgulho diante da paixão e do respeito que o polonês Karol Josef Wojtyla despertou em todo o mundo.
Vindos de Varsóvia, o gerente operacional Tomasz Sakkil, 27, e sua namorada Alicia, 25, disseram ter chegado a Roma por volta das 6h. Três horas depois já estavam em local privilegiado, na fila, a cerca de 200 metros da basílica. "Voltaremos [para a Polônia] ainda hoje", diz Sakkil.
Abraçados e friorentos, apesar dos 18ºC graus registrados no Vaticano às 10h30 [5h30 no Brasil], o casal definido por si mesmos como "comerciante aposentados", Drina e Jösef Czerwijdsk, de 70 e 76 anos respectivamente, chegaram na noite de terça, também vindos de Varsóvia.
"João Paulo foi o maior e mais importante polonês desde Chopin", diz Drina, que diz também ser musicista e acordeonista nas horas vagas (enquanto Jösef faz uma careta as suas costas).
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