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14/04/2005
-
15h53
EMÍLIA BERTOLLI
da Folha Online
O Vaticano vai tomar todas as precauções para impedir a espionagem das reuniões do cardeais durante o conclave para a escolha do próximo papa, afirmou nesta quinta-feira à imprensa italiana uma das maiores especialistas em contra-espionagem da Itália, Miriam Ponzi.
Segundo ela, funcionários do Vaticano criaram uma operação especial com a ajuda de engenheiros de microeletrônica, para procurar em todo o interior da capela Sistina--e também em todos os aposentos ocupados pelos cardeais que participarão do conclave-- qualquer tipo de dispositivo de espionagem que possa revelar o que acontecerá em cada reunião.
Segundo o jornal "La Repubblica", o maior risco são os aparelhos microscópicos, que podem ser instalados em qualquer lugar. Informações do serviço de inteligência italianos revelaram que, em 1978 --quando houve o conclave para a escolha do papa João Paulo 2º-- espiões russos instalaram um microfone em uma pequena estátua da Madonna dentro da capela Sistina.
Por anos, o conclave foi guardado apenas pela Guarda Suíça, que fica a postos em frente à capela Sistina. Com o desenvolvimento da tecnologia, e o uso de aparelhos cada vez menores, é preciso que o Vaticano adote medidas de segurança muito mais rígidas.
Quando João Paulo 2º fez a revisão da Constituição Apostólica em 1996, o papa incluiu uma cláusula que proíbe os cardeais de portar qualquer tipo de dispositivo eletrônico durante o conclave.
Tecnologia
Câmeras podem gravar com perfeição a grandes distâncias e, por isso, as janelas da capela permanecerão fechadas. Mesmo assim, adverte a especialista, será preciso tomar cuidado com os dispositivos eletrônicos de captação da voz, principalmente as antenas de monitoramento à distância. Para bloqueá-las, é preciso instalar uma espécie de "guarda-chuva" que produz estática.
Uma das mais complexas tecnologias existentes é um aparelho de escuta clandestina que usa feixes de laser praticamente impossíveis de serem detectados. Além de não deixar nenhuma pista tecnológica, permitem que uma conversa seja monitorada à distância. Esse tipo de aparelho pode ser comprado por cerca de US$ 200.
Outra tecnologia que pode ser usada para o monitoramento do conclave é o sistema de GPS (Global Positioning System), que pode rastrear a posição de qualquer pessoa, em tempo real, já que um minúsculo aparelho pode enviar informações diretamente a um satélite.
Todos os computadores também deverão ser removidos dos locais onde estarão os cardeais pois podem ser usados como armas de espionagem à distância, já que a invasão dos sistemas do Vaticano pode permitir a captação de informações.
Simples aplicativos que circulam gratuitamente pela web podem registrar tudo o que é digitado em um computador, e enviar automaticamente um arquivo com as informações coletadas para qualquer e-mail.
Com agências internacionais
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Vaticano se prepara para barrar espionagem tecnológica em conclave
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da Folha Online
O Vaticano vai tomar todas as precauções para impedir a espionagem das reuniões do cardeais durante o conclave para a escolha do próximo papa, afirmou nesta quinta-feira à imprensa italiana uma das maiores especialistas em contra-espionagem da Itália, Miriam Ponzi.
Segundo ela, funcionários do Vaticano criaram uma operação especial com a ajuda de engenheiros de microeletrônica, para procurar em todo o interior da capela Sistina--e também em todos os aposentos ocupados pelos cardeais que participarão do conclave-- qualquer tipo de dispositivo de espionagem que possa revelar o que acontecerá em cada reunião.
Segundo o jornal "La Repubblica", o maior risco são os aparelhos microscópicos, que podem ser instalados em qualquer lugar. Informações do serviço de inteligência italianos revelaram que, em 1978 --quando houve o conclave para a escolha do papa João Paulo 2º-- espiões russos instalaram um microfone em uma pequena estátua da Madonna dentro da capela Sistina.
Por anos, o conclave foi guardado apenas pela Guarda Suíça, que fica a postos em frente à capela Sistina. Com o desenvolvimento da tecnologia, e o uso de aparelhos cada vez menores, é preciso que o Vaticano adote medidas de segurança muito mais rígidas.
Quando João Paulo 2º fez a revisão da Constituição Apostólica em 1996, o papa incluiu uma cláusula que proíbe os cardeais de portar qualquer tipo de dispositivo eletrônico durante o conclave.
Tecnologia
Câmeras podem gravar com perfeição a grandes distâncias e, por isso, as janelas da capela permanecerão fechadas. Mesmo assim, adverte a especialista, será preciso tomar cuidado com os dispositivos eletrônicos de captação da voz, principalmente as antenas de monitoramento à distância. Para bloqueá-las, é preciso instalar uma espécie de "guarda-chuva" que produz estática.
Uma das mais complexas tecnologias existentes é um aparelho de escuta clandestina que usa feixes de laser praticamente impossíveis de serem detectados. Além de não deixar nenhuma pista tecnológica, permitem que uma conversa seja monitorada à distância. Esse tipo de aparelho pode ser comprado por cerca de US$ 200.
Outra tecnologia que pode ser usada para o monitoramento do conclave é o sistema de GPS (Global Positioning System), que pode rastrear a posição de qualquer pessoa, em tempo real, já que um minúsculo aparelho pode enviar informações diretamente a um satélite.
Todos os computadores também deverão ser removidos dos locais onde estarão os cardeais pois podem ser usados como armas de espionagem à distância, já que a invasão dos sistemas do Vaticano pode permitir a captação de informações.
Simples aplicativos que circulam gratuitamente pela web podem registrar tudo o que é digitado em um computador, e enviar automaticamente um arquivo com as informações coletadas para qualquer e-mail.
Com agências internacionais
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