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17/04/2005 - 16h09

Conclave não deve passar de 4 dias, segundo tendência do século 20

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da France Presse, no Vaticano

O conclave para designar o sucessor de João Paulo 2º começará nesta segunda-feira e não deverá durar mais de quatro dias, segundo a tendência das votações vigente desde o início do século 20.

O mais breve foi o que designou Pio 12, eleito em 24 horas na terceira rodada de votação, em 2 de março de 1939. O mais longo durou quatro dias, e foi resolvido na 14ª rodada de votação com a eleição de Pio 11, em 6 de fevereiro de 1922.

João Paulo 2º foi eleito em 48 horas e oito rodadas de votação no dia 16 de outubro de 1978, e reinou sobre a Igreja Católica durante 26 anos e cinco meses. Seu antecessor, João Paulo 1º, foi eleito em 24 horas, após quatro rodadas de votação. Doente e traumatizado por sua eleição, ele morreu 33 dias depois.

O primeiro papa do século 20, Pio 10, foi eleito em quatro dias, em 4 de agosto de 1903, mas o conclave, aberto em 1º de agosto daquele ano, foi marcado pelo veto do imperador da Áustria, François Joseph, à eleição do cardeal Rampolla, ex-secretário de Estado do papa Leão 13.

O sucessor de Pio 10, Bento 15, foi eleito em 3 de setembro de 1914 em três dias e dez rodadas de votação. Assim como João Paulo 1º, ele hesitou antes de aceitar o cargo de máximo representante da Igreja Católica.

João 23 foi eleito em três dias e dez rodadas, em 28 de outubro de 1958, e Paulo 6º em dois dias e seis rodadas, em 21 de junho de 1963.

A vacância pontifical mais longa durou três anos, sete meses e um dia --entre os dias 26 de outubro de 304 e 27 de maio de 308--, entre os papas Marcellin e Marcelo 1º.

O conclave foi inventado em 1274 na cidade de Viterbo, no centro da Itália. Sob um regime à base de pão e água, e enclausurados com chave (cum clave) no palácio pontifical, os 17 prelados nomearam rapidamente o sucessor de Clemente 4º. O eleito, Gregório X, normalizou em seguida esta prática de enclausuramento dos cardeais.

A regra eleitoral dos dois terços foi imposta por Alexandre 3º em 1180. O mesmo papa instituiu o Sacro Colégio dos cardeais, cujo número evoluiu de 10 para 20 em mais de três séculos. Em 1585, Sisto 5º elevou este número para 70, em homenagem aos 70 anciões que acompanhavam Moisés.

No início dos anos 70, Paulo 6º definiu em 120 o número máximo de cardeais eleitores, cuja idade não pode exceder 80 anos.

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