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19/04/2005
-
11h04
RODRIGO WERNECK
Colaboração para a Folha Online, em Roma
O conclave para eleger o sucessor de João Paulo 2º, iniciado nesta segunda-feira, ficará marcado pela adoção de confortos inimagináveis em eleições papais anteriores, alguns deles inéditos. Os cardeais poderão beber conhaque e fumar nos intervalos entre as votações. A revelação é do jornal italiano "Leggo".
Para festejar a escolha do novo sumo pontífice, os clérigos farão também um brinde com champanhe, conforme o diário romano. Embora a alimentação deste conclave não tenha sido revelada pela Santa Sé, as permissões contrastam com restrições severas seguidas em conclaves passados.
Em 1274, o papa Gregório 10º determinou uma dieta rígida dentro da constituição Ubi periculum. Caso o sucessor de Pedro não fosse escolhido em três dias, a refeição era racionada. E, encerrado este período, a alimentação deveria ser reduzida, por tempo indeterminado, a pão, vinho e água.
Eleito no mais longo conclave da história, com dois anos e nove meses de duração, Gregório 10º tinha o objetivo de apressar a indicação dos novos pontífices. E a receita funcionou. A eleição de Inocêncio 5º, em 1276, durou apenas um dia.
Hospedagem
A maior comodidade deste conclave, porém, será a hospedagem dos cardeais na Casa de Santa Marta, uma espécie de hotel localizado em um prédio anexo ao Palácio Apostólico, no Vaticano.
Até a escolha de Karol Josef Wojtyla, os clérigos tinham de dormir na capela Sistina, local onde ocorrem os escrutínios. Eles descansavam em boxes pré-fabricados colocados na igreja, o que pouco amenizava o desconforto provocado pela escassez de banheiros, por exemplo.
Eleito nestas condições, João Paulo 2º determinou a construção da Casa de Santa Marta, em 1996. Com 106 suítes e 22 quartos simples, sem banheiro, a obra foi uma revolução logística na realização do conclave, mas recebeu críticas de historiadores italianos, pois a edificação romperia a harmonia dos prédios históricos da praça São Pedro.
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Cardeais apreciam conhaque e tabaco nos intervalos do conclave
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Colaboração para a Folha Online, em Roma
O conclave para eleger o sucessor de João Paulo 2º, iniciado nesta segunda-feira, ficará marcado pela adoção de confortos inimagináveis em eleições papais anteriores, alguns deles inéditos. Os cardeais poderão beber conhaque e fumar nos intervalos entre as votações. A revelação é do jornal italiano "Leggo".
Para festejar a escolha do novo sumo pontífice, os clérigos farão também um brinde com champanhe, conforme o diário romano. Embora a alimentação deste conclave não tenha sido revelada pela Santa Sé, as permissões contrastam com restrições severas seguidas em conclaves passados.
Em 1274, o papa Gregório 10º determinou uma dieta rígida dentro da constituição Ubi periculum. Caso o sucessor de Pedro não fosse escolhido em três dias, a refeição era racionada. E, encerrado este período, a alimentação deveria ser reduzida, por tempo indeterminado, a pão, vinho e água.
Eleito no mais longo conclave da história, com dois anos e nove meses de duração, Gregório 10º tinha o objetivo de apressar a indicação dos novos pontífices. E a receita funcionou. A eleição de Inocêncio 5º, em 1276, durou apenas um dia.
Hospedagem
A maior comodidade deste conclave, porém, será a hospedagem dos cardeais na Casa de Santa Marta, uma espécie de hotel localizado em um prédio anexo ao Palácio Apostólico, no Vaticano.
Até a escolha de Karol Josef Wojtyla, os clérigos tinham de dormir na capela Sistina, local onde ocorrem os escrutínios. Eles descansavam em boxes pré-fabricados colocados na igreja, o que pouco amenizava o desconforto provocado pela escassez de banheiros, por exemplo.
Eleito nestas condições, João Paulo 2º determinou a construção da Casa de Santa Marta, em 1996. Com 106 suítes e 22 quartos simples, sem banheiro, a obra foi uma revolução logística na realização do conclave, mas recebeu críticas de historiadores italianos, pois a edificação romperia a harmonia dos prédios históricos da praça São Pedro.
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