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20/04/2005 - 13h03

Presidente do Equador rejeita renunciar cargo

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da Folha Online

O presidente do Equador, Lucio Gutiérrez, anunciou nesta quarta-feira que não irá renunciar ao cargo, apesar dos protestos realizados na noite de ontem, em Quito, que reuniu mais de dez mil pessoas, segundo o jornal equatoriano "La Hora".

"Isso não é possível. Fui eleito para governar durante quatro anos. Meu governo termina em janeiro de 2007", disse, em entrevista à agência de notícias Associated Press.

Nesta manhã, a Presidência divulgou um comunicado confirmando a posição de Gutiérrez frente à crise política. "As Forças Armadas estão unidas e dão respaldo ao Presidente (...) assim como à democracia e à ordem institucional", diz o texto.

O prefeito de Quito e um dos líderes da oposição --que considera o governo do presidente como ditatorial-- Paco Moncayo, afirmou que "há uma divisão nas Forças Armadas, e alguns militares estão descontentes com o governo de Gutiérrez".

Manifestação

Mais de dez mil pessoas participaram das manifestações na noite desta terça-feira. Segundo o jornal "La Hora", o protesto, pacífico, terminou com a intervenção agressiva da tropa de choque da polícia equatoriana, que resultou em uma morte.

Na tentativa de conter o protesto, a polícia equatoriana atirou bombas de gás lacrimogêneo nos manifestantes. Vários sofreram com princípio de asfixia causado pelo gás lacrimogêneo.

A rede de TV Ecuavisa informou que o fotógrafo chileno Julio Augusto García, 54, do jornal "La Bocina", morreu de parada cardiorrespiratória devido ao gás.

Favoráveis

Mais de 1.500 indígenas, membros da Federação de Indígenas Evangélicos (Feine), também fizeram um protesto em Quito nesta terça-feira, segundo o "La Hora", para apoiar o presidente.

Mas o suporte ao presidente Gutiérrez não é uma questão unânime entre os indígenas. Líderes do movimento Pachakutik anunciaram, por meio de um comunicado à imprensa, que vão pedir ao Congresso Nacional a destituição de Gutiérrez por causa da instabilidade política e judiciária que tomaram conta do país.

Segundo a Rádio Quito, autoridades do Equador se reuniram nesta quarta-feira no Ministério da Defesa, para decidir se vão seguir apoiando o presidente Gutiérrez.

Suprema Corte

Grupos políticos e empresariais exigem que Gutiérrez abandone o cargo e o acusam de "ditador", e de gerir "de acordo com seus desígnios" a Suprema Corte de Justiça equatoriana.

No domingo (17) O Parlamento unicameral do Equador aprovou por unanimidade uma resolução para fechar a Suprema Corte de Justiça (CSJ), que havia sido reestruturada pelo próprio Congresso no dia 8 de dezembro.

Os juízes destituídos não condenaram os ex-presidentes Abdalá Bucaram, que vive no Panamá desde 1997, e Gustavo Novoa, que atualmente está na República Dominicana, pelas acusações de corrupção durante seus mandatos, e permitiram que voltassem aos países onde estão exilados.

Líderes opositores também afirmaram nesta quarta-feira que vão tentar destituir Gutiérrez do poder, mediante uma denúncia por delitos contra a segurança do Estado.

Com agências internacionais

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