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23/04/2005 - 10h07

Americanos prendem 232 brasileiros ilegais

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FABIANO MAISONNAVE
da Folha de S.Paulo, em Washington

Em apenas dois dias, agentes da Patrulha da Fronteira americanos prenderam 232 imigrantes ilegais brasileiros em diferentes pontos do Condado de Hidalgo, no Texas. Havia seis crianças --duas aparentavam ter apenas cinco anos-- e 32 mulheres. É o maior grupo de brasileiros capturados tentando entrar nos EUA, segundo o Consulado do Brasil em Houston.

Segundo a representação brasileira, mais de 90% dos brasileiros deveriam ser liberados por não serem reincidentes. Em geral, esses liberados recebem uma ordem para comparecer a um tribunal, mas isso dificilmente acontece, e os imigrantes continuam ilegalmente nos EUA.

Também é comum que essas liberações ocorram por causa da falta de espaço nos centros de detenção para imigrantes ilegais.

As prisões ocorreram entre quarta-feira e anteontem. Segundo a imprensa local, que deu bastante destaque ao caso, a maioria foi detida entre as 9h30 e 12h30 de anteontem em cinco locais diferentes, mas próximos entre si: Los Ébanos, Sullivan City, La Joya, McCook e na estação de ônibus de McAllen.

Ao todo, a fronteira do Condado de Hidalgo com o México, marcada pelo rio Grande, tem cerca de 550 km.
O consulado brasileiro não tinha informações sobre a procedência dos brasileiros presos.

Um porta-voz da Patrulha da Fronteira da região disse à Folha que o número de brasileiros presos está crescendo bastante.

Segundo informações do governo americano ao consulado brasileiro, 10.454 brasileiros foram presos entre outubro de 2004 e março passado. Outros 31.974 têm audiência marcada e 889 foram deportados no período.

Segundo dados do governo americano, os brasileiros são o grupo que mais tem crescido em detenções na fronteira com o México. Nos últimos cinco anos, o crescimento foi de 1.665%, passando de menos de 500 para mais de 8.600 pessoas em 2004.

Com isso, o Brasil pulou do sétimo para o quinto lugar, atrás apenas do México e de três países centro-americanos. A contagem é feita pelo ano fiscal americano --entre outubro e setembro.

O México passou a ser uma opção para os brasileiros depois que os EUA endureceram a concessão de vistos após 11 de Setembro. Por outro lado, um acordo com o México isentou os brasileiros de visto para entrar no país.

A maioria dos brasileiros presos costuma ser de classe média baixa, do sexo masculino e jovem. O preço da viagem gira em torno de US$ 7.000 a US$ 10 mil.

A estimativa clássica dos especialistas é que, para cada imigrante ilegal preso, outros três conseguem escapar das autoridades.

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