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25/04/2005 - 10h09

Insurgentes sabotam oleodutos ao norte do Iraque

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da Folha Online

Rebeldes incendiaram dois oleodutos no Iraque nesta segunda-feira, localizados na cidade de Kirkuk, ao norte do país, uma das mais importantes regiões na exploração e comercialização do petróleo iraquiano. Na seqüência, os insurgentes abriram fogo contra policiais, deixando dois feridos. Três agressores foram presos.

Neste domingo, insurgentes realizaram um ataque coordenado na cidade de Tikrit [180 km ao norte da capital] e na capital Bagdá, deixando ao menos 29 mortos, segundo contagem realizada nesta segunda-feira.

Apesar dos ataques, parlamentares iraquianos se reuniram hoje para tentar finalizar a formação do novo governo iraquiano, após as declarações do novo primeiro-ministro Ibrahim al Jaafari, que afirmou estar pronto para anunciar o novo gabinete, que excluiria qualquer participação do partido comandado pelo atual primeiro-ministro Iyad Allawi.

O anúncio sobre a formação do gabinete foi adiado para amanhã, já que ainda não houve consenso entre sunitas, xiitas e curdos. O novo gabinete precisa ser aprovado por maioria simples em assembléia.

Jaafari, que é xiita, conta com o apoio da coalizão Aliança Iraquiana Unida, que obteve 140 dos 275 da Assembléia Nacional iraquiana. A coalizão curda, do novo presidente Jalal Talabani, obteve 75 lugares.

Allawi afirmou "não ter sido informado" sobre a formação do gabinete. Xiita e de orientação secular, o partido comandado pelo atual primeiro-ministro --que também congrega lideranças sunitas-- conta com 40 assentos na assembléia, e reivindicava ao menos quatro ministérios

Curdos

Talabani afirmou nesta segunda-feira, em uma entrevista publicada pelo jornal turco "Sabah" que não aceitará a criação de um Estado islâmico no iraque, apesar de respeitar a "identidade islâmica" do país.

Algumas facções curdas se opõem ao nome de Al Jaafari como a nova liderança iraquiana, por conta de suas relações com o Irã, e com o maior clérigo xiita iraquiano, o aiatolá Ali al Sistani.

Os parlamentares curdos defendem a criação de um Estado secular, e um governo federal que dê maior autonomia à região do Curdistão, localizada ao norte do país.

"Eu não acho que a formação social no Iraque irá permitir a criação de um Estado islâmico. Árabes, curdos, turcomanos, muçulmanos e cristãos vivem todos juntos e essa estrutura não permite um regime islâmico", afirmou o presidente.

Com agências internacionais

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