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27/04/2005
-
11h15
da Folha Online
O presidente Vladimir Putin realiza nesta quarta-feira uma visita histórica a Israel, sendo o primeiro líder russo a visitar o país. A reunião com as autoridades israelenses deve abordar as relações comerciais entre os dois países e também a crise israelo-palestina.
Putin também deve discutir com os israelenses a venda de mísseis para a Síria, um dos maiores inimigos de Israel. O movimento do governo russo foi visto como uma "grave ameaça" pelas autoridades israelenses.
Outro ponto que deverá ser abordado na reunião de Putin com o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, são as relações dos russos com o Irã, e os sinais de um crescente anti-semitismo no país. O governo da Rússia tem auxiliado os iranianos na construção de uma usina nuclear.
Os Estados Unidos têm acusado o Irã de planejar o desenvolvimento de armamentos nucleares. O governo iraniano afirma que as usinas têm como objetivo principal o fornecimento de energia ao país.
Conferência
Durante uma coletiva de imprensa no Egito, Putin propôs a realização de uma conferência internacional sobre o Oriente Médio, a ser sediada em Moscou, que deve reunir o Quarteto, grupo formado pelos Estados Unidos, União Européia (UE), ONU e também a Rússia, no segundo semestre.
A idéia foi recebida com frieza pelos israelenses. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Mark Regev, afirmou que o governo israelense não faz nenhuma objeção a uma conferência internacional que siga os termos do mapa da paz, mas indicou que "há muito por fazer" antes disso.
"Israel aceitou o plano de paz, e o segundo estágio do planejamento não menciona especificamente uma conferência. Não temos problemas com isso, mas ainda não alcançamos uma nova fase nas negociações", afirmou.
A proposta foi imediatamente aceita pelas autoridades palestinas. O principal negociador da crise israelo-palestina, Saeb Erekat, afirmou que os palestinos apóiam a reunião. "Acreditamos que esse é o momento de se realizar uma conferência internacional, com a participação de todas as partes envolvidas [nas negociações de paz]", disse.
O Quarteto defende a aplicação do plano de paz, que prevê a criação de um Estado palestino, e fornece algumas diretrizes para o processo de paz entre palestinos e israelenses, entre elas o fim dos grupos extremistas palestinos, e a interrupção de qualquer expansão das colônias judaicas localizadas em Gaza e na Cisjordânia.
Com agências internacionais
Especial
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Presidente russo faz visita histórica a Israel
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O presidente Vladimir Putin realiza nesta quarta-feira uma visita histórica a Israel, sendo o primeiro líder russo a visitar o país. A reunião com as autoridades israelenses deve abordar as relações comerciais entre os dois países e também a crise israelo-palestina.
Putin também deve discutir com os israelenses a venda de mísseis para a Síria, um dos maiores inimigos de Israel. O movimento do governo russo foi visto como uma "grave ameaça" pelas autoridades israelenses.
Outro ponto que deverá ser abordado na reunião de Putin com o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, são as relações dos russos com o Irã, e os sinais de um crescente anti-semitismo no país. O governo da Rússia tem auxiliado os iranianos na construção de uma usina nuclear.
Os Estados Unidos têm acusado o Irã de planejar o desenvolvimento de armamentos nucleares. O governo iraniano afirma que as usinas têm como objetivo principal o fornecimento de energia ao país.
Conferência
Durante uma coletiva de imprensa no Egito, Putin propôs a realização de uma conferência internacional sobre o Oriente Médio, a ser sediada em Moscou, que deve reunir o Quarteto, grupo formado pelos Estados Unidos, União Européia (UE), ONU e também a Rússia, no segundo semestre.
A idéia foi recebida com frieza pelos israelenses. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Mark Regev, afirmou que o governo israelense não faz nenhuma objeção a uma conferência internacional que siga os termos do mapa da paz, mas indicou que "há muito por fazer" antes disso.
"Israel aceitou o plano de paz, e o segundo estágio do planejamento não menciona especificamente uma conferência. Não temos problemas com isso, mas ainda não alcançamos uma nova fase nas negociações", afirmou.
A proposta foi imediatamente aceita pelas autoridades palestinas. O principal negociador da crise israelo-palestina, Saeb Erekat, afirmou que os palestinos apóiam a reunião. "Acreditamos que esse é o momento de se realizar uma conferência internacional, com a participação de todas as partes envolvidas [nas negociações de paz]", disse.
O Quarteto defende a aplicação do plano de paz, que prevê a criação de um Estado palestino, e fornece algumas diretrizes para o processo de paz entre palestinos e israelenses, entre elas o fim dos grupos extremistas palestinos, e a interrupção de qualquer expansão das colônias judaicas localizadas em Gaza e na Cisjordânia.
Com agências internacionais
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