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30/04/2005
-
07h31
da France Presse, em Ho Chi Minh
O Vietnã celebra neste sábado o 30º aniversário da tomada de Saigon --rebatizada com o nome de Ho Chi Minh--, uma campanha que representou a capitulação americana e o triunfo comunista neste país.
Atualmente, a cidade de Ho Chi Minh é a capital econômica do país, que mantém há vários anos um ritmo de crescimento econômico de 7%.
Em 30 de abril de 1975 um tanque norte-vietnamita entrou no palácio presidencial do regime sul-vietnamita, apoiado pelos Estados Unidos, encerrando mais de dez anos de conflito.
O general Duong Van Minh, apelidado de "Big Minh", que havia sido nomeado presidente do Vietnã do Sul dois dias antes, admitiu a derrota de seu grupo e aceitou a capitulação.
Os soldados sul-vietnamitas vencidos se dirigiram ao centro da cidade, praticamente deserta, onde abandonaram suas armas e uniformes.
Poucas horas depois, os últimos soldados americanos no país abandonaram a cidade em um helicóptero que decolou do teto de sua embaixada.
A cena, imortalizada em fotos e imagens de televisão, constituiu uma das derrotas mais importantes do Exército dos EUA na período da Guerra Fria.
No ano seguinte, Saigon foi rebatizada com o nome de Ho Chi Minh, fundador do Partido Comunista Vietnamita (PCV).
Em 2 de julho de 1976, a reunificação oficial do Vietnã foi concretizada. Hoje Ho Chi Minh é uma cidade que, sob o regime comunista, aparece como o principal núcleo econômico do país, especialmente no setor privado.
Com 7 milhões de habitantes, que representam 8,6% da população do país, a capital econômica do Vietnã produz 20% do PIB (Produto Interno Bruto) e 40% das exportações e da produção industrial.
A renda média dos habitantes do Vietnã é de US$ 2.300 anuais.
"Vivemos com um regime político e dois regimes econômicos", afirma Nguyen Thanh Lam, do Instituto de Pesquisas sobre Desenvolvimento Econômico e Social do Vietnã.
Em um momento de efervescência econômica, a cidade prepara as cerimônias para comemorar a vitória do PCV, que no campo político mantém mão-de-ferro em todo Vietnã.
"As cerimônias terão o objetivo de reavivar o patriotismo e o orgulho nacional dos vietnamitas, particularmente das jovens gerações", diz Luu Van Kien, membro do comitê de organização do Ministério da Cultura.
"A vitória de 1975 justifica a linha política do partido e do Exército durante os 30 anos de guerra. A vitória contra a agressão estrangeira também representa uma fonte de legitimação para o PCV", segundo Carl Thayer, especialista em Vietnã da Universidade John Hopkins, de Washington.
No entanto, as comemorações, que começaram em março, terão uma vertente sobretudo econômica, longe das alusões aos vencedores e vencidos, como demonstra o lema oficial das celebrações: "Saigon-Ho Chi Minh, 30 anos de construção e desenvolvimento".
A Guerra do Vietnã (1965-75) deixou mais de 58 mil mortos no lado americano e cerca de 3 milhões de baixas vietnamitas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Guerra do Vietnã
Vietnã celebra o 30º aniversário do fim da guerra
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O Vietnã celebra neste sábado o 30º aniversário da tomada de Saigon --rebatizada com o nome de Ho Chi Minh--, uma campanha que representou a capitulação americana e o triunfo comunista neste país.
Atualmente, a cidade de Ho Chi Minh é a capital econômica do país, que mantém há vários anos um ritmo de crescimento econômico de 7%.
Em 30 de abril de 1975 um tanque norte-vietnamita entrou no palácio presidencial do regime sul-vietnamita, apoiado pelos Estados Unidos, encerrando mais de dez anos de conflito.
O general Duong Van Minh, apelidado de "Big Minh", que havia sido nomeado presidente do Vietnã do Sul dois dias antes, admitiu a derrota de seu grupo e aceitou a capitulação.
Os soldados sul-vietnamitas vencidos se dirigiram ao centro da cidade, praticamente deserta, onde abandonaram suas armas e uniformes.
Poucas horas depois, os últimos soldados americanos no país abandonaram a cidade em um helicóptero que decolou do teto de sua embaixada.
A cena, imortalizada em fotos e imagens de televisão, constituiu uma das derrotas mais importantes do Exército dos EUA na período da Guerra Fria.
No ano seguinte, Saigon foi rebatizada com o nome de Ho Chi Minh, fundador do Partido Comunista Vietnamita (PCV).
Em 2 de julho de 1976, a reunificação oficial do Vietnã foi concretizada. Hoje Ho Chi Minh é uma cidade que, sob o regime comunista, aparece como o principal núcleo econômico do país, especialmente no setor privado.
Com 7 milhões de habitantes, que representam 8,6% da população do país, a capital econômica do Vietnã produz 20% do PIB (Produto Interno Bruto) e 40% das exportações e da produção industrial.
A renda média dos habitantes do Vietnã é de US$ 2.300 anuais.
"Vivemos com um regime político e dois regimes econômicos", afirma Nguyen Thanh Lam, do Instituto de Pesquisas sobre Desenvolvimento Econômico e Social do Vietnã.
Em um momento de efervescência econômica, a cidade prepara as cerimônias para comemorar a vitória do PCV, que no campo político mantém mão-de-ferro em todo Vietnã.
"As cerimônias terão o objetivo de reavivar o patriotismo e o orgulho nacional dos vietnamitas, particularmente das jovens gerações", diz Luu Van Kien, membro do comitê de organização do Ministério da Cultura.
"A vitória de 1975 justifica a linha política do partido e do Exército durante os 30 anos de guerra. A vitória contra a agressão estrangeira também representa uma fonte de legitimação para o PCV", segundo Carl Thayer, especialista em Vietnã da Universidade John Hopkins, de Washington.
No entanto, as comemorações, que começaram em março, terão uma vertente sobretudo econômica, longe das alusões aos vencedores e vencidos, como demonstra o lema oficial das celebrações: "Saigon-Ho Chi Minh, 30 anos de construção e desenvolvimento".
A Guerra do Vietnã (1965-75) deixou mais de 58 mil mortos no lado americano e cerca de 3 milhões de baixas vietnamitas.
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