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30/04/2005 - 17h07

Bento 16 dá chefia do Colégio dos Cardeais ao italiano Sodano

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da Folha Online

O papa Bento 16 nomeou o secretário do Vaticano, o cardeal italiano Angelo Sodano, 77, decano do Colégio de Cardeais, que tem um papel proeminente dentro do Vaticano e muito importante principalmente no caso da morte do sumo pontífice. Entre outras coisas, ele preside o conclave dos cardeais para a eleição de um novo papa.

A nomeação foi feita pelos cardeais e aprovada pelo sumo pontífice. O cargo de decano do Colégio dos Cardeais foi ocupado, anteriormente, pelo atual papa Bento 16, durante o papado de João Paulo 2º --morto em 2 de abril.

Desde junho de 1991 Sodano ocupa o cargo de secretário de Estado do Vaticano, uma espécie de primeiro-ministro ou embaixador da Santa Sé. Foi o segundo homem mais forte da Igreja Católica durante os últimos 16 anos do papado de João Paulo 2º.

Sodano tem um perfil bastante conservador e tradicionalista em questões polêmicas como aborto, controle de natalidade e a participação das mulheres na hierarquia da Igreja Católica. É ligado ao Opus Dei, organização católica ultraconservadora.

Nascido em Asti (Itália), em novembro de 1927, e ordenado padre em 1950, sua reputação na Igreja Católica foi construída por meio da política e da diplomacia, já que nunca comandou uma diocese. Tem doutorado em teologia e direito canônico.

Após sua ordenação, lecionou durante nove anos em um seminário. Depois, foi núncio apostólico --espécie de representante do Vaticano-- em países da América do Sul. Também integrou o Conselho de Relações Públicas da igreja por nove anos.

Sodano foi núncio apostólico em Santiago do Chile de 1978 a 1988, durante a ditadura do general Augusto Pinochet.

Mantém boas relações com o ex-ditador chileno, que o condecorou duas vezes. Em 1986, dias depois de três padres franceses ligados à oposição serem expulsos do país, ele rezou uma missa de Ação de Graças pelo aniversário do golpe militar de 1973.

Em fevereiro de 2000, Sodano, que em 1988 retornou à Itália, defendeu a libertação de Pinochet, afirmando que o general chileno tinha "o direito de retornar à sua pátria". O ditador foi preso em Londres (Reino Unido) em 1998 por ordem do juiz espanhol Baltasar Garzón, que desejava julgá-lo na Espanha por violações aos direitos humanos. Em 2000, por "incapacidade mental" para enfrentar um julgamento, conseguiu retornar ao Chile.

Em uma de suas tarefas como diplomata, foi designado para encontrar uma solução pacífica entre Argentina e Chile. No final de 1978, os dois países disputavam o Canal de Beagle.

Como secretário de Estado, representou o papa João Paulo 2º em uma série de eventos pelo mundo, incluindo a celebração da Missa dos 500 Anos de Evangelização no Brasil, em Porto Seguro (BA), um dos eventos das comemorações dos 500 anos do descobrimento.

Foi ele quem divulgou, também em 2000, o teor do terceiro segredo de Fátima, que seria o atentado sofrido por João Paulo 2º em 1981.

Com agências internacionais

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