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01/05/2005 - 12h13

Passeatas e protestos marcam Dia Internacional do Trabalho no mundo

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da Folha Online

Milhões de pessoas em diversos países saíram às ruas neste domingo para marcar o Dia Internacional do Trabalho com marchas e protestos pacíficos em favor de melhores condições de trabalho e contra políticas governamentais.

Desde Bangladesh, onde cerca de 5.000 pessoas protestavam em favor de um salário mínimo para os trabalhadores, até Cuba, onde cerca de um milhão de pessoas se reuniram na praça da Revolução, em Havana (capital do país), para ouvir o presidente Fidel Castro, trabalhadores do mundo todo participaram de manifestações.

Na Alemanha, mais de 500 mil pessoas foram às ruas para protestar contra as políticas de cortes de empregos das empresas. O desemprego no país, que é a maior economia do continente europeu, tem registrado níveis recordes nos últimos meses, tendo chegado a 5,216 milhões de desempregados em fevereiro deste ano, maior nível do período pós-Segunda Guerra Mundial.

Durante a noite, ao menos 65 pessoas foram presas em manifestações violentas na região leste de Berlim (capital do país). Os manifestantes atiraram pedras e garrafas contra a polícia, que disse que três pessoas ficaram feridas.

Na Suíça, grupos extremistas tanto de esquerda como de direita se enfrentaram em Zurique (norte do país), atirando pedras e garrafas uns nos outros. Confrontos também ocorreram em Lucerna (centro da Suíça), onde cerca de 50 militantes de extrema-direita foram detidos.

Em Moscou (capital da Rússia), ativistas dos grupos políticos Partido Nacional Bolchevique e Vanguarda da Juventude Vermelha enfrentaram a tropa de choque da polícia, erguendo barricadas depois que diversos membros dos dois grupos foram presos.

Outras manifestações ocorreram na capital russa, com as passeatas de milhares de comunistas, carregando fotos de Lênin e Stalin, e de membros de sindicatos e oposicionistas ao governo do presidente Vladimir Putin, que protestaram contra os programas de reformas sociais.

Na França, manifestações contra o referendo sobre a constituição da União Européia e contra a decisão do governo de cancelar o feriado de Pentecostes, no dia 16 de maio. "Turquia + Constituição: Não, fico com a França", dizia uma faixa vista na passeata organizada pelo líder da extrema-direita francesa, Jean-Marie le Pen.

Em Cuba, o secretário-geral da Central dos Trabalhadores de Cuba, Pedro Ross, acusou o presidente americano, George W. Bush, de cumplicidade no caso do líder anticastrista Luis Posada Carriles, que é acusado por Cuba de usar a Venezuela como base para planejar o ataque contra um avião cubano, que matou 73 pessoas em 1976. Carriles nega envolvimento no incidente e tenta conseguir asilo nos EUA.

Na cidade de Dacca, capital de Bangladesh, cerca de 5.000 pessoas fizeram uma passeata para exigir um salário mínimo de 3.000 takas (R$ 119) e melhores condições de segurança no trabalho, poucos dias após o desabamento de uma fábrica no país, que matou 73 pessoas. O país não tem um salário mínimo e empregados sem experiência chegam a receber 800 takas (R$ 31) por mês.

No Nepal, milhares de pessoas exigiram o fim do governo direto do rei Gyanendra Bir Bikram Shah Dev e a volta à democracia. No Japão, os trabalhadores marcharam pelo banimento global das armas atômicas.

Nas Filipinas, a polícia de choque ocupou as ruas de Manila (capital do país) devido aos rumores de que poderia haver um plano contra o governo da presidente Gloria Macapagal Arroyo, aproveitando as comemorações do Dia do Trabalho.

Em Hong Kong também houve manifestações, realizadas por mulheres de diversos países asiáticos que trabalham no país principalmente como empregadas domésticas, em favor de um salário mínimo e de um número fixo de horas de trabalho.

Com agências internacionais

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