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03/05/2005
-
15h24
da Folha Online
No poder desde 1997, quando assumiu o cargo de primeiro-ministro, Tony Blair, candidato do Partido Trabalhista, tenta a reeleição pela segunda vez: Em 2001, foi reeleito pela primeira vez. Se ganhar e permanecer no cargo, vai ultrapassar os dez anos à frente do governo do Reino Unido, mas já avisou que essa será sua última eleição.
Blair foi o mais jovem político a assumir o posto no Reino Unido, aos 43 anos, e rompeu um período de 18 anos em que o posto de chefe de governo foi dominado por candidatos conservados, oito deles sob o comando de Margareth Thatcher (1979-90).
Quando foi eleito pela primeira vez, estava determinado a defender a "assistência social", segundo o jornal britânico "The Guardian". Agora, o candidato promete "acelerar" as mudanças prometidas, e continua a focar sua política para combater o "escândalo da pobreza", uma das principais bandeiras do partido.
Um dos maiores problemas que o primeiro-ministro enfrentou durante os seus anos de governo-- que também o levou a alguns fracassos na implantação das políticas públicas-- foi a lentidão do crescimento da economia britânica, que causou mais cortes de emprego, e um aumento forçado no orçamento dos serviços de seguridade social.
De acordo com o "Guardian", Blair tem um importante aliado político: Gordon Brown, atual ministro das Finanças, que implantou uma série de políticas para tentar aumentar o número de empregos no Reino Unido, além de mudar as regras para o pagamento de salários, beneficiando os que tinham rendas muito baixas. Com isso, Brown ganhou a confiança de eleitores e empresários.
Apesar disso, o jornal britânico ressaltou em seus artigos antes das eleições que os esforços do Partido Trabalhista para a população de renda mais baixa provocou um déficit interno muito grande, gerando um entrave econômico que tem sido um dos maiores obstáculos de Blair, até mesmo durante sua reeleição.
Guerra do Iraque
O principal fator negativo da gestão de Blair --que o leva a perder muitos votos-- foi a decisão do Reino Unido em apoiar o presidente George W. Bush na Guerra do Iraque.
Boa parte dos tradicionais eleitores trabalhistas acusam o primeiro-ministro britânico de ter exagerado a ameaça de Saddam Hussein, e ter se aproximado demais de Bush.
No final de abril deste ano, a campanha eleitoral do primeiro-ministro foi abalada pela revelação da existência de um documento elaborado pelo procurador-geral Peter Goldsmith apontando razões que tornavam ilegal a invasão do Iraque. O texto foi publicado pelo jornal "Times", no dia 25 daquele mês.
Durante toda sua campanha, o primeiro-ministro relutou em abordar o tema Iraque, apesar das provocações dos partidos da oposição, que afirmam que em 5 de maio Blair terá que encarar "o dia do juízo" em relação à posição britânica na Guerra do Iraque.
Plataforma de governo
O Partido Trabalhista está apoiado sobre uma plataforma de governo que defende, em primeiro lugar, uma reforma econômica para garantir o crescimento do Reino Unido, e a queda dos índices de inflação --que tem meta fixada em 2% no plano de governo de Blair-- e diminuição das taxas de desemprego.
Blair prometeu não aumentar a taxa de impostos sobre os salários, mas não fez o mesmo em relação a outros impostos. Segundo analistas econômicos, o governo não conseguirá segurar o aumento das taxas, devido, principalmente, ao déficit público.
O terrorismo também é uma das grandes preocupações do próximo governo britânico. O partido de Blair quer introduzir o uso de cartões de identidade compulsórios, o que poderia "afastar" os terroristas.
A imigração também é um tema de campanha bastante controverso. O Partido Trabalhista tocou pouco nesse assunto durante a campanha. Uma das promessas é uma maior fiscalização sobre os estrangeiros que chegam ao Reino Unido. Apesar disso, o desenvolvimento de uma política mais flexível para entrada de imigrantes é uma das propostas de Blair.
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Há oito anos no poder, Tony Blair tenta nova reeleição
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No poder desde 1997, quando assumiu o cargo de primeiro-ministro, Tony Blair, candidato do Partido Trabalhista, tenta a reeleição pela segunda vez: Em 2001, foi reeleito pela primeira vez. Se ganhar e permanecer no cargo, vai ultrapassar os dez anos à frente do governo do Reino Unido, mas já avisou que essa será sua última eleição.
Blair foi o mais jovem político a assumir o posto no Reino Unido, aos 43 anos, e rompeu um período de 18 anos em que o posto de chefe de governo foi dominado por candidatos conservados, oito deles sob o comando de Margareth Thatcher (1979-90).
Quando foi eleito pela primeira vez, estava determinado a defender a "assistência social", segundo o jornal britânico "The Guardian". Agora, o candidato promete "acelerar" as mudanças prometidas, e continua a focar sua política para combater o "escândalo da pobreza", uma das principais bandeiras do partido.
Um dos maiores problemas que o primeiro-ministro enfrentou durante os seus anos de governo-- que também o levou a alguns fracassos na implantação das políticas públicas-- foi a lentidão do crescimento da economia britânica, que causou mais cortes de emprego, e um aumento forçado no orçamento dos serviços de seguridade social.
De acordo com o "Guardian", Blair tem um importante aliado político: Gordon Brown, atual ministro das Finanças, que implantou uma série de políticas para tentar aumentar o número de empregos no Reino Unido, além de mudar as regras para o pagamento de salários, beneficiando os que tinham rendas muito baixas. Com isso, Brown ganhou a confiança de eleitores e empresários.
Apesar disso, o jornal britânico ressaltou em seus artigos antes das eleições que os esforços do Partido Trabalhista para a população de renda mais baixa provocou um déficit interno muito grande, gerando um entrave econômico que tem sido um dos maiores obstáculos de Blair, até mesmo durante sua reeleição.
Guerra do Iraque
O principal fator negativo da gestão de Blair --que o leva a perder muitos votos-- foi a decisão do Reino Unido em apoiar o presidente George W. Bush na Guerra do Iraque.
Boa parte dos tradicionais eleitores trabalhistas acusam o primeiro-ministro britânico de ter exagerado a ameaça de Saddam Hussein, e ter se aproximado demais de Bush.
No final de abril deste ano, a campanha eleitoral do primeiro-ministro foi abalada pela revelação da existência de um documento elaborado pelo procurador-geral Peter Goldsmith apontando razões que tornavam ilegal a invasão do Iraque. O texto foi publicado pelo jornal "Times", no dia 25 daquele mês.
Durante toda sua campanha, o primeiro-ministro relutou em abordar o tema Iraque, apesar das provocações dos partidos da oposição, que afirmam que em 5 de maio Blair terá que encarar "o dia do juízo" em relação à posição britânica na Guerra do Iraque.
Plataforma de governo
O Partido Trabalhista está apoiado sobre uma plataforma de governo que defende, em primeiro lugar, uma reforma econômica para garantir o crescimento do Reino Unido, e a queda dos índices de inflação --que tem meta fixada em 2% no plano de governo de Blair-- e diminuição das taxas de desemprego.
Blair prometeu não aumentar a taxa de impostos sobre os salários, mas não fez o mesmo em relação a outros impostos. Segundo analistas econômicos, o governo não conseguirá segurar o aumento das taxas, devido, principalmente, ao déficit público.
O terrorismo também é uma das grandes preocupações do próximo governo britânico. O partido de Blair quer introduzir o uso de cartões de identidade compulsórios, o que poderia "afastar" os terroristas.
A imigração também é um tema de campanha bastante controverso. O Partido Trabalhista tocou pouco nesse assunto durante a campanha. Uma das promessas é uma maior fiscalização sobre os estrangeiros que chegam ao Reino Unido. Apesar disso, o desenvolvimento de uma política mais flexível para entrada de imigrantes é uma das propostas de Blair.
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