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04/05/2005
-
11h43
da Folha Online
O Partido Conservador [também chamado de Partido Tory, palavra gaélica usada para denominar os partidários católicos do rei], é um dos mais tradicionais "bastiões" da direita britânica.
Sua história começa durante a Revolução Gloriosa (1685-1689, também chamada de "revolução sem sangue", por não ter registrado violência), e a luta de poder entre a monarquia e o Parlamento britânicos, ao longo do século 17.
Os conservadores apoiaram a supremacia do rei católico Jaime 2º (1685-1689) sobre o Parlamento, que acabou deposto e substituído por sua filha protestante Maria 2º, e o genro Guilherme de Orange.
O moderno Partido Conservador veio à luz na metade do século 19, durante o governo dos primeiros-ministros Robert Peel e Benjamin Disraeli. O escritório central do partido --centro nervoso do conservadorismo britânico até hoje-- foi aberto em 1870.
Competindo com os liberais, os conservadores optaram, em 1915, por formar uma coalizão partidária contra os trabalhistas. Isso durou até 1922, quando uma revolta interna obrigou a separação. O evento é lembrado até hoje pelo nome "Comitê 1922", ativo dentro do partido nos dias atuais.
Churchill
O partido dominou a política britânica principalmente no período entre guerras (1918-1939). Mesmo até 1945 [quando termina a Segunda Guerra Mundial], os conservadores foram o maior partido no Parlamento, e a "espinha dorsal" do governo de Winston Churchill (1945-1945 e 1951-1955).
Apesar da derrota eleitoral em 1945, os conservadores voltaram ao poder em 1951, e seus líderes ocuparam o cargo de primeiro-ministro britânico durante 13 anos consecutivos. O período foi marcado pelo rápido crescimento econômico e a crise de Suez, em 1956, que custou o cargo do então premiê Anthony Eden.
Depois disso, os conservadores voltaram ao poder com Edward Heath, durante o período de 1970-1974, marcado pelas negociações pela entrada do Reino Unido na Comunidade Européia, e também por greves de mineiros, violência na Irlanda do Norte e uma alta inflação.
Thatcher
Esse cenário foi herdado por Margaret Thatcher, a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe de governo do Reino Unido.
Vencedora de três eleições (1979, 1983 e 1987), que lhe deram 11 anos consecutivos à frente do governo, Thatcher contribuiu e muito para uma remodelagem no Partido Conservador. Na política britânica, optou por uma centralização do Estado e entrou em guerra com as ilhas Falkland, em 1982.
Thatcher também foi contra qualquer movimento sindical, o que gerou uma resposta ainda mais dura dos grevistas, que no final dos anos 70 já tinham manifestado sua insatisfação com greves em 1984 e 1985. À época, o desemprego chegou aos mais altos índices, devastando setor industrial.
Nas eleições de 1990, Thatcher foi derrotada por John Major, que teve, como primeira ação, o envio das tropas britânicas ao Iraque. Ele renunciou ao poder em 1997, e o partido perdeu espaço para os trabalhistas. Desde então, seu atual líder, Michael Howard, luta para voltar ao poder.
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O Partido Conservador [também chamado de Partido Tory, palavra gaélica usada para denominar os partidários católicos do rei], é um dos mais tradicionais "bastiões" da direita britânica.
Sua história começa durante a Revolução Gloriosa (1685-1689, também chamada de "revolução sem sangue", por não ter registrado violência), e a luta de poder entre a monarquia e o Parlamento britânicos, ao longo do século 17.
Os conservadores apoiaram a supremacia do rei católico Jaime 2º (1685-1689) sobre o Parlamento, que acabou deposto e substituído por sua filha protestante Maria 2º, e o genro Guilherme de Orange.
O moderno Partido Conservador veio à luz na metade do século 19, durante o governo dos primeiros-ministros Robert Peel e Benjamin Disraeli. O escritório central do partido --centro nervoso do conservadorismo britânico até hoje-- foi aberto em 1870.
Competindo com os liberais, os conservadores optaram, em 1915, por formar uma coalizão partidária contra os trabalhistas. Isso durou até 1922, quando uma revolta interna obrigou a separação. O evento é lembrado até hoje pelo nome "Comitê 1922", ativo dentro do partido nos dias atuais.
Churchill
O partido dominou a política britânica principalmente no período entre guerras (1918-1939). Mesmo até 1945 [quando termina a Segunda Guerra Mundial], os conservadores foram o maior partido no Parlamento, e a "espinha dorsal" do governo de Winston Churchill (1945-1945 e 1951-1955).
Apesar da derrota eleitoral em 1945, os conservadores voltaram ao poder em 1951, e seus líderes ocuparam o cargo de primeiro-ministro britânico durante 13 anos consecutivos. O período foi marcado pelo rápido crescimento econômico e a crise de Suez, em 1956, que custou o cargo do então premiê Anthony Eden.
Depois disso, os conservadores voltaram ao poder com Edward Heath, durante o período de 1970-1974, marcado pelas negociações pela entrada do Reino Unido na Comunidade Européia, e também por greves de mineiros, violência na Irlanda do Norte e uma alta inflação.
Thatcher
Esse cenário foi herdado por Margaret Thatcher, a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe de governo do Reino Unido.
Vencedora de três eleições (1979, 1983 e 1987), que lhe deram 11 anos consecutivos à frente do governo, Thatcher contribuiu e muito para uma remodelagem no Partido Conservador. Na política britânica, optou por uma centralização do Estado e entrou em guerra com as ilhas Falkland, em 1982.
Thatcher também foi contra qualquer movimento sindical, o que gerou uma resposta ainda mais dura dos grevistas, que no final dos anos 70 já tinham manifestado sua insatisfação com greves em 1984 e 1985. À época, o desemprego chegou aos mais altos índices, devastando setor industrial.
Nas eleições de 1990, Thatcher foi derrotada por John Major, que teve, como primeira ação, o envio das tropas britânicas ao Iraque. Ele renunciou ao poder em 1997, e o partido perdeu espaço para os trabalhistas. Desde então, seu atual líder, Michael Howard, luta para voltar ao poder.
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