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09/05/2005
-
08h43
da France Presse, em Moscou
Os principais líderes do mundo comemoraram nesta segunda-feira, na praça Vermelha de Moscou, a vitória de 1945 sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com um grande desfile durante o qual o presidente da Rússia, Vladimir Putin, elogiou a nova aliança contra o terrorismo.
"Devemos nos manter fiéis à memória de nossos pais diante das ameaças do terrorismo", disse Putin em um discurso antes do desfile militar.
Putin afirmou, ao lado dos presidentes dos Estados Unidos, George W. Bush, e da França, Jacques Chirac, além do chanceler da Alemanha, Gerhard Schröder, que a Rússia "sempre lembrará" da ajuda concedida à União Soviética pelos aliados ocidentais durante a guerra.
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, não compareceu ao evento, pois trabalha na formulação do gabinete de seu novo mandato.
"Temos que defender uma ordem mundial (...) que não permita a repetição de uma guerra, fria ou quente", disse Putin, na qual estavam presentes mais de 50 chefes de Estado e de governo.
Ele também afirmou que a Rússia baseia sua política "nos ideais da liberdade e da democracia", buscando "o diálogo e a cooperação internacional".
Parada militar
Seu discurso foi seguido por uma interpretação do hino russo, o antigo hino soviético abandonado em 1991, que Putin reintroduziu com uma nova letra quando assumiu o poder no ano 2000.
A parada militar com mais de 7.000 soldados e oficiais e quase 2.500 veteranos russos da Segunda Guerra Mundial começou assim que os relógios do Kremlin marcaram 10h (3h de Brasília).
Uma banda interpretou uma marcha militar, enquanto três soldados cruzavam a praça Vermelha com a bandeira vermelha do Exército soviético.
Soldados vestidos com uniformes da Marinha, Infantaria e Cavalaria do Exército soviético da época do conflito mundial desfilaram a pé e a cavalo.
Na praça Vermelha, veteranos russos, repletos de medalhas, a bordo de caminhões militares similares aos da época da Segunda Guerra Mundial agitaram cravos vermelhos em direção à tribuna oficial.
Duas esquadrilhas aéreas sobrevoaram o centro de Moscou, desenhando no céu uma bandeira branca, azul e vermelha.
Polêmica
Após o desfile, Putin e seus convidados, incluindo os primeiros-ministros do Japão e da Itália, Junichiro Koizumi e Silvio Berlusconi, respectivamente, representando os países vencidos em 1945, depositaram ramos de flores sobre a tumba do soldado desconhecido, perto do Kremlin.
As cerimônias da vitória foram planejadas como um acontecimento grandioso pela presidência de Putin, que desde sua chegada ao poder tenta restaurar a grandeza perdida da Rússia.
As celebrações foram precedidas por uma polêmica com os países bálticos e os EUA a respeito da "ocupação" soviética após a libertação do leste europeu, um tema que Moscou se recusa a debater.
Bush, que nos últimos meses se mostrou muito crítico com o retrocesso da democracia na Rússia, reuniu-se na manhã desta segunda-feira com um grupo de defesa dos direitos humanos, o que pode ofender o Kremlin.
Em outra área de Moscou, milhares de simpatizantes comunistas compareceram a uma convocação do Partido Comunista russo para comemorar o 60º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista, à margem das cerimônias oficiais, fechadas ao público.
Mais de 7.000 pessoas se reuniram ao meio-dia, segundo a polícia, na praça da estação de Belarus, para ouvir o discurso do líder comunista Guennadi Ziuganov.
"Glória a Stálin, glória aos comunistas, glória ao povo soviético", afirmavam diversos cartazes dos manifestantes, incluindo muitos veteranos do conflito. As fotos de Stálin eram mais numerosas que as de Lênin.
A visita dos líderes mundiais à Rússia foi criticada pelos intelectuais defensores dos direitos humanos russos e ocidentais em uma carta publicada esta segunda-feira, e pelos separatistas tchetchenos, que no domingo criticaram o "cinismo" das cerimônias.
Especial
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Comemoração da vitória na 2º Guerra reúne líderes na Rússia
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Os principais líderes do mundo comemoraram nesta segunda-feira, na praça Vermelha de Moscou, a vitória de 1945 sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com um grande desfile durante o qual o presidente da Rússia, Vladimir Putin, elogiou a nova aliança contra o terrorismo.
"Devemos nos manter fiéis à memória de nossos pais diante das ameaças do terrorismo", disse Putin em um discurso antes do desfile militar.
Putin afirmou, ao lado dos presidentes dos Estados Unidos, George W. Bush, e da França, Jacques Chirac, além do chanceler da Alemanha, Gerhard Schröder, que a Rússia "sempre lembrará" da ajuda concedida à União Soviética pelos aliados ocidentais durante a guerra.
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, não compareceu ao evento, pois trabalha na formulação do gabinete de seu novo mandato.
"Temos que defender uma ordem mundial (...) que não permita a repetição de uma guerra, fria ou quente", disse Putin, na qual estavam presentes mais de 50 chefes de Estado e de governo.
Ele também afirmou que a Rússia baseia sua política "nos ideais da liberdade e da democracia", buscando "o diálogo e a cooperação internacional".
Parada militar
Seu discurso foi seguido por uma interpretação do hino russo, o antigo hino soviético abandonado em 1991, que Putin reintroduziu com uma nova letra quando assumiu o poder no ano 2000.
A parada militar com mais de 7.000 soldados e oficiais e quase 2.500 veteranos russos da Segunda Guerra Mundial começou assim que os relógios do Kremlin marcaram 10h (3h de Brasília).
Uma banda interpretou uma marcha militar, enquanto três soldados cruzavam a praça Vermelha com a bandeira vermelha do Exército soviético.
Soldados vestidos com uniformes da Marinha, Infantaria e Cavalaria do Exército soviético da época do conflito mundial desfilaram a pé e a cavalo.
Na praça Vermelha, veteranos russos, repletos de medalhas, a bordo de caminhões militares similares aos da época da Segunda Guerra Mundial agitaram cravos vermelhos em direção à tribuna oficial.
Duas esquadrilhas aéreas sobrevoaram o centro de Moscou, desenhando no céu uma bandeira branca, azul e vermelha.
Polêmica
Após o desfile, Putin e seus convidados, incluindo os primeiros-ministros do Japão e da Itália, Junichiro Koizumi e Silvio Berlusconi, respectivamente, representando os países vencidos em 1945, depositaram ramos de flores sobre a tumba do soldado desconhecido, perto do Kremlin.
As cerimônias da vitória foram planejadas como um acontecimento grandioso pela presidência de Putin, que desde sua chegada ao poder tenta restaurar a grandeza perdida da Rússia.
As celebrações foram precedidas por uma polêmica com os países bálticos e os EUA a respeito da "ocupação" soviética após a libertação do leste europeu, um tema que Moscou se recusa a debater.
Bush, que nos últimos meses se mostrou muito crítico com o retrocesso da democracia na Rússia, reuniu-se na manhã desta segunda-feira com um grupo de defesa dos direitos humanos, o que pode ofender o Kremlin.
Em outra área de Moscou, milhares de simpatizantes comunistas compareceram a uma convocação do Partido Comunista russo para comemorar o 60º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista, à margem das cerimônias oficiais, fechadas ao público.
Mais de 7.000 pessoas se reuniram ao meio-dia, segundo a polícia, na praça da estação de Belarus, para ouvir o discurso do líder comunista Guennadi Ziuganov.
"Glória a Stálin, glória aos comunistas, glória ao povo soviético", afirmavam diversos cartazes dos manifestantes, incluindo muitos veteranos do conflito. As fotos de Stálin eram mais numerosas que as de Lênin.
A visita dos líderes mundiais à Rússia foi criticada pelos intelectuais defensores dos direitos humanos russos e ocidentais em uma carta publicada esta segunda-feira, e pelos separatistas tchetchenos, que no domingo criticaram o "cinismo" das cerimônias.
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