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15/05/2005
-
14h54
da Folha Online
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, afirmou neste domingo no Iraque, onde desembarcou de surpresa, que seu país ajudará o novo governo iraquiano "em tudo o que for possível" para colocar fim aos atentados dos rebeldes.
Rice disse em entrevista coletiva aos jornalistas, após a reunião com o líder curdo Masood Barazani, que os EUA continuarão "discutindo com as autoridades iraquianas para encontrar uma forma de relançar o processo político e ajudar os iraquianos a acabar com a insurgência".
"Temos a oportunidade de acabar com as atividades da insurgência, mas não temos que fazer isto sempre de forma militar, também podemos buscar caminhos dentro da política", ressaltou Rice. Segundo ela, agora "os iraquianos devem redobrar seu trabalho no processo político", para fazer dar certo o novo governo.
A secretária de Estado se reuniu também com o primeiro-ministro, o xiita Ibrahim al-Jaafari, mas não falou ao sair da reunião. Rice deve ainda se reunir com o presidente iraquiano, o curdo Jalal Talabani.
Condoleezza Rice chegou de surpresa ao Iraque neste domingo. Ela desembarcou na cidade curda de Erbil, no norte do país, segundo um porta-voz da embaixada americana em Bagdá. Trata-se da primeira visita de um membro do governo americano desde a posse do novo executivo iraquiano.
Durante a visita, Rice também informou que estão intensos os esforços para a realização de uma conferência em junho, em busca de apoio técnico ao novo governo do Iraque.
Inclusão
Além de apoiar o novo governo, também é objetivo da viagem de Rice ao Iraque promover a inclusão dos sunitas no processo político, como disse em entrevista à CNN o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Stephen Hadley.
Também falando à CNN, Rice reconheceu que grande parte dos sunitas do país não participaram das eleições em 30 de janeiro "por razões várias", sem especificá-las. Porém, a chefe da diplomacia americana disse que o gabinete atual, dirigido pelo xiita Ibrahim al-Jaafari, "é um governo inclusivo e que tem membros sunitas".
O ex-ditador Saddam Hussein é sunita e a maioria dos insurgentes iraquianos são desse grupo.
Violência
O desembarque ocorre apenas um dia depois de o exército dos EUA anunciar o fim da "Operação Matador", iniciada em 7 de maio passado --o confronto terminou com saldo de nove soldados e mais de 125 rebeldes mortos. O objetivo da operação era combater supostos bastiões de insurgentes na região de fronteira como a Síria.
Hoje, os ataques continuaram no Iraque --desde a formação do novo governo, pelo menos 400 pessoas já morreram. Neste domingo, ao menos três policiais e dois civis morreram, e mais de 20 ficaram feridos, em dois ataques a bomba ocorridos em Baaquba (60 km ao norte de Bagdá).
Além dos ataques, a polícia do Iraque também informou a descoberta, neste domingo, de 13 corpos enterrados superficialmente em um terreno vazio no bairro de Sadr City, uma área pobre habitada majoritariamente por xiitas em Bagdá.
De acordo com as autoridades, os homens aparentavam ter, em média, 20 anos de idade, e possuíam vários tiros no corpo. Eles usavam roupas de civis, estavam com os olhos vendados e as mãos amarradas atrás da cabeça.
Com agências internacionais
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A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, afirmou neste domingo no Iraque, onde desembarcou de surpresa, que seu país ajudará o novo governo iraquiano "em tudo o que for possível" para colocar fim aos atentados dos rebeldes.
Rice disse em entrevista coletiva aos jornalistas, após a reunião com o líder curdo Masood Barazani, que os EUA continuarão "discutindo com as autoridades iraquianas para encontrar uma forma de relançar o processo político e ajudar os iraquianos a acabar com a insurgência".
"Temos a oportunidade de acabar com as atividades da insurgência, mas não temos que fazer isto sempre de forma militar, também podemos buscar caminhos dentro da política", ressaltou Rice. Segundo ela, agora "os iraquianos devem redobrar seu trabalho no processo político", para fazer dar certo o novo governo.
A secretária de Estado se reuniu também com o primeiro-ministro, o xiita Ibrahim al-Jaafari, mas não falou ao sair da reunião. Rice deve ainda se reunir com o presidente iraquiano, o curdo Jalal Talabani.
Condoleezza Rice chegou de surpresa ao Iraque neste domingo. Ela desembarcou na cidade curda de Erbil, no norte do país, segundo um porta-voz da embaixada americana em Bagdá. Trata-se da primeira visita de um membro do governo americano desde a posse do novo executivo iraquiano.
Durante a visita, Rice também informou que estão intensos os esforços para a realização de uma conferência em junho, em busca de apoio técnico ao novo governo do Iraque.
Inclusão
Além de apoiar o novo governo, também é objetivo da viagem de Rice ao Iraque promover a inclusão dos sunitas no processo político, como disse em entrevista à CNN o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Stephen Hadley.
Também falando à CNN, Rice reconheceu que grande parte dos sunitas do país não participaram das eleições em 30 de janeiro "por razões várias", sem especificá-las. Porém, a chefe da diplomacia americana disse que o gabinete atual, dirigido pelo xiita Ibrahim al-Jaafari, "é um governo inclusivo e que tem membros sunitas".
O ex-ditador Saddam Hussein é sunita e a maioria dos insurgentes iraquianos são desse grupo.
Violência
O desembarque ocorre apenas um dia depois de o exército dos EUA anunciar o fim da "Operação Matador", iniciada em 7 de maio passado --o confronto terminou com saldo de nove soldados e mais de 125 rebeldes mortos. O objetivo da operação era combater supostos bastiões de insurgentes na região de fronteira como a Síria.
Hoje, os ataques continuaram no Iraque --desde a formação do novo governo, pelo menos 400 pessoas já morreram. Neste domingo, ao menos três policiais e dois civis morreram, e mais de 20 ficaram feridos, em dois ataques a bomba ocorridos em Baaquba (60 km ao norte de Bagdá).
Além dos ataques, a polícia do Iraque também informou a descoberta, neste domingo, de 13 corpos enterrados superficialmente em um terreno vazio no bairro de Sadr City, uma área pobre habitada majoritariamente por xiitas em Bagdá.
De acordo com as autoridades, os homens aparentavam ter, em média, 20 anos de idade, e possuíam vários tiros no corpo. Eles usavam roupas de civis, estavam com os olhos vendados e as mãos amarradas atrás da cabeça.
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