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16/05/2005
-
12h20
da Folha Online
Camponeses, indígenas e sindicalistas da Bolívia planejam dois protestos que devem ocorrer ainda nesta segunda-feira. Eles exigem reformas na Lei de Hidrocarbonetos, que incide sobre a exploração de gás. Segundo o jornal boliviano "La Razón", os manifestantes ameaçam tomar a sede do Parlamento, localizada na capital La Paz.
Os protestos sociais estão sendo liderados pela Central Operária Regional e a Federação de Juntas Vicinais de El Alto.
O MAS (Movimento ao Socialismo), liderado pelo cocalero Evo Morales, vai iniciar o protesto em Caracollo (190 km de La Paz), e deve chegar à capital na próxima segunda-feira. O MAS e outras organizações sindicais assinaram no último dia 9 um pacto de união.
Os protestos têm por objetivo exigir reformas na Lei de Hidrocarbonetos, aprovada há dez dias pelo governo, e que estipula o aumento da tributação sobre as multinacionais que exploram gás no país. Os manifestantes também pedem pela realização de um referendo sobre a autonomia do departamento de Santa Cruz.
Em janeiro último, uma assembléia popular criou um governo local autônomo provisório para Santa Cruz, maior pólo econômico da Bolívia.
Exigências
Apesar de os oposicionistas concordarem com exigência de reformas na lei na reta final de sua aprovação, os grupos diferem em seus objetivos.
A Central Operária demanda a nacionalização total da exploração do gás, enquanto que o MAS quer que os contratos atuais sejam cancelados, e novos sejam feitos, dando mais controle ao Estado sobre a exploração.
Para Morales, o presidente Mesa é o responsável pela "divisão do país", [referindo-se ao referendo de Santa Cruz] e pelo atraso na aprovação final da Lei de Hidrocarbonetos, "negando-se a aceitar os 50% de benefícios para os bolivianos e defendendo os interesses das empresas petroleiras".
Polícia
A polícia em La Paz informou que "vai reforçar a segurança nas instituições, devido às ameaças dos operários."
De acordo com o "La Razón", os policiais disseram que estão preparados para realizar um trabalho de "prevenção e dissuasão", reforçando a segurança nos edifícios públicos.
O comandante-geral da polícia David Aramayo disse que a estruturação da polícia se estende também a outros departamentos, onde espera-se que mais protestos devem ocorrer.
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Camponeses, indígenas e sindicalistas da Bolívia planejam dois protestos que devem ocorrer ainda nesta segunda-feira. Eles exigem reformas na Lei de Hidrocarbonetos, que incide sobre a exploração de gás. Segundo o jornal boliviano "La Razón", os manifestantes ameaçam tomar a sede do Parlamento, localizada na capital La Paz.
Os protestos sociais estão sendo liderados pela Central Operária Regional e a Federação de Juntas Vicinais de El Alto.
O MAS (Movimento ao Socialismo), liderado pelo cocalero Evo Morales, vai iniciar o protesto em Caracollo (190 km de La Paz), e deve chegar à capital na próxima segunda-feira. O MAS e outras organizações sindicais assinaram no último dia 9 um pacto de união.
Os protestos têm por objetivo exigir reformas na Lei de Hidrocarbonetos, aprovada há dez dias pelo governo, e que estipula o aumento da tributação sobre as multinacionais que exploram gás no país. Os manifestantes também pedem pela realização de um referendo sobre a autonomia do departamento de Santa Cruz.
Em janeiro último, uma assembléia popular criou um governo local autônomo provisório para Santa Cruz, maior pólo econômico da Bolívia.
Exigências
Apesar de os oposicionistas concordarem com exigência de reformas na lei na reta final de sua aprovação, os grupos diferem em seus objetivos.
A Central Operária demanda a nacionalização total da exploração do gás, enquanto que o MAS quer que os contratos atuais sejam cancelados, e novos sejam feitos, dando mais controle ao Estado sobre a exploração.
Para Morales, o presidente Mesa é o responsável pela "divisão do país", [referindo-se ao referendo de Santa Cruz] e pelo atraso na aprovação final da Lei de Hidrocarbonetos, "negando-se a aceitar os 50% de benefícios para os bolivianos e defendendo os interesses das empresas petroleiras".
Polícia
A polícia em La Paz informou que "vai reforçar a segurança nas instituições, devido às ameaças dos operários."
De acordo com o "La Razón", os policiais disseram que estão preparados para realizar um trabalho de "prevenção e dissuasão", reforçando a segurança nos edifícios públicos.
O comandante-geral da polícia David Aramayo disse que a estruturação da polícia se estende também a outros departamentos, onde espera-se que mais protestos devem ocorrer.
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