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16/05/2005
-
16h34
EMILIA BERTOLLI
da Folha Online
O atual presidente da Bolívia, Carlos Mesa, baseou sua carreira no apartidarismo político e na rapidez com que atingiu o posto político mais alto do país. A história política de Mesa é recente: em 2002 entrou pela primeira vez na política, concorrendo como vice-presidente de Gonzalo Sánchez de Lozada, e venceu.
Mesa deixou para trás a carreira de jornalista, que o levou a dirigir a rede Telesistema Boliviano, na década de 90. À época, ficou muito conhecido por ter sido âncora de um programa de entrevistas considerado um dos mais importantes do país --no qual recebeu personalidades como Fidel Castro e Mario Vargas Llosa.
Com a renúncia de Lozada, que deixou a Presidência após a morte de dezenas de pessoas em violentas revoltas populares, Mesa, assumiu a chefia do país, em outubro de 2003, com apoio político para permanecer na Presidência até 2007. À época, Mesa preferiu não se aliar a nenhum partido político, o que enfraqueceu seu governo.
Durante sua passagem pelo governo de Lozada, Mesa tentou avançar na luta contra a corrupção, mas se manteve à margem das intensas revoltas sociais que atingiram a Bolívia e que derrubaram seu antecessor.
Considerado moderado, Mesa poderia levar a Bolívia à erradicação do cultivo de coca --matéria-prima para a produção de cocaína--, atendendo, assim, às demandas dos Estados Unidos, que têm em sua política de controle às drogas o fim das plantações nos países latino-americanos.
Mas a oposição defende o plantio de coca como meio de subsistência às famílias pobres na região rural.
Hidrocarbonetos
Desde março passado, Mesa enfrenta a maior crise política de seu mandato, motivada, principalmente, pela disputa da exploração de gás na Bolívia.
Em 7 de março, o presidente chegou a pedir a renúncia de seu cargo, que foi rejeitada pelo Congresso.
Seu movimento é atribuído na imprensa boliviana às pressões exercidas por seu principal adversário político, o cocalero Evo Morales, líder do Movimento ao Socialismo (MAS), que busca reformas na Lei de Hidrocarbonetos, com o objetivo de aumentar o controle do Estado sobre a atividade das multinacionais petrolíferas no país.
O movimento se expandiu também para outros setores da sociedade, e chegou a envolver também os sindicalistas, representados pela Central Operária Boliviana, que exigem a nacionalização da exploração de gás boliviano.
Com agências internacionais
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O atual presidente da Bolívia, Carlos Mesa, baseou sua carreira no apartidarismo político e na rapidez com que atingiu o posto político mais alto do país. A história política de Mesa é recente: em 2002 entrou pela primeira vez na política, concorrendo como vice-presidente de Gonzalo Sánchez de Lozada, e venceu.
Mesa deixou para trás a carreira de jornalista, que o levou a dirigir a rede Telesistema Boliviano, na década de 90. À época, ficou muito conhecido por ter sido âncora de um programa de entrevistas considerado um dos mais importantes do país --no qual recebeu personalidades como Fidel Castro e Mario Vargas Llosa.
Com a renúncia de Lozada, que deixou a Presidência após a morte de dezenas de pessoas em violentas revoltas populares, Mesa, assumiu a chefia do país, em outubro de 2003, com apoio político para permanecer na Presidência até 2007. À época, Mesa preferiu não se aliar a nenhum partido político, o que enfraqueceu seu governo.
Durante sua passagem pelo governo de Lozada, Mesa tentou avançar na luta contra a corrupção, mas se manteve à margem das intensas revoltas sociais que atingiram a Bolívia e que derrubaram seu antecessor.
Considerado moderado, Mesa poderia levar a Bolívia à erradicação do cultivo de coca --matéria-prima para a produção de cocaína--, atendendo, assim, às demandas dos Estados Unidos, que têm em sua política de controle às drogas o fim das plantações nos países latino-americanos.
Mas a oposição defende o plantio de coca como meio de subsistência às famílias pobres na região rural.
Hidrocarbonetos
Desde março passado, Mesa enfrenta a maior crise política de seu mandato, motivada, principalmente, pela disputa da exploração de gás na Bolívia.
Em 7 de março, o presidente chegou a pedir a renúncia de seu cargo, que foi rejeitada pelo Congresso.
Seu movimento é atribuído na imprensa boliviana às pressões exercidas por seu principal adversário político, o cocalero Evo Morales, líder do Movimento ao Socialismo (MAS), que busca reformas na Lei de Hidrocarbonetos, com o objetivo de aumentar o controle do Estado sobre a atividade das multinacionais petrolíferas no país.
O movimento se expandiu também para outros setores da sociedade, e chegou a envolver também os sindicalistas, representados pela Central Operária Boliviana, que exigem a nacionalização da exploração de gás boliviano.
Com agências internacionais
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