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21/05/2005
-
14h35
da France Presse, em Madri
A expulsão de parlamentares espanhóis que assistiam ao primeiro encontro de dissidentes cubanos desatou hoje uma tormenta política na Espanha, com graves intervenções da oposição de direita.
A chancelaria espanhola protestou contra a expulsão de duas ex-senadoras do Partido Popular (PP, direita), Isabel San Baldomero e Rosa López Garnica, e do deputado catalão do Convergência e União (CiU, democrata cristão), Jordi Xuclá, ontem, na embaixada de Cuba em Madri, classificando a atitude das autoridades cubanas de "inaceitável".
O deputado Jordi Xuclá ficou em Cuba pelas pressões da embaixada espanhola em Havana, mas sob a condição de não participar da assembléia para promover a Sociedade Civil, primeiro encontro público da dissidência em várias décadas e foco do conflito entre o governo de Fidel Castro e os países europeus por conta das expulsões de parlamentares que participariam nela.
Em discurso em Valência, o presidente do Partido Popular (PP, direita opositora), Mariano Rajoy, criticou duramente o governo espanhol neste sábado (21) por ser "amigo" de dois dirigentes "bananeros" e "se fazer de simpático" diante deles, em referência ao "tirano" cubano Fidel Castro e ao venezuelano Hugo Chávez, que ele chamou de "desequilibrado".
Rajoy aproveitou o incidente diplomático para fazer críticas ferrenhas à política externa do governo espanhol.
"Para que serve um governo que reduz sua política externa a se fazer de amigo de dois ditadores 'bananeros', que estão gerando tensão em toda a América do Sul?", perguntou a seus partidários.
As críticas à atuação das autoridades cubanas não ficou apenas entre membros da oposição de direita.
O ministro espanhol de Assuntos Exteriores, Miguel Angel Moratinos, considerou a situação "inaceitável". Já o presidente socialista da Junta de Andalucía, Manuel Chávez, disse que a atitude de Fidel Castro não contribui para a normalização das relações de Cuba com a Europa.
O coordenador geral da Esquerda Unida (IU, ex-comunistas), Gaspar Llamazares, falou que "está sendo realizada em Cuba uma reunião da dissidência mais extremista vinculada a Miami e aos Estados Unidos, em clima de tranqüilidade", mas "o preocupante é que a direita mais extrema da Europa, entre elas a espanhola, apostou na provocação em vez de favorecer um processo de diálogo com Cuba".
As duas ex-parlamentares foram expulsas na quinta-feira (19) de Cuba, "sem motivo", conforme disse à imprensa o assessor do PP, Gabriel Elorriaga. As duas estavam no país com visto de turista, para uma viagem de lazer, segundo membros do partido, mas elas iriam para a reunião dos dissidentes ontem.
O ministro para Assuntos Exteriores convocou ontem o embaixador de Cuba na Espanha, Alberto Velazco San José, em caráter de urgência, para pedir "explicações" sobre o que aconteceu com as ex-senadoras Isabel San Baldomero e Rosa López Garnica e o deputado Jordi Xuclá.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a União Européia
Leia o que já foi publicado sobre os dissidentes cubanos
Expulsão de políticos espanhóis de Cuba provoca confusão diplomática
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A expulsão de parlamentares espanhóis que assistiam ao primeiro encontro de dissidentes cubanos desatou hoje uma tormenta política na Espanha, com graves intervenções da oposição de direita.
A chancelaria espanhola protestou contra a expulsão de duas ex-senadoras do Partido Popular (PP, direita), Isabel San Baldomero e Rosa López Garnica, e do deputado catalão do Convergência e União (CiU, democrata cristão), Jordi Xuclá, ontem, na embaixada de Cuba em Madri, classificando a atitude das autoridades cubanas de "inaceitável".
O deputado Jordi Xuclá ficou em Cuba pelas pressões da embaixada espanhola em Havana, mas sob a condição de não participar da assembléia para promover a Sociedade Civil, primeiro encontro público da dissidência em várias décadas e foco do conflito entre o governo de Fidel Castro e os países europeus por conta das expulsões de parlamentares que participariam nela.
Em discurso em Valência, o presidente do Partido Popular (PP, direita opositora), Mariano Rajoy, criticou duramente o governo espanhol neste sábado (21) por ser "amigo" de dois dirigentes "bananeros" e "se fazer de simpático" diante deles, em referência ao "tirano" cubano Fidel Castro e ao venezuelano Hugo Chávez, que ele chamou de "desequilibrado".
Rajoy aproveitou o incidente diplomático para fazer críticas ferrenhas à política externa do governo espanhol.
"Para que serve um governo que reduz sua política externa a se fazer de amigo de dois ditadores 'bananeros', que estão gerando tensão em toda a América do Sul?", perguntou a seus partidários.
As críticas à atuação das autoridades cubanas não ficou apenas entre membros da oposição de direita.
O ministro espanhol de Assuntos Exteriores, Miguel Angel Moratinos, considerou a situação "inaceitável". Já o presidente socialista da Junta de Andalucía, Manuel Chávez, disse que a atitude de Fidel Castro não contribui para a normalização das relações de Cuba com a Europa.
O coordenador geral da Esquerda Unida (IU, ex-comunistas), Gaspar Llamazares, falou que "está sendo realizada em Cuba uma reunião da dissidência mais extremista vinculada a Miami e aos Estados Unidos, em clima de tranqüilidade", mas "o preocupante é que a direita mais extrema da Europa, entre elas a espanhola, apostou na provocação em vez de favorecer um processo de diálogo com Cuba".
As duas ex-parlamentares foram expulsas na quinta-feira (19) de Cuba, "sem motivo", conforme disse à imprensa o assessor do PP, Gabriel Elorriaga. As duas estavam no país com visto de turista, para uma viagem de lazer, segundo membros do partido, mas elas iriam para a reunião dos dissidentes ontem.
O ministro para Assuntos Exteriores convocou ontem o embaixador de Cuba na Espanha, Alberto Velazco San José, em caráter de urgência, para pedir "explicações" sobre o que aconteceu com as ex-senadoras Isabel San Baldomero e Rosa López Garnica e o deputado Jordi Xuclá.
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