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24/05/2005 - 18h36

Líder opositor boliviano diz que vai "defender democracia" no país

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da Folha Online

O líder cocalero opositor Evo Morales afirmou nesta terça-feira que irá defender a democracia boliviana "com ou sem" o presidente Carlos Mesa, e acusou o líder da Central Operária Boliviana, Jaime Solares, de tentar realizar um "golpe militar" no país.

As acusações de Morales contra Solares têm como principal motivo as recentes declarações do líder sindical, que afirmou sua intenção de apoiar "um coronel ou general" ao estilo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a frente do poder na Bolívia.

Morales também disse que por trás das posições radicais [referindo-se a Solares] estão as petroleiras e o ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, que atualmente mora nos Estados Unidos. Ele foi deposto em 2003, e substituído por Mesa.

"Nossa preocupação é que o país não seja derrubado, já que Carlos Mesa pode cair ou conseguir sustentar-se [no governo], declarou Morales. Ele se negou a estimar se Mesa permanece no poder até o fim de seu mandato como presidente, previsto para 2007.

"É difícil calcular quanto tempo [Mesa permanece no poder] (...) ele não é nenhuma solução, só está prejudicando. Há um vazio de poder na Bolívia", disse.

Em meio a uma crescente onda de rumores sobre a preparação de um golpe de Estado, denunciada pelo ministro do Interior Saúl Lara, Morales diz temer que o clima de tensão social leve o país a uma "ditadura militar".

Protesto

A capital boliviana, La Paz, estava isolada nesta terça-feira devido a manifestações exigindo a nacionalização da exploração de petróleo e gás do país, além da convocação de uma Assembléia Constituinte e a demanda de autonomia a algumas regiões.

As lideranças dos protestos seguem praticamente a mesma linha de rejeição ao governo devido à Lei de Hidrocarbonetos, promulgada pelo Congresso na semana passada. Mas Solares sustenta que o Congresso deve ser fechado, alegando traição ao povo, e pede a renúncia de Mesa. Morales é contra o fechamento do Congresso, que, para ele, significa o "símbolo da democracia boliviana".

O líder cocalero também discorda da nacionalização da exploração do petróleo e do gás, mas exige o aumento da tributação às multinacionais que exploram as riquezas minerais bolivianas.

A nova Lei de Hidrocarbonetos cria um imposto de 32% para as companhias de petróleo, além dos 18% que já são cobrados em forma de royalties [retribuição financeira paga mensalmente pelo franqueado ao franqueador pelo uso contínuo da marca].

Com agências internacionais

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