Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/05/2005 - 10h18

Mais de 150 mil pessoas em Bari recebem papa em sua 1º viagem

Publicidade

da Folha Online

O papa Bento 16 realizou neste domingo sua primeira viagem, com uma visita de poucas horas à cidade de Bari, no sul da Itália, onde foi recebido por mais de 150 mil pessoas. Novamente, o sumo pontífice pediu para que os fiéis "rejeitassem o consumismo desenfreado", e trabalhassem pela união dos cristãos.

"Nem para nós [os religiosos] é fácil viver como cristãos. De um ponto de vista espiritual, o mundo que nos encontramos, marcado com freqüência pelo consumismo desenfreado, a indiferença religiosa, e o secularismo sem transcendência podem parecer um deserto", afirmou o papa.

Apesar do calor extenuante, que provocou numerosos desmaios, a multidão aplaudiu o novo papa --eleito em 19 de abril último, em substituição a João Paulo 2º.

"Ensaio"

Considerada como um "ensaio preparatório" à sua primeira viagem ao exterior, que deve acontecer em agosto próximo quando vai assistir, na cidade de Colônia (Alemanha) à Jornada Mundial da Juventude, Bento 16 evitou abordar temas da atualidade em seu pronunciamento deste domingo.

As primeiras saídas públicas do papa revelaram ao mundo sua timidez, um estilo menos carismático de seu predecessor e, sobretudo, a vontade de falar sobre assuntos essencialmente espirituais.

"Nesta cidade, que abriga as relíquias de São Nicolau, quero confirmar minha vontade de assumir o compromisso fundamental de trabalhar com toda minha energia para reconstruir a plena e visível unidade de todos os fiéis de Cristo", afirmou o papa, durante a homilia.

São Nicolau, que viveu na Ásia e morreu no ano de 325, é venerado tanto por católicos quanto por ortodoxos.

Inseminação artificial

Bento 16 não fez referência --como muitos esperavam-- a um tema atual que tem mobilizado a igreja: a batalha para ratificar ou abolir a lei sobre inseminação artificial, por meio de um referendo que vai ocorrer entre os dias 12 e 13 de junho próximos, na Itália.

A igreja italiana, através do presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), o cardeal Camillo Ruini, se pronunciou a favor da abstenção.

É possível que o sumo pontífice aborde esse assunto durante a reunião com os bispos da CEI, que acontece nesta segunda-feira, informaram fontes do Vaticano à agência de notícias France Presse.

A lei sobre inseminação artificial foi aprovada pelo governo de centro-direita do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, com o apoio dos católicos, e está sendo considerada como uma das mais restritivas da Europa.

Entre os pontos mais criticados da lei está a proibição de inseminação heterogênea --autorizada em outros países da Europa, como Espanha, Alemanha e Áustria-- pois proíbe a um casal que não pode ter filhos resolver o problema utilizando a ajuda de uma terceira pessoa.

Outro ponto que causou divisão entre os parlamentares católicos de todos os partidos e seus colegas leigos foi o que impede as mulheres que vivem sozinhas de terem acesso à inseminação artificial.

Com agências internacionais

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o papa Bento 16
  • Leia o que já foi publicado sobre inseminação artificial
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página