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29/05/2005
-
19h36
da Folha Online
A rejeição à Constituição européia no referendo realizado neste domingo na França chega a 56% dos votos, segundo resultados parciais sobre 90% dos votos apurados, anunciou o ministro francês do Interior, Dominique de Villepin.
Pouco antes, os resultados parciais sobre 85% dos votos apurados indicavam que 55,96% dos eleitores haviam votado "não", contra 44,04% a favor, segundo o Ministério.
Pesquisas de boca-de-urna apontavam que entre 54,5% e 55,6% dos eleitores votaram contra. O referendo teve alta taxa de participação --cerca de 70% dos 42 milhões de franceses chamados para votar foram às urnas.
Logo após a divulgação do resultado das pesquisas, o presidente francês Jacques Chirac admitiu a derrota e afirmou que "a decisão da França cria um contexto difícil para defender os interesses [do país] na Europa", durante um breve discurso feito minutos depois do fechamento dos locais de votação.
O presidente disse também que irá divulgar "nos próximos dias" suas decisões sobre possíveis mudanças no governo, em um momento em que o primeiro-ministro do país, Jean Pierre Raffarin, bate recorde de impopularidade.
"Nossas ambições seguem ligadas às da Europa", disse Chirac, que apelou para a "união" dos franceses neste momento difícil. O líder francês assegurou que, apesar do resultado, o país continuará mantendo "toda sua presença" na Europa.
Decepção
"É uma grande decepção para todos aqueles que se comprometeram com o "sim", declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Michel Barnier.
A França é o primeiro país europeu a rejeitar a Constituição, que teria que ser ratificada pelos 25 países membros da União Européia (UE) para entrar em vigor.
A rejeição em um referendo altamente criticado na França representa uma humilhação para o presidente Jacques Chirac e deve levar a uma grave crise política no país e na Europa.
Neste domingo, a atenção de toda a Europa estava voltada para o referendo da França, país fundador e um dos motores do bloco, cuja decisão coloca em dúvida o projeto de integração do continente.
O resultado pode provocar um efeito dominó nos outros países que ainda não ratificaram a Constituição, como a Holanda, que votará o referendo na próxima quarta-feira (1). Até agora, nove países já aprovaram o projeto, em um processo que deve terminar no início de 2006.
Com agências internacionais
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A rejeição à Constituição européia no referendo realizado neste domingo na França chega a 56% dos votos, segundo resultados parciais sobre 90% dos votos apurados, anunciou o ministro francês do Interior, Dominique de Villepin.
Pouco antes, os resultados parciais sobre 85% dos votos apurados indicavam que 55,96% dos eleitores haviam votado "não", contra 44,04% a favor, segundo o Ministério.
Pesquisas de boca-de-urna apontavam que entre 54,5% e 55,6% dos eleitores votaram contra. O referendo teve alta taxa de participação --cerca de 70% dos 42 milhões de franceses chamados para votar foram às urnas.
Logo após a divulgação do resultado das pesquisas, o presidente francês Jacques Chirac admitiu a derrota e afirmou que "a decisão da França cria um contexto difícil para defender os interesses [do país] na Europa", durante um breve discurso feito minutos depois do fechamento dos locais de votação.
O presidente disse também que irá divulgar "nos próximos dias" suas decisões sobre possíveis mudanças no governo, em um momento em que o primeiro-ministro do país, Jean Pierre Raffarin, bate recorde de impopularidade.
"Nossas ambições seguem ligadas às da Europa", disse Chirac, que apelou para a "união" dos franceses neste momento difícil. O líder francês assegurou que, apesar do resultado, o país continuará mantendo "toda sua presença" na Europa.
Decepção
"É uma grande decepção para todos aqueles que se comprometeram com o "sim", declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Michel Barnier.
A França é o primeiro país europeu a rejeitar a Constituição, que teria que ser ratificada pelos 25 países membros da União Européia (UE) para entrar em vigor.
A rejeição em um referendo altamente criticado na França representa uma humilhação para o presidente Jacques Chirac e deve levar a uma grave crise política no país e na Europa.
Neste domingo, a atenção de toda a Europa estava voltada para o referendo da França, país fundador e um dos motores do bloco, cuja decisão coloca em dúvida o projeto de integração do continente.
O resultado pode provocar um efeito dominó nos outros países que ainda não ratificaram a Constituição, como a Holanda, que votará o referendo na próxima quarta-feira (1). Até agora, nove países já aprovaram o projeto, em um processo que deve terminar no início de 2006.
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