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03/06/2005
-
21h12
da Folha Online
O Pentágono confirmou nesta sexta-feira cinco episódios de desrespeito ao Alcorão [livro sagrado do islamismo] cometidos por soldados americanos na prisão de Guantánamo, em Cuba.
Segundo a instituição, um soldado americano chutou um exemplar do livro de um prisioneiro muçulmano. Em outro episódio, também confirmado pelo Pentágono, um outro soldado jogou urina em um detento e no seu exemplar do Alcorão.
Durante um interrogatório, segundo o Pentágono, um funcionário americano pisou sobre um outro exemplar do livro. Palavras obscenas também foram escritas em inglês dentro da capa do livro por soldados.
Balões de água também teriam sido atirados dentro de uma das celas para molhar outros exemplares do livro sagrado.
A confirmação é resultado de uma investigação realizada no mês passado pelo general Jay Hood, comandante do centro de detenção em Cuba.
Reportagem
Uma reportagem publicada na revista americana "Newsweek" em 9 de maio afirmava que um soldado americano teria jogado um exemplar do livro em um vaso sanitário do presídio e acionado a descarga. A informação foi negada posteriormente pela revista e pelos EUA.
Na ocasião, os supostos episódios de desrespeito ao Alcorão no centro de detenção causaram a ira dos muçulmanos em diversos países.
A reportagem gerou controvérsia no mundo todo. O governo americano culpou a história publicada na revista por manifestações de muçulmanos no Afeganistão, que mataram 16 pessoas.
Na época, funcionários do Pentágono minimizaram os incidentes. Na semana passada, Hood confirmou os cinco casos de abusos contra o Alcorão, mas se recusou a fornecer maiores detalhes. Segundo o comandante, não há evidências de que o livro tenha sido jogado em um vaso sanitário.
Prisão
Há cerca de 540 detentos na prisão de Guantánamo --alguns deles, presos há mais de três anos sem acusação formal. A maioria dos prisioneiros foi capturado em combates no Afeganistão, em 2001 e 2002.
Os EUA os mandaram para Guantánamo com o objetivo de extrair informações sobre a rede terrorista Al Qaeda [de Osama bin Laden].
O presidente americano, George W. Bush, e o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, rejeitaram um relatório da Anistia Internacional publicado recentemente, que chamava o centro de detenção americano em Cuba de "gulag dos nossos tempos".
Durante uma conferência de imprensa na última terça-feira (31), Bush disse que o relatório de AI era "absurdo".
Na última quarta-feira (1), Rumsfeld chamou o relatório de "repreensível" e afirmou que o Exército dos EUA tomou os cuidados necessários para garantir que os detentos fossem livres para praticar sua religião.
Com agências internacionais
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O Pentágono confirmou nesta sexta-feira cinco episódios de desrespeito ao Alcorão [livro sagrado do islamismo] cometidos por soldados americanos na prisão de Guantánamo, em Cuba.
Segundo a instituição, um soldado americano chutou um exemplar do livro de um prisioneiro muçulmano. Em outro episódio, também confirmado pelo Pentágono, um outro soldado jogou urina em um detento e no seu exemplar do Alcorão.
Durante um interrogatório, segundo o Pentágono, um funcionário americano pisou sobre um outro exemplar do livro. Palavras obscenas também foram escritas em inglês dentro da capa do livro por soldados.
Balões de água também teriam sido atirados dentro de uma das celas para molhar outros exemplares do livro sagrado.
A confirmação é resultado de uma investigação realizada no mês passado pelo general Jay Hood, comandante do centro de detenção em Cuba.
Reportagem
Uma reportagem publicada na revista americana "Newsweek" em 9 de maio afirmava que um soldado americano teria jogado um exemplar do livro em um vaso sanitário do presídio e acionado a descarga. A informação foi negada posteriormente pela revista e pelos EUA.
Na ocasião, os supostos episódios de desrespeito ao Alcorão no centro de detenção causaram a ira dos muçulmanos em diversos países.
A reportagem gerou controvérsia no mundo todo. O governo americano culpou a história publicada na revista por manifestações de muçulmanos no Afeganistão, que mataram 16 pessoas.
Na época, funcionários do Pentágono minimizaram os incidentes. Na semana passada, Hood confirmou os cinco casos de abusos contra o Alcorão, mas se recusou a fornecer maiores detalhes. Segundo o comandante, não há evidências de que o livro tenha sido jogado em um vaso sanitário.
Prisão
Há cerca de 540 detentos na prisão de Guantánamo --alguns deles, presos há mais de três anos sem acusação formal. A maioria dos prisioneiros foi capturado em combates no Afeganistão, em 2001 e 2002.
Os EUA os mandaram para Guantánamo com o objetivo de extrair informações sobre a rede terrorista Al Qaeda [de Osama bin Laden].
O presidente americano, George W. Bush, e o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, rejeitaram um relatório da Anistia Internacional publicado recentemente, que chamava o centro de detenção americano em Cuba de "gulag dos nossos tempos".
Durante uma conferência de imprensa na última terça-feira (31), Bush disse que o relatório de AI era "absurdo".
Na última quarta-feira (1), Rumsfeld chamou o relatório de "repreensível" e afirmou que o Exército dos EUA tomou os cuidados necessários para garantir que os detentos fossem livres para praticar sua religião.
Com agências internacionais
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