Publicidade
Publicidade
08/06/2005
-
09h01
da Folha Online
O Congresso da Bolívia deve se reunir nesta quinta-feira para decidir sobre o pedido de renúncia apresentado pelo presidente Carlos Mesa nesta segunda-feira. Os parlamentares devem fazer a sessão em Sucre (740 km a sudeste de La Paz), capital constitucional, e evitar La Paz (capital administrativa), tomada pelos protestos.
Na capital, não há combustível e em alguns locais já há falta de alimentos e ameaças de corte nos serviços públicos.
A sede do governo foi cercada nesta terça-feira por milhares de camponeses, mineiros e estudantes que detonaram várias dinamites. Centenas de policiais guardavam a sede do governo, chegaram a atirar bombas de gás lacrimogêneo nos manifestantes.
Em discurso transmitido por redes de TV e rádios nesta terça-feira, Mesa disse que o país está à beira de uma "guerra civil".
"Vamos evitar vidas perdidas, vamos evitar que a violência nos devore a todos", afirmou o presidente, que defendeu a realização das eleições para superar a tensa situação social e política no país.
Mesa, cujo mandato vai até agosto de 2007, pediu aos presidentes do Congresso, Hormando Vaca Díez, e dos Deputados, Mario Cossío, para que renunciem a sucessão constitucional à Presidência do país, para que as eleições possam ser decretadas pelo presidente da Suprema Corte, Eduardo Rodríguez, o único da linha sucessória que pode antecipar o pleito.
Vaca Díez afirmou que as sessões "requerem normalidade democrática (...) não é simplesmente um problema de garantias para realizar a sessão", afirmou.
O presidente do Congresso se negou a comentar a possibilidade de substituir Mesa na Presidência, antes que os parlamentares decidam se vão aceitar o ou não o pedido de renúncia.
"Guerra civil"
Com tom dramático, Mesa --que já chegou a pedir a renúncia em março deste ano-- disse que a Bolívia está à beira de uma "guerra civil".
O adiantamento do pleito por meio da renúncia de dois membros à Presidência por dois membros do Congresso, é defendida pela oposição boliviana e também pela Igreja Católica, que faz papel fundamental de mediação na crise do país.
O arcebispo de La Paz, Edmundo Abastoflot, elogiou a renúncia de Mesa e demandou um "ato de desprendimento" a outros políticos envolvidos na crise.
Com agências internacionais
Leia mais
Guerras e crises políticas tiram estabilidade da Bolívia
Disputa por controle de petróleo marca crise na Bolívia
Especial
Enquete: os parlamentares vão aceitar a renúncia do presidente?
Leia cobertura completa sobre a crise na Bolívia
Leia o que já foi publicado sobre a crise na Bolívia
Congresso da Bolívia vota pedido de renúncia de Mesa amanhã
Publicidade
O Congresso da Bolívia deve se reunir nesta quinta-feira para decidir sobre o pedido de renúncia apresentado pelo presidente Carlos Mesa nesta segunda-feira. Os parlamentares devem fazer a sessão em Sucre (740 km a sudeste de La Paz), capital constitucional, e evitar La Paz (capital administrativa), tomada pelos protestos.
Na capital, não há combustível e em alguns locais já há falta de alimentos e ameaças de corte nos serviços públicos.
A sede do governo foi cercada nesta terça-feira por milhares de camponeses, mineiros e estudantes que detonaram várias dinamites. Centenas de policiais guardavam a sede do governo, chegaram a atirar bombas de gás lacrimogêneo nos manifestantes.
Em discurso transmitido por redes de TV e rádios nesta terça-feira, Mesa disse que o país está à beira de uma "guerra civil".
"Vamos evitar vidas perdidas, vamos evitar que a violência nos devore a todos", afirmou o presidente, que defendeu a realização das eleições para superar a tensa situação social e política no país.
Mesa, cujo mandato vai até agosto de 2007, pediu aos presidentes do Congresso, Hormando Vaca Díez, e dos Deputados, Mario Cossío, para que renunciem a sucessão constitucional à Presidência do país, para que as eleições possam ser decretadas pelo presidente da Suprema Corte, Eduardo Rodríguez, o único da linha sucessória que pode antecipar o pleito.
Vaca Díez afirmou que as sessões "requerem normalidade democrática (...) não é simplesmente um problema de garantias para realizar a sessão", afirmou.
O presidente do Congresso se negou a comentar a possibilidade de substituir Mesa na Presidência, antes que os parlamentares decidam se vão aceitar o ou não o pedido de renúncia.
"Guerra civil"
Com tom dramático, Mesa --que já chegou a pedir a renúncia em março deste ano-- disse que a Bolívia está à beira de uma "guerra civil".
O adiantamento do pleito por meio da renúncia de dois membros à Presidência por dois membros do Congresso, é defendida pela oposição boliviana e também pela Igreja Católica, que faz papel fundamental de mediação na crise do país.
O arcebispo de La Paz, Edmundo Abastoflot, elogiou a renúncia de Mesa e demandou um "ato de desprendimento" a outros políticos envolvidos na crise.
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice